Atualizado em: 09/07/2006

Existe espaço para uma nova operadora de celular no Brasil?

 

A Anatel colocou em consulta pública (nº 724 de 14/07/06) proposta que prepara o espectro para receber novas licitações para o Celular (SMP), incluindo as de 3G.

 

Com a canalização proposta em 1900/2100 MHz haverá espaço para até cinco operadoras de 3G em cada região do pais (Bandas F, G, H, I e J).

 

Atualmente existe espaço para até quadro operadoras de celular utilizando as Bandas A, B, D e E (Mais Detalhes). Considerando que as atuais operadoras se interessem pelas freqüências de 3G, restaria ainda espaço para uma nova operadora. É remota a hipótese de que haja mais de 1 novo interessado no mercado brasileiro.

 

Considerando que as atuais operadoras se interessem pelas freqüências de 3G, uma vez que a hipótese de que hajam 5 novos interessados no mercado brasileiro é remota.

 

Ao reservar espaço para uma 5ª operadora em cada região do Brasil, a Anatel está cumprindo o seu papel, como órgão regulador, de estimular a competição. A palavra final caberá, no entanto, ao mercado. Este espaço só será ocupado se existir uma empresa interessada em aproveitar esta oportunidade. O espaço (Banda E) para uma 4ª operadora em São Paulo e no Nordeste não foi ocupado até hoje.

 

Quando a Anatel criou o SMP, ela reservou também uma faixa de frequência para atrair novos players (Banda C). Como não apareceram interessados esta faixa acabou sendo destinada a ser utilizada como sub-faixa de extensão para as demais operadoras.

 

O Brasil dispõe hoje de 1 operadora com cobertura nacional (Tim), 2 com atuação nacional (Vivo e Claro) e 5 operadoras regionais (Oi. BrT GSM e Telemig/Amazônia Celular. CTBC e Sercomtel). A ampliação da cobertura da Vivo e da Claro, ou a consolidação de operadoras regionais para buscar uma atuação nacional pode levar à existência de 5 operadoras em algumas regiões do país.

 

A Vivo, por exemplo, pode levar Minas Gerais a ser o primeiro estado a ter 5 operadoras no Brasil.

 

Outra possibilidade seria este espaço ser ocupado pela entrada no Brasil de uma nova operadora internacional.

 

 

Já estão presentes no Brasil as principais operadoras internacionais com atuação na América Latina: América Móvil (Claro), Telefonica (Vivo) e Tim. As duas primeiras concentram mais de 70% dos celulares da América Latina. A Tim está se desfazendo das suas propriedades na região para concentrar sua atuação no Brasil.

 

Os pesados investimentos para entrar no mercado brasileiro, o baixo ARPU e a entrada como 4ª ou 5ª operadora tem desencorajado a entrada novos competidores no mercado brasileiro.

 

Os principais atrativos para a entrada de uma nova operadora são:

As possíveis candidatas estariam entre as maiores operadoras de celular do mundo com presença internacional significativa.

 

2005
Operadora
Milhões*
Presença Internacional Significativa
1
China Mobile
247
Não
2
Vodafone
165
Sim
3
China Unicom
128
Não
4
Deutsche Telecom
87
Sim
5
América Móvil
87
Sim
6
France Telecom
84
Sim
7
Telefonica Móviles
71
Sim
8
MTS (Rússia)
60
Não
9
Cingular
55
Não
10
NTT DoCoMo
51
Não

* Milhões de celulares proporcionais a sua participação nas operadoras em 2005

 

As principais candidatas poderiam ser portanto as européias Vodafone, T-Mobile (Deutsche Telecom) e a France Telecom. A Vodafone está negociando a sua participação na Verizon Wireless nos Estados Unidos, transação que deixaria a empresa capitalizada para novos investimentos.

 

As operadoras americanas têm reduzido sua participação internacional para se concentrar no mercado dos Estados Unidos. Passada, no entanto, a fase de consolidação, operadoras como Cingular e Sprint podem voltar a ter planos para uma atuação internacional.

 

As operadoras asiáticas, sejam elas chinesas, coreanas ou japonesas, não têm demonstrado até agora disposição para uma atuação mais forte fora da sua região. A exceção é a H3G da Hutchinson Whampoa que possui operações em WCDMA na Austrália, Áustria, Itália, Suécia, Dinamarca, Reino Unido e Irlanda. Ela entrou nestes mercados como 4ª ou 5ª operadoras baseando sua oferta em serviços de 3ª Geração (3G).

 

Diante deste quadro pergunta-se:

 

 

 

Comentário de Roni Araújo

Na minha opinião sim. O mercado de celulares ainda não está saturado e acredito que a evolução para 3G vai ser bem absorvido a partir de que os fabricantes de celulares só passarem a fabricar aparelhos 3G e assim forçar indiretamente os clientes a usar o serviço.

 

Ainda lembro de que quando lançaram celular com câmera, muita agente disse: Eu não quero com câmera, isto é só para ficar mais caro e não voou usar mesmo. O que aconteceu... Se alguém for comprar celular sem câmera hoje, pode até pagar mais caro e as operadoras estão com setor de VAS (Value Added Services) bem desenvolvidos e com uma participação de até 5% no faturamento e isso pode aumentar cada vez mais com a presença do 3G e 3,5 HSDPA.

 

Com isso quem sai ganhando sempre é o consumidor que tem possibilidade de escolher e mais no futuro quando o Brasil optar pela portabilidade numérica esta flexibilidade será ainda mais um atrativo para que o celular possa estar presente cada vez mais na vida das pessoas.

 

 

 

 

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