Teleco Blog

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8/2022

Resultados 2T22, Oi, 5G e mais destaques da semana

Eduardo Tude

Resultados 2T22

Vero: A receita líquida cresceu 56,9% no 2T22/2T21, impulsionada pelas aquisições, e 0,8% em relação ao trimestre anterior. A margem EBITDA foi de 39,0% e a empresa apresentou R$ 11,4 milhões de lucro líquido ajustado no trimestre.
Unifique: A receita líquida cresceu 49,8% no 2T22/2T21, impulsionada pelas aquisições, e 2,7% em relação ao trimestre anterior. A margem EBITDA foi de 50,3% e a empresa apresentou R$ 33,9 milhões de lucro líquido no trimestre.
Brisanet: A receita líquida cresceu 39% no 2T22/2T21, impulsionada pela expansão geográfica da empresa, e 9% em relação ao trimestre anterior. A margem EBITDA foi de 41% e a empresa apresentou prejuízo de R$ 1,3 milhão no trimestre.
Algar: A receita líquida cresceu 10,4% no 2T22/2T21, impulsionada pela aquisição da Vogel, mas apresentou queda de 2,1% em relação ao trimestre anterior. A margem EBITDA foi de 49,3% e a empresa apresentou R$ 3 milhões de prejuízo no trimestre.
Conexão (Triple Play): A receita líquida cresceu 0,9% no 2T22/2T21. A margem EBITDA foi de 27,4% e a empresa apresentou prejuízo de R$ 40,3 milhões no trimestre.
Telebras: A receita líquida cresceu 28,1% no 2T22/2T21, impulsionada por alugueis e locações. A empresa apresentou R$ 32,3 milhões de prejuízo líquido no trimestre.

Resultados 2T22: Oi

A receita líquida da Oi Brasil no 2T22 (R$ 2,7 bilhões) foi 37% menor que a do 2T21, devido ao fechamento da venda da Oi Móvel em abril e a operação de venda do controle da V.tal para fundos do BTG em junho.
Esta receita ainda inclui R$ 503 milhões de operações descontinuadas, sendo R$ 312 milhões da operação de DTH, cuja venda para a Sky deve acontecer apenas em 2023, pois ainda precisa ser aprovada pelo juiz da recuperação judicial da Oi, Anatel e Cade.
A receita das operações continuadas, que permanecerão com a Nova Oi (R$ 2,2 bilhões) cresceu 1,0% na comparação do 1T22 com o 1T21.
A receita com serviços com Fibra (R$ 958 milhões) cresceu 38,7% no 2T22/2T21 e a do B2B cresceu 2,1% com a Oi Soluções (R$ 686 milhões). Já a receita com a rede de cobre (R$ 502 milhões) caiu 40,5% nesta comparação. No 2T22, a Oi teve uma receita adicional de R$ 92 milhões referente a serviços prestados para a V.tal e associados à venda da Oi Móvel.
A margem EBITDA de rotina caiu para 14,0%, impactada pela venda da Oi Móvel e a operação da V.tal. Trata-se, no entanto, de um trimestre de transição. O quadro ficará mais claro no 3T22, quando as reduções de custos operacionais referentes aos ativos vendidos e o valor pago de aluguel pela infraestrutura da V.tal serão contabilizados em todos os meses.
A Nova Oi passou a ser uma empresa menor, mas com uma dívida líquida também menor. Ela caiu de R$ 31,4 bilhões no 1T22 para o R$ 16,1 bilhões no 2T22.
A Oi ainda tem que resolver a questão da concessão da telefonia fixa com a Anatel, que avaliou em R$ 12 bilhões o saldo para a migração. A Oi pede R$ 16 bilhões no processo de arbitragem.
A ação ON da Oi apresentou perda de 14,5% na semana e a PN de 5,2%.
O Ibovespa apresentou ganhos de 5,9% na semana. A ação da ON da Oi acumula perda de 30,3% no ano e a PN de 14,8%.

As redes 5G em 3,5 GHz de Vivo, Claro e TIM em Curitiba, Goiânia e Salvador devem ser ativadas na próxima terça-feira (16/08).
Rio de Janeiro, Vitória, Florianópolis e Palmas devem ser as próximas, ainda em agosto. As demais tiveram o prazo de liberação da faixa de 3,5 GHz dilatado em mais 60 dias.
Telefônica Brasil anunciou um acordo com a Winity para utilização das frequências de 700 MHz, adquiridas por esta última no leilão de 5G, em 1,1 mil municípios por 20 anos. O acordo prevê ainda a utilização de até 3,5 mil sites da Winity nos próximos 8 anos. A Winity pretende ativar cerca de 400 sites até o final do ano. A Anatel vai analisar se o acordo fere o estabelecido no edital de 5G, que não permitia que Vivo, Claro e TIM adquirissem esta faixa de frequência.

Fibra

A FiBrasil estabeleceu uma parceria com a Padtec para gestão da operação de suas redes. Os serviços incluem monitoramento e suporte técnico pelo Centro de Operações de Rede da Padtec.
O Conselho Gestor do Fust aprovou o valor de R$ 651 milhões como proposta orçamentária para o Fundo em 2023.
Terra Fibra, franquia de banda larga fixa da Vivo, ativou sua rede em Duque de Caxias (RJ).

SpaceX - Starlink

A Comissão Federal de Comunicações (FCC) voltou atrás nos planos de conceder à SpaceX-Starlink milhões de dólares em subsídios para que essa forneça cobertura de banda larga rural, pois ressurgiram dúvidas sobre a capacidade da empresa de atender aos requisitos mínimos de qualidade.
A SpaceX, que se qualificou para receber US$ 885,5 milhões do fundo de US$ 9,2 bilhões do Rural Digital Opportunity Fund (RDOF) no final de 2020, acabou sendo desclassificada esta semana pelo FCC.
A presidente da FCC declarou que o regulador não pode subsidiar empreendimentos que não estiverem entregando as “velocidades prometidas ou que provavelmente não iriam atender aos requisitos do programa”.
Os dados da Ookla mostraram que a taxa média de dados de downlink nos EUA da Starlink é de 90,55Mbps, abaixo do mínimo de 100 Mbps exigido pelo programa.

Outros destaques

A Justiça Federal manteve a cautelar que suspende a oferta de referência de produto de atacado (ORPA) de roaming da TIM.
A América Movil transferiu suas torres no Brasil e outros países da América Latina para uma empresa independente, a Sítios Latam.
A receita da Huawei apresentou queda de 5,9% no 1º semestre de 2022, ainda impactada pela queda da receita no segmento de smartphones (25,4%). A receita com operadoras cresceu 4,2%.
A Samsung lançou dois novos modelos de smartphones dobráveis: Ã¢â‚¬â€¹Ã¢â‚¬â€¹ o Galaxy Z Fold 4 e o Galaxy Z Flip 4.

Próximas semanas

15/08: Resultados do 2T22 da Desktop
31/08: 5G& Transformação Digital 2022

Veja também

‣ MVNO Nation, Resultados 3T25 e mais destaques

‣ Vivo x Claro, MVNO e BL no 3T25 e mais destaques

‣ BL Fixa, RAN Sharing e mais destaques

‣ MVNOs, Claro 3T25 e mais destaques

‣ Vendors, 5G, Claro e mais destaques

Eduardo Tude

Presidente e sócio da empresa de consultoria Teleco, atua desde 2002 como analista do mercado de Telecom, coordenando projetos de consultoria, publicando artigos semanais, preparando relatórios setoriais e apresentando workshops.

Engenheiro de Telecom (IME 78) e Mestre em Telecom (INPE 81) é membro da Comissão julgadora do Global Mobile Awards do Mobile World Congress em Barcelona e atuou como professor especialista visitante da Unicamp (2013).

Ocupou várias posições de Direção em empresas de Telecom em áreas como Sistemas Celulares (Ericsson), Redes Ópticas (Pegasus Telecom) e Satélites (INPE).

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