Atualizado em: 23/06/2024
O Impacto do Churn no Crescimento do Celular
No 1T24, as operadoras móveis venderam 20,3 milhões de novas linhas móveis (adições brutas), mas apresentaram adições líquidas de apenas 1,8 milhões de celulares. O restante serviu para compensar os cancelamentos no trimestre.
A taxa média mensal de cancelamentos no trimestre (Churn) foi 2,4% no 1T24, quase a metade da apresentada em 2015.
Nota: O Churn trimestral é calculado dividindo-se os cancelamentos no trimestre pela quantidade de celulares no fim do trimestre anterior. O valor encontrado é dividido por três para se obter o churn médio mensal.
O churn apresentou uma forte queda durante os últimos 10 anos, passando de 4,2% em 2015 para 2,4% no 1T24, impulsionado pela queda da participação do pré-pago, que apresenta um churn maior, no total de celulares, excluindo-se os terminais M2M.
A participação do pré-pago no total de celulares (sem M2M) caiu em 10 anos, de 78,6% em 2014, para 49,9% no 1T24.
A TIM possuía o maior churn no 1T24 (2,8%), seguida pela Claro (2,4%) e pela Vivo (2,1%).
A TIM era também a operadora com maior participação do pré-pago na sua base (59,2%), seguida pela Claro (48,9%) e pela Vivo (44,3%).
Note-se que parte do churn mensal no pré-pago é interno. Ele simplesmente descarta o chip e compra outro da mesma operadora. Para reduzir este tipo de churn as operadoras oferecem vantagens para quem faz recargas recorrentes.
Já no pós-pago, a inadimplência é uma das principais causas dos cancelamentos.
A portabilidade de números telefônicos, que ocorre praticamente só no pós-pago, indica que a Claro, MVNOs e a Vivo estão ganhando clientes de outras operadoras, enquanto a TIM está perdendo.
O Churn impacta também o crescimento da banda larga fixa. A Brisanet, única prestadora que divulga este indicador, apresentou churn mensal de 2,5% para a banda larga fixa no 1T24.
Diante deste cenário pergunta-se:
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