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7/2023

5G, Privatização e mais destaques

Eduardo Tude

5G

  • Claro e Vivo travam uma disputa acirrada pela liderança em 5G. A Vivo havia assumido a liderança em maio, mas a Claro retomou a 1ª colocação em junho. A TIM vem na terceira colocação com 2,5 milhões de celulares 5G em jun/23.
  • A disputa está impulsionando a quantidade de celulares 5G. O Brasil terminou o mês de junho com 11,4 milhões de celulares 5G, adições líquidas de 1,3 milhões no mês.
  • A Anatel liberou a utilização da faixa de 3,5 GHz em mais 102 municípios, passando a ser de 1.712 o total de municípios onde as operadoras móveis podem ativar sua rede 5G nesta faixa de frequências.

 

Resultados 2T23: Vivo e Telefônica

  • A Vivo apresentou um bom desempenho no 2T23, com um crescimento anual da receita líquida de 7,6%, sendo 10,1% na do móvel e 2,3% na do fixo.
  • A margem EBITDA foi de 39,9%. O lucro foi de R$ 1,1 bilhão, com crescimento anual de 50%.
  • A receita do Grupo Telefônica apresentou crescimento anual de 0,9% no trimestre atingindo 10 bilhões de euros. A Vivo responde por 23% deste total.

 

Winity e Telefonica/Vivo

  • A faixa de 700 MHz adquirida pela Winity no leilão de 5G só poderá ser utilizada por prestadores do SMP já detentores de espectro na mesma faixa, como a Vivo,  no caso de desinteresse das PPPs.
  • Este é o entendimento das áreas técnicas da Anatel, conforme inteiro teor de relatório sobre anuência prévia envolvendo Winity II Telecom Ltda. e Telefônica Brasil S.A tornado público pela Anatel.

 

Privatização das telecomunicações completa 25 anos

  • Quando as prestadoras de telecomunicações do sistema Telebras foram privatizadas em 1998, o Brasil tinha 17 milhões de telefones fixos, 4,6 milhões de celulares e 2,5 acessos de TV por assinatura. A banda larga ainda não existia.
  • A  telefonia fixa era o principal serviço e objetivo principal era levar o telefone fixo a todas as residências, o que foi atingido em 2013 pelas teles privatizadas, que se tornaram concessionárias com obrigações como o Plano Geral de Metas de Universalização.
  • Passados 25 anos tudo mudou. Hoje o principal serviço é a banda larga (fixa e móvel) e o telefone fixo vem perdendo assinantes e o serviço deixando de ser prestado pela rede de cobre das concessionarias que foi contruída para atender as metas de universalização.
  • Apesar do sucesso do marco regulatório, que introduziu a competição em telecomunicações, é necessário avançar na sua adequação a esta nova realidade. O Brasil não precisa mais de operadoras de telefonia fixa sob o regime de concessão.

 

Concessionárias de telefonia fixa

A Anatel reajustou de R$ 22,6 bilhões para R$ 33,6 bilhões o valor para que as concessionárias de telefonia fixa migrem para o regime de autorização, conforme determinações do TCU para recálculo dos valores, indo de:

  • R$ 12,1 bilhões para R$ 22,6 bilhões na Oi.
  • R$ 7,7 bilhões para R$ 8,7 bilhões na Vivo
  • R$ 2,2 bilhões para R$ 4,1 bilhões na Claro
  • R$ 275 milhões para R$ 579 milhões na Algar
  • R$ 167 milhões para R$ 227 milhões na Sercomtel

Estes valores continuam, no entanto, sendo menores que os R$ 44 bilhões reinvidicados pela concessionárias em processo de arbitragem pela Anatel, para compensar perdas referentes ao equilíbrio econômico-financeiro da concessão.

Diante deste quadro, a Telefônica pediu a suspensão do processo de arbitragem junto à Anatel e solicitou a abertura de processo em busca de solução consensual no Tribunal de Contas da União (TCU).

Com a aprovação dos novos valores pela Anatel, as concessionárias passam a ter um prazo de 120 dias  para optar pela migração para o modelo de autorizações.

 

Oi

  • Oi apresentou seus novos planos de serviço para a banda larga fixa com fibra.
  • A Pharol reduziu sua participação na Oi para 0,18%.
  • A ação ON da Oi apresentou perda de 3,7% na semana e a PN de 0,3%. O Ibovespa  perdeu 0,02%.
  • A ação ON da Oi apresenta perda de 39,4% no acumulado do ano e a PN perda de 43,3%.

 

Resultados 2T23

Na comparação do 2T23 com o 2T22, a receita líquida cresceu:

  • +11,0% no Facebook
  • + 8,3% na Microsoft
  • +7,1% no Google
  • +2,7% na Netflix
  • +0,9% na AT&T
  • +0,9% na Telefonica
  • -3,5% na Verizon
  • -4,8% na Vodafone

 

Smartphones

  • A Samsung é a líder de market share dos smartphones em utilização no Brasil (39%), seguida pela Apple (22%), Motorola (18%) e Xiaomi (14%). (Panorama Mobile Time/Opinion Box)
  • As vendas mundiais de smartphones apresentaram queda anual de 7,8% no 2T23,  totalizando 265,3 milhões de unidades. A Samsung se manteve na liderança com 20,2%, seguida pela Apple (16%) e a Xiaomi (12.5%). (IDC)

 

Mais destaques

  • A Desktop adquiriu os 30% restantes do capital social da Netell Internet por R$ 12,1 milhões.
  • A Eletronet ativou um ponto de troca de tráfego (IX) em Belo Horizonte (MG).
  • O Mcom liberou R$ 300 milhões do Funtel para financiamento de projetos.
  • A adoção do  eSIM/iSIM  no mercado de IoT deve ultrapassar as 500 milhões de unidades em 2023, superando o SIM Card físico.
  • As ações de várias operadoras de telecomunicações dos Estados Unidos caíram após o Wall Street Journal revelar que elas deixaram para trás uma enorme rede de cabos velhos cobertos de chumbo tóxico (lead shelted cable).

 

Próximas Semanas

 

  • 31/07: Resultados 2T23 da TIM
  • 09/08: Resultados 2T23 da Brisanet e da Unifique
  • 10/08: Resultados 2T23 da Oi
  • 14/08: Resultados 2T23 da Desktop e Datora
  • 30/08: Evento Telecom Webinar: 5G Brasil Summit 2023

 

 

 

Veja também

‣ MWC 2025 e mais destaques

‣ Vivo 2024, MWC 2025 e mais destaques

‣ Cabos Submarinos, Norte Conectado e mais destaques.

‣ Resultados Claro e TIM, MWC 2025 e mais destaques.

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Eduardo Tude

Presidente e sócio da empresa de consultoria Teleco, atua desde 2002 como analista do mercado de Telecom, coordenando projetos de consultoria, publicando artigos semanais, preparando relatórios setoriais e apresentando workshops.

Engenheiro de Telecom (IME 78) e Mestre em Telecom (INPE 81) é membro da Comissão julgadora do Global Mobile Awards do Mobile World Congress em Barcelona e atuou como professor especialista visitante da Unicamp (2013).

Ocupou várias posições de Direção em empresas de Telecom em áreas como Sistemas Celulares (Ericsson), Redes Ópticas (Pegasus Telecom) e Satélites (INPE).

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