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8/2021

5G, Oi, Algar e mais destaques

Eduardo Tude

 

O valor total arrecadado, se todos os lotes da licitação de 5G forem vendidos, seria de R$ 45.760 milhões, sendo R$ 37.080 milhões em compromissos e R$ 8.680 milhões em dinheiro, correspondentes ao preço mínimo (19% do total).

O valor total (Compromissos + preço mínimo) para os lotes nacionais seriam:

  • R$ 5,7 bilhões para 3,5 GHz
  • R$ 4,8 bilhões para 2,3 GHZ (50 MHz)
  • R$ 3,9 bilhões para 2,3 GHz (40 MHz)
  • R$ 2,2 bilhões para 700 MHz
  • R$ 791 milhões para 26 GHz

O valor dos lotes regionais seriam proporcionais aos nacionais segundo a distribuição da população:

  • Norte (8,72%)
  • São Paulo (21,22%)
  • Nordeste (27,22%)
  • Centro Oeste (7,62%)
  • Sul (14,27%)
  • RJ+MG+ES (19,18%)
  • Área Algar (1,55%)

Fonte: Relatório TCU

Para mais detalhes consulte:

https://www.teleco.com.br/5g_licitacao.asp

A iniciativa 5G, que reúne 320 prestadoras de SCM e pretende formar um consórcio para participar da licitação de 5G, pretende adquirir espectro em 700 MHz e 3,5 GHz.

 

5G: Relatório TCU

 

A área técnica do TCU apresentou seu relatório sobre a licitação de 5G. Trata-se de um relatório sólido tecnicamente e difícil de ser contestado pela Anatel.

O relatório aponta também problemas na precificação das faixas de frequências, sendo os principais:

  • O modelo de cálculo do valor presente líquido (VPL) das frequências foi baseado no caso de um novo entrante e resulta na viabilidade econômica da 5G em 3,5 GHz em apenas 60 dos 5570 municípios brasileiros. São questionados os parâmetros de custo, depreciação, market share e receita utilizados pela Anatel
  • A utilização de critério para definição dos preços mínimos de lotes regionais proporcional à população que não reflete o valor justo da faixa e dos compromissos.
  • A faixa de 26 GHz, precificada por benchmarking internacional, considerou poucos países e apresentou incoerência no uso da paridade de poder de compra na comparação dos países.

O relatório aponta também várias ilegalidades a serem corrigidas no edital, entre elas a inclusão da Rede Privativa e do Programa Amazônia Integrada e Sustentável (Pais) e a não inclusão de compromissos de conexão de escolas.

O Conselheiro relator do processo irá apresentar o seu parecer ao Conselho do TCU no dia 18 de agosto.

 

5G: Senacon

 

  • A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) instaurou processo contra a TIM por prática de propaganda enganosa por utilizar o termo “5G” em campanhas publicitárias, “antes mesmo de acontecer o leilão da frequência 5G pela Anatel”.
  • A Senacon parece não estar informada que a 5G já está disponível no Brasil em escala limitada compartilhando com a 4G/3G as frequências atuais (DSS).

 

Oi

 

Na comparação do 2T21 com o 2T20, a receita líquida da Oi apresentou queda de 3,5% sendo:

  • +3,5% na receita do segmento residencial, graças ao crescimento das receitas na rede de fibra, que superaram as receitas na rede de cobre.
  • -10,6% no B2B
  • -4,4% no móvel e DTH, que foram consideradas operações descontinuadas.

Sem as operações descontinuadas, a receita da nova Oi passou a ser de R$2,2 no 2T21, com queda de 2,6% no 2T21/2T20.

A margem EBITDA de rotina foi de 29,3% e a empresa apresentou lucro líquido de R$ 1,1 bilhão graças a receita financeira com a variação cambial. Os investimentos de R$ 1.9 bilhões foram 7,5% maiores que o do 2T20. A dívida líquida ficou em R$ 25,7 bilhões.

A V.tal, empresa de infraestrutura que concentra a rede de fibra da Oi, atingiu a marca de 12 mil casas passadas com fibra (HP) no trimestre. A Oi lançou seus serviços de fibra óptica em 27 cidades nos últimos dois meses.

O Conselho da Anatel aprovou a proposta de compromisso arbitral com a Oi para tratamento do desequilíbrio da concessão de telefonia fixa.

Oi, Vivo, Claro e TIM enviaram ao CADE uma manifestação conjunta respondendo aos questionamentos do órgão quando a operação foi declarada complexa.

As ações ON da Oi apresentaram perdas de 6,1% na semana e as PN de 0,5%.

 

Resultados 2T21: Algar

 

A receita líquida da Algar cresceu 5,0% na comparação do 2T21 com o 2T20, sendo:

  • + 11,3% no B2B que representa 63% da receita total.
  • -4,1% no B2C.

A margem EBITDA de rotina foi de 41,8% e o lucro líquido de R$ 48 milhões. Os investimentos foram de R$ 137 milhões, mesmo valor do 1T21.

 

Resultados 2T21: Unifique e Telebrás

 

  • A receita líquida da Unifique cresceu 56,2% no 2T21/2T20 atingindo R$ 106 milhões no trimestre. O lucro líquido foi de R$ 16,9 milhões.
  • A receita líquida da Telebras cresceu 3,3% no 2T21/2T20 atingindo R$ 66 milhões no trimestre. O prejuízo foi de R$ 2,8 milhões no trimestre.

 

Mais destaques Brasil

 

  • A Bemobi anunciou a aquisição da M4U, que pertencia a Cielo.
  • Vitor Menezes, deixou o cargo de secretário executivo do Ministério das Comunicações, sendo substituído por Maria Estella Dantas Antonichelli, atual chefe de gabinete do ministro.

 

 

Próximas semanas

 

  • Resultado 2T21: Desktop e Brisanet (16/08)
  • 5G & Transformação Digital 2021: 01/09

 

 

 

Veja também

‣ Resultados 2024 e mais destaques

‣ Acessos Anatel 2024 e mais destaques

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Eduardo Tude

Presidente e sócio da empresa de consultoria Teleco, atua desde 2002 como analista do mercado de Telecom, coordenando projetos de consultoria, publicando artigos semanais, preparando relatórios setoriais e apresentando workshops.

Engenheiro de Telecom (IME 78) e Mestre em Telecom (INPE 81) é membro da Comissão julgadora do Global Mobile Awards do Mobile World Congress em Barcelona e atuou como professor especialista visitante da Unicamp (2013).

Ocupou várias posições de Direção em empresas de Telecom em áreas como Sistemas Celulares (Ericsson), Redes Ópticas (Pegasus Telecom) e Satélites (INPE).

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