Atualizado em: 10/09/07
América Móvil/Telmex x Telefonica: Quem vai ganhar esta briga?
A América Móvil e a Telmex, empresas do empresário mexicano Carlos Slim, vêm disputando palmo a palmo a liderança pelo mercado de telecomunicações na América Latina com a Telefonica.
O Grupo da América Móvil/Telmex supera o da Telefonica em quantidade de celulares e de telefones fixos na América Latina. Esta liderança deve-se à sua presença no México onde o grupo possui 46,1 milhões de celulares e 18,2 milhões de telefones fixos.
Já a Telefonica, supera a América Móvil e a Telmex na América do Sul: a Telefonica é líder em market share de celulares no Brasil, Argentina, Venezuela, Chile e Peru, enquanto a América Móvil lidera apenas na Colômbia e no Equador.
Na telefonia fixa a Telefonica adquiriu, nos processos de privatização dos anos 90, operadoras em 5 países: Brasil, Argentina, Chile, Peru e Colômbia. A Telmex, que chegou mais tarde na América do Sul, comprou somente a Embratel, diretamente da sua controladora MCI.
No Brasil a Telefonica supera tanto a América Móvil (Claro) em quantidade de celulares, quanto a Telmex (Embratel) em telefones fixos.
América Móvil/Telmex x Telefonica no Brasil (Jan-Jun/07)
* Toatal de celulares da Vivo sem os 4,8 milhões de celulares da Telemig/Amaz Celular.
** receita líquida consolidada na Telefonica. Considera apenas 50% da receita da Vivo.
Em termos mundiais, a Telefonica supera a América Móvil/Telmex em celulares, telefones fixos e em receita, embora possua um menor valor de mercado.
A Telefonica tem uma estratégia clara de crescimento. Com a aquisição do grupo O2 em 2006 e de uma participação na Telecom Italia em 2007, a Telefonica está posicionada para se tornar uma das operadoras "européias" que devem dominar a região. A Europa está entrando em um processo de consolidação a nível europeu das operadoras nacionais privatizadas de cada país.
Na América Latina a principal prioridade da Telefonica é adquirir a participação da Portugal Telecom na Vivo. Sua situação, no entanto, pode se complicar no Brasil e na Argentina caso os órgãos reguladores destes dois países imponham restrições à entrada da Telefonica na Telecom Italia. O pior cenário para a Telefonica seria ver estes ativos adquiridos pela América Móvil/Telmex.
Já para a América Móvil/Telmex sua estratégia de crescimento por aquisições está chegando ao limite. Fora algumas aquisições que a América Móvil tem feito no Caribe, não existem grandes operadoras para serem adquiridas na América Latina. Daqui para frente o crescimento do grupo na América latina terá de ser orgânico, o que explica a estratégia agressiva da Claro no Brasil e da CTI na Argentina. A América Móvil pretende também sair na frente na implantação da 3G na região iniciando a operação em cidades selecionadas em 2007.
Uma expansão do grupo para fora da América Latina deve encontrar dificuldades. Uma atuação maio no mercado dos Estados Unidos – onde controla uma operação de MVNO, a TracFone - implicaria em competir com a AT&T que possui cerca de 23% do capital votante do Grupo. Já a investida na Europa com a tentativa de compra da Telecom Italia provocou uma grande reação das autoridades italianas.
Apesar de sua presença internacional 58,9% da receita da América Móvil/Telmex ainda é proveniente do México onde possui 74% dos celulares e 91% dos telefones fixos.
Participação da receita obtida na Região na receita total do grupo
A Telefonica obtém 36,6% de sua receita na Espanha onde possui 46% dos celulares e 87% dos telefones fixos.
Diante deste quadro pergunta-se:
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