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5/2014

Celular Abr/14, Res. 1T14 Oi, Nextel, GVT, Tel. Itália 700 MHz e mais destaques

Eduardo Tude

Celular em Abr/14


Dados preliminares da Anatel indicam que o mês de Abr/14 teria apresentado adições líquidas de 15 mil celulares.


O pré-pago teria voltado a apresentar adições líquidas negativas (-578 mil) e o pós-pago teria mantido o seu ritmo de crescimento com adições líquidas de +594 mil.


Resultados 1T14: Oi


Na comparação do 1T14 com o 1T13, a Oi apresentou queda de 2,4% em sua receita líquida. O segmento Empresarial/Corporativo foi o único a apresentar crescimento positivo da receita (0,6%) neste período. A receita dos demais segmentos reportados pela operadora apresentou crescimento negativo: Mobilidade pessoal (-6,4%), Residencial (-0,1%)e outros serviços (-28,3%).


O foco da Oi no momento é a o controle de suas despesas operacionais. A receita da venda de ativos como torres e imóveis impulsionou a margem EBITDA da Oi que foi de 43% no 1T14. Sem estes itens adicionais a margem EBITDA de rotina seria de 24,9%, superior à do 1T13 (22,9%). O lucro líquido foi de R$ 228 milhões, 10,4% menor que o do 1T13.


Estes resultados ainda não refletem a fusão com a Portugal Telecom que deve estar concluída até outubro deste ano. A divida líquida do Grupo formado por Oi e PT é de R$ 42,8 bilhões.


Resultados 1T14: Nextel


A Nextel Brasil está acelerando a sua migração da tecnologia iDEN para 3G.


No 1T14, os acessos 3G representavam 15,6% dos acessos móveis da operadora e apresentaram adições líquidas de 307 mil acessos, sendo que 47,7 mil destas adições foram migrações do iDEN para 3G. Já o iDEN apresentou adições líquidas negativas de -136 mil acessos no trimestre.


O crescimento dos acessos 3G não está ainda sendo suficiente para compensar a queda na receita de 14,4% na comparação do 1T14 com o 1T13. O ARPU também caiu 34% neste período ficando em US$ 31 no 1T14.


O esforço para impulsionar o 3G levou também a um aumento de gastos e o EBITDA (margem operacional bruta) foi negativo no 1T14.


De acordo com a Folha de São Paulo, nos próximos cinco anos a Nextel pagará pelo menos R$ 1,27 bilhão a Vivo para que seus usuários de 3G utilizem a rede da operadora nos municípios onde a rede 3G não estiver em operação.


A Nextel fez um pagamento inicial de R$ 239 milhões à Vivo e estão previstos mais cinco pagamentos anuais mínimos de R$ 44,2 milhões, R$ 132,1 milhões, R$ 237,1 milhões, R$ 263 milhões e R$ 361,5 milhões, respectivamente, totalizando R$ 1,037 bilhão correspondentes a uma receita mínima com base no tráfego projetado.


O resultado da operação mexicana da Nextel foi pior do que no Brasil. Na comparação do 1T14 com o 1T13 os acessos apresentaram redução de 6,5% e a receita de 25,7%.


O Grupo Nextel (NII) apresentou EBITDA negativo e prejuízo de US$ 376 milhões. Reconheceu que pode chegar a uma situação de falta de liquidez em 2015 e informou que está analisando alternativas que incluem inclusive a venda da companhia.


Resultados 1T14: GVT


Na comparação do 1T14 com o 1T13, a receita líquida da GVT cresceu 12,6% e sua quantidade de acessos 17,9%. A operadora passou a atua em mais 12 municípios neste período. Sua margem EBITDA no 1T14 (39%) foi um pouco inferior à do 1T13 (40,1%).


Já a Vivendi, controladora da GVT, apresentou uma queda de 1,9% na sua receita neste período. (sem incluir SFR e Marroc Telecom). Sua margem EBITDA foi de 15,5%.


Resultados 1T14: Algar Telecom


A receita líquida da Algar Telecom (CTBC) cresceu 13,6% na comparação do 1T14 com o 1T13. O crescimento ocorreu na telefonia fixa (7,8%), móvel (17,0%) e na TV por Assinatura (47,2%). A margem EBITDA foi 25% no trimestre.


Resultados 1T14: Telecom Itália


A receita líquida da Telecom Itália apresentou queda de 12,4%na comparação do 1T14 com o 1T13. Sua magem EBITDA foi de 42,1% e seu lucro líquido de 222 milhões de euros foi 39% menor que o do 1T13.


Licitação 700 MHz


Dois eventos realizados esta semana ajudaram a explicitar melhor o debate que se trava hoje em relação à licitação de 700 MHz: A Conferência da Gestão do Espectro da América Latina realizada no Rio de Janeiro, a Audiência Pública da Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação do Senado realizada em Brasília.


A principal oposição dos radiodifusores em relação ao proposto pela Anatel nos documentos em consulta pública parece ser a possibilidade de interferência do telefone celular no aparelho de recepção de TV Digital. Existe a possibilidade de que ao se utilizar um telefone na faixa de 700 MHz em frente a um aparelho de TV Digital a interferência faça com que o aparelho pare de exibir margens (tela preta).


Os vários testes realizados mostram que este problema pode ser reduzido em muito com a utilização de filtros nos receptores. Os radiodifusores consideram, no entanto, que mesmo assim ainda podem ocorrer situações onde a interferência exista.


Estas divergências acabam colocando pressão para modificações no cronograma proposto pela Anatel.


Mais destaques


A AT&T estaria preparando uma oferta de US$ 50 bilhões pela DirecTV, uma das pricipais operadoras de TV por Assinatura via satélite nos Estados Unidos e controladora da Sky no Brasil. Como o foco da AT&T com está aquisição é o mercado americano, ainda não é cedo para se especular em relação aos desdobramentos para o mercado brasileiro.


A Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (ABRINT) realizou em São Paulo o 6º Encontro Nacional de Provedores de Internet. O evento que reuniu empresas de SCM contou com mais de mil participantes. Participei de um painel que debateu a utilização da faixa de 3,5 GHz por provedores de SCM.


O BNDES realizou evento sobre Internet das coisas no Rio de Janeiro.


A operadora móvel virtual (MVNO) Porto Seguro Conecta expandiu sua operação para a Grande São Paulo e demais cidades do interior com o DDD 11.


Após 15 anos sem realizar uma licitação de espectro, a Argentina anunciou que irá licitar faixas de frequências em 1700/2100 MHz e 700 MHz.


A América Movil ofereceu US$ 1,9 bilhões para adquirir a participação dos demais acionistas da Telecom Austria.

 

 

 

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Eduardo Tude

Presidente e sócio da empresa de consultoria Teleco, atua desde 2002 como analista do mercado de Telecom, coordenando projetos de consultoria, publicando artigos semanais, preparando relatórios setoriais e apresentando workshops.

Engenheiro de Telecom (IME 78) e Mestre em Telecom (INPE 81) é membro da Comissão julgadora do Global Mobile Awards do Mobile World Congress em Barcelona e atuou como professor especialista visitante da Unicamp (2013).

Ocupou várias posições de Direção em empresas de Telecom em áreas como Sistemas Celulares (Ericsson), Redes Ópticas (Pegasus Telecom) e Satélites (INPE).

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