29/12/07
Uma onda eletromagnética ao se propagar no espaço apresenta uma perda proporcional ao quadrado da freqüência (perda no espaço livre). Logo, quanto menor a freqüência menor a perda na propagação, o que implica que o sinal chega mais forte em um prédio e pode ultrapassar mais paredes. Ou seja apresenta uma melhor cobertura indoor. Para compensar esta perda maior em freqüências mais altas as operadoras precisam colocar mais ERBs em sistemas celulares com freqüências de 1,9/2,1GHz do que nos sistemas em 850 MHz. No Brasil as operadoras podem colocar 3G em qualquer freqüência de celular que a operadora possua. Por isto algumas operam em 1,9/2,1 GHz e também em 850 MHz. Nos Estados Unidos o LTE está sendo implantado em 700 MHz, freqüência utilizada pela TV aberta analogia e que foi liberada com a implantação da TV Digital. No Brasil o LTE deve ser implantado em 2,5 GHz e necessitará mais ERBs para atingir a mesma cobertura.
Comentários
Apenas complementando... O sinal em frequências menores, é mais robusto, enquanto que em frequências maiores, vai mais longe (porém só chega mais longe quando emitida em área livre de obstáculos, tais como prédios, montanhas etc. Eu acho que a UIT deveria trabalhar junto aos países padronizando as frequências, para evitar que se tenha diversas frequências, como ocorre com o GSM, por exemplo. O ideal para o LTE e até mesmo para tecnologias mais avançadas, é seguir na contramão do aumento do espectro e liberar frequências baixas. Já que em frequências mais altas, irá demandar um vultoso investimento por parte das operadoras (dinheiro que nem todas estão aptas ou com vontade de investir).
Concordo com o Jeferson. Não adianta nada se lançar uma rede hipotética com velocidade de 100Mbps e só puder baixar 10Gb de dados, que é o máximo que as operadoras oferecem ou então ter tráfego livre mas a 64Kbps como faz a Vivo por exemplo. Quantos às frequencias acho que não tem jeito: as operadoras terão que colocar a mão no bolso se quiserem colocar uma cobertura decente do LTE, pelo menos nos grandes centros. Se com 3G já foi uma decepção imagine com LTE, que demandará mais investimentos físicos como interligação das antenas por fibra ótica. Visto isso, as operadoras que detem a concessão de frequência a 850Mhz tenderão a instalar o 3G e o LTE, de forma a reduzir custos e forçando a migração de tecnologias mais antigas para as frequências mais altas ou então estimulando a sua obsolescência como a Vivo está fazendo com CDMA não vendendo mais aparelhos.
Será que o LTE no Brasil trará alguma melhora em relação às franquias impostas pelas operadoras 3G? Atualmente vemos franquias completamente ridículas para os padrões atuais. Um vídeo de apenas 4 minutos no Youtube pode chegar até 30 MB, as atualizações do Windows e antivírus estão aumentando dia após dia, e ainda assim vemos as operadoras insistindo em oferecer franquias cada vez menores e aumentando as restrições ao tráfego de dados. Obviamente estão na contramão da história e se continuarem assim oferecerão um serviço tão inútil que ninguém irá adquirir.
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