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Quem tem telefone no Brasil?
Atualizado em: 17/10/2003
A Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD 2002), realizada anualmente pelo IBGE, apresenta um retrato dos 47.558.659 domicílios brasileiros. (Consulte a página do Teleco sobre o PNAD).
Entre os itens pesquisados encontram-se resultados como que somente 14,2% dos domicílios tem computador e apenas 10,3% dos domicílios tem acesso à Internet.
Com relação ao telefone pesquisou-se a existência de linha telefônica fixa instalada, mesmo que compartilhada com outra unidade. Pesquisou-se, também, se algum morador permanente tinha linha telefônica móvel (Celular). Os resultados foram que em 2002, 61,6% dos domicílios tinham pelo menos uma linha telefônica, sendo que em 8,8% dos domicílios havia apenas telefone celular (linha telefônica móvel).
Apresenta-se a seguir alguns comentários sobre os domicílios que tem telefone no Brasil e como isto impacta no quadro de baixa demanda para o serviço de telefonia fixa encontrada hoje no Brasil.
Classe de Rendimento mensal domiciliar
A Tabela a seguir apresenta a distribuição dos domicílios com telefones por classes de rendimento mensal domiciliar.
Esta tabela aponta para as seguintes conclusões:
Rural x Urbano
Um outro caso a ser considerado é a situação dos domicílios rurais, que representam 14,4 % dos domicílios brasileiros.
Nota: O PNAD não incluiu os domicílios rurais da Região Norte.
Este contraste entre domicílios rurais e urbanos reflete em parte os custos mais altos para levar o telefone para regiões rurais e em parte o rendimento domiciliar mensal mais baixo destes domicílios.
A figura acima apresenta o percentual de domicílios com telefone por classes de rendimento mensal domiciliar. O que se pode observar é que o percentual de telefones em domicílios rurais tende a se aproximar do percentual encontrado em domicílios urbanos à medida que a renda mensal aumenta.
No Brasil como um todo, mais de 50% dos domicílios com renda na faixa entre 2 e 3 salários mínimos possui telefone. Para domicílios rurais isto só ocorre para domicílios com renda entre 5 e 10 salários mínimos.
Regiões
Este quadro se reflete nas regiões do país com o Nordeste e o Norte apresentando o menor percentual de domicílios com telefone.
Note que o percentual do Norte refere-se apenas a domicílios urbanos. Para dados por estado consulte a página do Teleco sobre o PNAD.
Conclusões
Os resultados apresentados por esta pesquisa do IBGE ajudam a explicar o baixo crescimento da Telefonia fixa no Brasil no último ano. As parcelas da população com renda para ter um telefone residencial já estão em grande parte atendidas. Ter um telefone fixo residencial significa se comprometer com uma despesa mensal de pelo menos R$ 30 a 40 por mês ou 15% de um salário mínimo. A alternativa adotada tem sido o celular pré-pago. Enquanto o número de domicílios com telefone cresceu 7% em 2002 o número daqueles com somente celular cresceu 15,4%.
Novos serviços, como a proposta da Anatel de um telefone fixo pré-pago podem ajudar a aumentar a penetração da telefonia fixa nas camadas da população com renda mais baixa pois evitam o comprometimento a priori com uma despesa fixa mensal. Esta é sem dúvida a causa do sucesso do celular pré-pago.
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