294/2011
Eduardo Tude
A Oi voltou a crescer no 1T11.
Liderou o crescimento em adições líquidas no celular (2,2 milhões de celulares) eas adições líquidas na banda larga fixa (159 mil) foram maiores que as obtidas no ano de 2010 (143 mil).
Apresentou também um pequeno crescimento em TV por assinatura ( +36 mil), mas continuou a perder market share em telefonia fixa( -278 mil acessos).
Este crescimento não se traduziu, no entanto, em crescimento de receita.
A receita bruta total da Oi foi 5,6% menor que a do 1T10, com um crescimento de 2,3% no celular e queda de 8,1% na telefonia fixa. Dados apresentou crescimento “zero” na telefonia fixa e 18,3% no celular.
O ARPU da Oi apresentou queda em relação ao 4T10. Caiu para R$ 20,7 no celular (-11,9%), para R$ 51,7 na telefonia fixa (-3,7%) e para R$ 40,6% na banda larga fixa (-4,8%).
Em consequência, a rentabilidade da Oi caiu no trimestre com prejuízo de R$ 395 milhões e margem EBITDA de 28,6%. Em compensação, com o aumento de capital com a entrada da Portugal Telecom, a dívida líquida caiu para R$ 14,4 bilhões (1,5 vezes o EBITDA dos últimos 12 meses).
A Oi aumentou os investimentos no 1T11 (R$ 829 milhões), mais que o dobro do 1T10 (R$ 372 milhões). O incremento ocorreu principalmente em telefonia fixa R$ 637 milhões tanto em dados como em expansão /qualidade.
A Oi vive um momento de transição com a entrada da PT e troca de seu Presidente. Os desafios para os próximos trimestres são acelerar o crescimento, aumentar os investimentos, principalmente em redes de fibra, sem sacrificar demasiadamente a rentabilidade.
244/2011
As vendas mundiais de telefones celulares da Nokia no 1T11 se mantiveram estáveis quando comparadas ao 1T10.
A quantidade de telefones celulares vendidos cresceu 0,6% (20,7% na América Latina) e a receita da venda de dispositivos e serviços 6,4%.
As vendas de telefones básicos (não smartphones) da Nokia no 1T11 foram 10,4% menores que as do 1T10, o que aponta para uma perda de market share neste segmento.
Nos Smartphones a Nokia também perdeu market share, apesar de suas vendas de 24,2 milhões de unidades no 1T11 terem sido quase o dobro das do 1T10.
A Apple vendeu 18,6 milhões de iPhones no 1T11 e pode ultrapassar a Nokia em market share de Smartphones em 2011.
A receita da Apple com o IPhone e serviços associados cresceu 125,9% no 1T11/1T10 e atingiu US$ 12,3 bilhões, mais que a receita da Nokia (US$ 10,1 bilhões) com dispositivos e serviços.
Já entre os sistemas operacionais, a liderança é do Android, que ultrapassou o Symbian da Nokia no 4T10.
Diante destas tendências a Nokia decidiu no início do ano fazer um o acordo com a Microsoft para a adoção do W7 como sistema operacional de seus Smartphones. Este acordo representa uma tentativa da Nokia de se reinventar e dar uma guinada nestas tendências.
Não se deve esperar, no entanto, resultados no curto prazo e as tendências apresentadas no 1T11 deverão se repetir nos próximos trimestres. Este será um ano difícil para a Nokia.
204/2011
A Oi liderou o crescimento do celular em março com adições líquidas de 1.034 mil celulares, seguida pela Vivo (717 mil), Tim (617 mil) e Claro (579 mil).
A diferença entre Claro e Tim caiu para 589 mil celulares.
154/2011
O crescimento do celular continuou acelerado em março.
Dados preliminares da Anatel apontam para adições líquidas de 2.928 mil superando as adições líquidas de Mar/10 (2.339 mil celulares) e estabelecendo um novo recorde para este mês.
De acordo com estas informações o Brasil terminou Mar/11 com 210,5 milhões de celulares e uma densidade de 108,3 cel/100 hab. As adições líquidas nos últimos 12 meses somam 31,4 milhões de celulares. O pós-pago voltou a crescer mais que o pré-pago que teve sus participação no total de celulares reduzida para 82,18%.
Vamos aguardar os dados finais da Anatel para saber:
- Quem liderou o crescimento do celular em Mar/11? A Oi novamente?
- Aumentou ou diminui a diferença entre a TIM e a Claro?
124/2011
104/2011
O comentário do Teleco desta semana mostra as transformações passadas pelo mercado de longa distância no Brasil com o plano INFINITY levando a TIM a liderança em minutos de longa distância.
A Embratel parece estar indo pelo mesmo caminho com o plano “Fale a vontade “ da Claro.
Qual a tendência para o futuro?
O preço das chamadas de longa distância no Brasil serão os mesmos das chamadas locais?
Neste cenário, ainda tem sentido exigir que seja digitado o Código de Seleção da Operadora (CSP) nas chamadas de longa distância?
Nos Estados Unidos, por exemplo, é possível pré-selecionar a operadora de longa distância.
24/2011
No Brasil, o DTH vai bem obrigado.
Conquistou 1,7 milhões de novos assinantes em 2010, contra 665 mil da TV a Cabo.
Em fevereiro a TV a cabo contava com 5.060 mil assinantes e o DTH 4.813 mil. A diferença entre as duas modalidades de TV por Assinatura caiu para 247 mil assinantes.
Nos 2 primeiros meses de 2011, o DTH já conquistou 337 mil novos contra 80 mil da TV a cabo. Ou seja, o DTH deve ultrapassar a TV a cabo em quantidade de assinantes no 1º semestre de 2011.
O crescimento do DTH comprova que existe um mercado de TV por Assinatura que não está sendo ocupado pela TV a Cabo, estagnada pela falta de novas licenças que estimulariam a competição e a expansão para novas áreas. As licitações não acontecem há mais de 10 anos, mas a Anatel pretende liberalizar este segmento acabando com as restrições ao número de licenças. O nó será desatado com a aprovação do PLC 116, em tramitação no Senado, que acaba com a restrição ao capital estrangeiro na TV a cabo.
Enquanto isto não acontece, o DTH vai ganhando terreno. Os maiores beneficiários estão sendo a SKY e a Embratel.
Presidente e sócio da empresa de consultoria Teleco, atua desde 2002 como analista do mercado de Telecom, coordenando projetos de consultoria, publicando artigos semanais, preparando relatórios setoriais e apresentando workshops.
Engenheiro de Telecom (IME 78) e Mestre em Telecom (INPE 81) é membro da Comissão julgadora do Global Mobile Awards do Mobile World Congress em Barcelona e atuou como professor especialista visitante da Unicamp (2013).
Ocupou várias posições de Direção em empresas de Telecom em áreas como Sistemas Celulares (Ericsson), Redes Ópticas (Pegasus Telecom) e Satélites (INPE).
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