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Atualizado em: 30/07/2006

Celulares: Tim é a melhor no 2T06. Qual será o crescimento em 2006?

 

O Brasil terminou o 1º semestre de 2006 com 91.760 mil celulares e uma densidade de 49,24 Cel/100 hab. As adições líquidas no semestre de 5.550 mil celulares foram prejudicadas pela baixa de 1.823 mil celulares inativos realizada pela Vivo em Jun/06. (Consulte: Um ano perdido da Vivo?)

 

A Vivo apresentou crescimento negativo de 1.251 mil celulares no semestre e perdeu 2,5 pontos percentuais de market share.

 

 

Tim, Claro, Oi e BrT GSM lideraram o crescimento do celular no 1º semestre de 2006. Conjuntamente, estas operadoras, apresentaram adições líquidas de 6.711 mil celulares no período.

 

Milhares
Market Share
Celulares
adições líquidas
jun/06
jun/06
jun/06
Jan-Jun/06
Vivo 31,09%
28.526
(1.949,2)
(1.251)
TIM 24,36%
22.354
562,6
2.164
Claro 22,83%
20.949
404,5
2.293
Oi 13,12%
12.034
228,3
1.698
Telemig/Amaz 5,07%
4.655
26,4
85
BrT GSM 3,02%
2.772
129,8
556
CTBC 0,42%
385
(21,8)
(3)
Sercomtel Cel. 0,09%
85
2,2
8
Total Celulares
100%
91.760
(617,2)
5.550

Fonte: Anatel

 

A Claro apresentou o maior crescimento no semestre com adições líquidas de 2.293 mil. A distância que a separa da Tim ainda é, no entanto, de 1.405 mil celulares.

 

A Tim apresentou adições líquidas de 2.164 mil celulares no semestre e liderou o crescimento do celular em Jun/06 com adições líquidas de 562 mil celulares.

 

A Oi foi a única operadora que apresentou adições líquidas no 1º semestre de 2006 (1.697 mil celulares) maior que a apresentada em igual período de 2005 (1.253 mil celulares).

 

Os maiores crescimentos (%) no período jan-jun06 foram da BrT GSM (25,1%) e da Oi (16,4%), contra 12,3% da Claro, 10,7% da Tim e os 4,2% negativos da Vivo.

 

 

Tim apresenta o melhor desempenho no 2T06

 

A Tim é a operadora com melhor desempenho no 2º trimestre de 2006 (2T06). Ela tem a base de celulares com menor percentual de pré-pago, maior receita média por clientes (ARPU) e mais minutos de uso (MOU).

 

2T06
Vivo
TIM
Claro
Oi
ARPU (R$)
24,1
30,2
24,0
17,8
MOU
66
81
66
N.D.
Pré-pago
81,5%
79,4%
83,4%
80,0%
Churn
4,6%
2,57%
2,40%
2,14%

 

Esta superioridade da base de clientes da Tim fez com que sua receita líquida no 2T06 fosse apenas 15% menor que a da Vivo, apesar de possuir 22% menos celulares. A Tim apresentou também a melhor Margem EBITDA entre as quatro maiores operadoras no 2T06.

 

2T06 (R$ Milhões)
Vivo
TIM
Claro
Oi
Receita Líquida
2.598
2.321
1.822
807
EBITDA
306
500
231
154
Margem EBITDA
11,8%
21,5%
12,7%
19,0%
Lucro (prej.) Líquido
(493)
(249)
N.D.
0,4

 

O alto churn (2,57%) e o prejuízo de R$ 249 milhões são os pontos negativos a serem ressaltados na Tim. A Oi destacou-se pelo lucro de R$ 0,40 milhões no período.

 

Como o celular terminará 2006?

 

O Teleco havia projetado no início de 2006 adições líquidas para o ano entre 18 e 22 milhões de celulares, o que implicaria em o Brasil terminar 2006 com 104 a 108 milhões de celulares. (Mais detalhes)

 

O crescimento negativo de 1,95 milhões de celulares apresentado pela Vivo em Jun/06 e sua opção pelo GSM devem afetar significativamente o comportamento do mercado e o crescimento do celular em 2006. Mesmo assim as projeções do Teleco indicam que o Brasil deverá terminar 2006 com mais de 100 milhões de celulares.

 

A obtenção deste resultado será afetado principalmente pelo acirramento da competição no Natal com a entrada em operação, ou não, da rede GSM Vivo. Dezembro é o mês de maior crescimento do celular no ano e apresentou adições líquidas de 3,8 milhões de celulares em 2005.

 

Outro fator a afetar a estratégia das operadoras é a mudança no critério de remuneração da interconexão (VU-M) entre operadoras móveis. A Anatel restabeleceu o "Full Billing", acabando com o billing baseado em desbalanceamento de tráfego (45% - 55%) que estimulava a oferta de planos com alta utilização de minutos, como os corporativos. O pagamento da VU-M para todas as chamadas torna os celulares pré-pagos mais rentáveis para as operadoras. Considere-se ainda que a taxa de câmbio e o custo mais barato dos aparelhos (low end) podem incentivar a entrada de novos celulares pré-pagos na base das operadoras, sem a necessidade de subsidio.

 

Apesar das dificuldades, a Vivo deve manter em 2006 a liderança em market share de celulares. A diferença de 6,2 milhões de celulares que a separa da Tim é muito grande para ser superada em um semestre. É possível, no entanto, que a Tim supere a Vivo em receita (revenue share) em um dos próximos trimestres.

 

Diante deste quadro pergunta-se:

 

 

 

Comentário de Tiago Gebrim

A TIM está vivendo um momento de glória, pois é a maior GSM do mercado e parece manter essa liderança, pois cresce mais também. Em minha opinião, a chave do sucesso da TIM é a cobertura e o dinamismo. A TIM tem muitos planos pré-pagos, contra apenas dois da Claro. Além disso, a cobertura é nacional e, diferentemente de outras operadoras, os planos pré-pagos da TIM possibilitam utilizar o celular em QUALQUER rede GSM do Brasil, e não só a rede TIM.

 

Os planos pós-pagos da TIM também são muito bons e completos, principalmente o TIM Brasil, com vários pacotes de minuto e preço bem acessível.

 

A Vivo precisa, imediatamente, colocar sua rede GSM em funcionamento, porque, mesmo não tendo tantos pontos negativos assim, a tecnologia CDMA já foi marcada como a tecnologia "sem chip", e não agrada mais. Afinal, a grosso modo, os usuários de celular, até mesmo os usuários de MMS ou Wap não dão tanta importância a uma diferença de velocidade, como a do GPRS para o CDMA 1x. Ambos funcionam, não funcionam? Então, está ótimo!

 

Além disso, GSM quer dizer praticidade, facilidade, e é o que o povo quer. Você compra um CDMA e é obrigado a ficar com a operadora, porque não há opção. Já no GSM, basta mandar desbloquear, o que qualquer camelô faz hoje em dia, e pronto!

 

Se a Vivo não colocar o GSM, não vai manter a liderança por muito tempo. E o Natal seria uma ótima oportunidade para a TIM diminuir, e bem, a diferença. Se não passasse a Vivo de uma vez.

 

Sobre aparelhos, acredito que não serão produzidos mais aparelhos monocromáticos por muito tempo. A tela colorida simples, além de atrativa, não é cara. Hoje há celulares de tela colorida a venda por R$ 200. O visual muda muito, fica moderno, e com pouca diferença de preço.

 

 

 

 

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