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7/2024

5G cresce menos, Oi e mais destaques

Eduardo Tude

5G cresce menos em 2024

  • 5G apresentou adições líquidas de 7 milhões de celulares nos 5 primeiros meses do ano, enquanto 4G, 2G e 3G diminuíram em -1 milhão cada.
  • No entanto, na comparação com a curva de crescimento da 4G, a partir de sua entrada em operação em 2013, 5G passou a crescer menos em 2024. Esta comparação considera o DSS desde quando a Anatel reportou pela primeira vez a quantidade de acessos 5G DSS em ago/21.
  • Em dez/23 o Brasil possuía 20 milhões de celulares 5G, 2 milhões a mais que 4G nesta comparação. Já em mai/24 tínhamos 28 milhões de celulares 5G, 2 milhões a menos que 4G possuía no mesmo período desde o seu início de operação.
  • Pesquisa realizada pela Mobile Time/ Opinion Box apontou que para apenas 5% dos internautas, 5G é a funcionalidade mais importante na escolha de um smartphone novo, atrás de capacidade de processamento (26%), memória (24%), duração da bateria (15%) e qualidade da câmera (13%).
  • Em mar/24 existiam 2 bilhões de celulares 5G no mundo. (5G Americas)
  • No Brasil. a Claro manteve a liderança com 10.389 mil celulares 5G, 22 mil a mais que a Vivo.
  • Com a extensão do prazo para 18 meses, a Anatel já recebeu 2,6 mil pedidos de uso secundário da faixa de 700 MHz.

 

Oi

  • Brasil Tecpar, Ligga e Vero estão habilitadas a participar do processo de venda dos clientes da Oi Fibra no dia 17 de julho. A V.tal teria proposto a estas prestadoras valores de aluguel da rede “mais condizentes com os preços de mercado” (Telesintese)
  • O TCU aprovou, por unanimidade, o acordo da Oi de migração da concessão de telefonia fixa para o regime de autorização. Os conselheiros entenderam que este era o acordo possível para evitar a falência da Oi.
  • Falta ainda a aprovação da Advocacia Geral da União (AGU) para que o acordo seja válido. AGU tem um prazo de 60 dias a partir da publicação do acórdão do TCU.
  • A AGU pode questionar os compromissos que fazem parte do acordo, uma vez que R$ 1, 19 bilhões correspondem a projetos com VPL negativo (conexão de escolas) e R$ 3,81 bilhões a projetos com resultado positivo (Cabos Submarinos e Data Centers)
  • Enquanto isso, a Anatel aprovou um novo edital para concessão do STFC (Plano B caso o acordo com a Oi não seja aprovado).
  • Estes fatos contribuíram para que a ação ON da Oi apresentasse valorização de 15,7% na semana e a PN de 14,3%. O Ibovespa cresceu 1,9%.
  • A ação ON da Oi apresentou perda de 2,5% no acumulado do ano e a PN de 5,6%.

 

BL fixa em mai/24

 

  • Dados da Anatel indicam que o Brasil encerrou o mês de mai/24 com 49,7 milhões de acessos banda larga fixa, mas os valores reportados por Stiw (436 mil) e Cyber (223 mil) estão incorretos.
  • Desta forma, repetimos a quantidade de acessos reportados por estas prestadoras para abr/24, estimando em 49,1 milhões o total de acessos banda larga fixa em mai/24. Estes valores ainda estão subnotificados, pois apenas 7,8 mil prestadoras reportaram acessos no mês.
  • A Starlink superou a Hugues e assumiu a liderança em Banda Larga Fixa via satélite no Brasil com 200 mil acessos.
  • A TIM expandirá o serviço de banda larga residencial para 51 novas cidades nos estados de Bahia, Goiás, Minas Gerais e Pernambuco. Na Itália, o Grupo TIM concluiu a venda de sua rede de fibra para KKR.
  • A Desktop aprovou a emissão de R$ 625 milhões em debêntures e informou que pretende emitir mais R$ 300 milhões.
  • A Alares concluiu a integração da Webby Internet, adquirida em 2023.

 

Móvel em mai/24

  • O celular continuou crescendo em mai/24, com 1,2 milhões de adições líquidas, sendo 1.197 mil de pós-pago.
  • A Claro liderou o crescimento com adições líquidas de 471 mil celulares, seguida pela Vivo (297 mil), TIM (279 mil) e MVNOs (121 mil). Destaque para a TIM que voltou a crescer em 2024.

 

Anatel

Terá início em julho a Pesquisa de Satisfação e Qualidade Percebida sobre os serviços de Telecomunicações 2024 promovida anualmente pela Anatel, abrangendo as seguintes prestadoras: Algar, BRSuper, Brisanet, Claro, Gb Online, Ligga, Oi, Proxxima, Sky, Tely, Tim, Unifique, Valenet, Vero e Vivo.

O Regulamento de Segurança Cibernética (R-Ciber) da Anatel ampliou as obrigações para envolver as seguintes categorias de prestadoras:

  • operadoras de cabos submarinos com destino internacional;
  • prestadoras de serviço móvel pessoal detentoras de rede própria;
  • operadoras de rede que oferecem tráfego para mercado de atacado.

 

Mais destaques

  • A Conexis, a Neo e a TelComp divulgaram um posicionamento conjunto reivindicando alterações ao texto substitutivo ao projeto de regulamentação da reforma tributária. Elas avaliam que, na forma em que está, a reforma tributária elevará a carga tributária do setor de telecom.
  •  O Conselho do Funttel aprovou a aplicação em 2024 de até R$ 316,9 em empréstimos pelo BNDES e Finep. Os financiamentos podem somar R$ 1,3 bilhão até 2026.
  • O Tribunal de Justiça de São Paulo revogou a suspensão da arbitragem pelo controle da Surf Telecom.
  • Entre 2020 e 2023, os preços do comprimento de onda de 100 Gbps em cabos submarinos Miami-São Paulo diminuíram 28% anualmente. Isso superou a redução de 22% entre 2017 e 2020. (Telegeography)

 

Próximas semanas

  • 17/07: Venda da Oi Fibra
  • 17/07: Resultado 2T24: Claro
  • 29/07: Resultado 2T24: Vivo
  • 30/07: Resultado 2T24: TIM

 

 

 

Veja também

‣ Resultados Claro e TIM, MWC 2025 e mais destaques.

‣ Resultados 2024 e mais destaques

‣ Acessos Anatel 2024 e mais destaques

‣ Redes Privativas, 5G, Tecpar e mais

‣ Redes Privativas crescem 68% em 2024

Eduardo Tude

Presidente e sócio da empresa de consultoria Teleco, atua desde 2002 como analista do mercado de Telecom, coordenando projetos de consultoria, publicando artigos semanais, preparando relatórios setoriais e apresentando workshops.

Engenheiro de Telecom (IME 78) e Mestre em Telecom (INPE 81) é membro da Comissão julgadora do Global Mobile Awards do Mobile World Congress em Barcelona e atuou como professor especialista visitante da Unicamp (2013).

Ocupou várias posições de Direção em empresas de Telecom em áreas como Sistemas Celulares (Ericsson), Redes Ópticas (Pegasus Telecom) e Satélites (INPE).

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