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Balanço 2003
Atualizado em: 31/12/2003
Enquete realizada pelo Teleco indicou que 2003 não foi um ano muito positivo para o setor de telecomunicações. 56% consideram o ano regular ou ruim. Um balanço do ano apresenta os seguintes destaques.
Crescimento do nº de celulares
Em agosto de 2003 o nº de telefones celulares no Brasil ultrapassou o de fixos. O nº de celulares cresceu cerca de 10 milhões em 2003 enquanto o crescimento de telefones fixos deve ficar abaixo de 1 milhão. A entrada de um 3º operador, em alguns estados um 4º, com tecnologia GSM estimulou o crescimento do celular, em contraste com o baixo crescimento observado na telefonia fixa, TV por assinatura e usuários de internet.
Consolidação das Operadoras
O processo de consolidação de operadoras que já vinha ocorrendo em 2002 com a compra da Pégasus pela Telemar e Metrored, Vant e Globenet pela Brasil Telecom, acelerou-se em 2003:
Migração das operadoras para o SMP
Em 2003 consolidou-se o processo de migração das operadoras do Serviço Móvel Celular (SMC) para o Serviço Móvel Pessoal (SMP). Como decorrência desta migração, as operadoras foram autorizadas a adquirir novas empresas e bandas de freqüências. Como contrapartida veio o CSP (Código de Seleção de Prestadora) para as chamadas de longa distância e novas metas de qualidade.
Call Centers
O setor se Call Centers experimentou crescimento ímpar, fruto da terceirização do atendimento ao cliente e televendas promovida pelas operadoras fixas e celulares, com o objetivo de apresentar melhores indicadores de performance para os analistas financeiros.
Telefonia Fixa: Tarifas e renovação dos contratos de concessão
Após muita discussão foram aprovados os novos contratos de concessão para o STFC que vigorarão por 20 anos a partir de 1º de janeiro de 2006. Os reajustes das tarifas de telefonia fixa aprovados em junho com base no IGP-DI foram contestados na justiça e não estão sendo aplicados integralmente pelas operadoras devido a liminares concedidas pela justiça. As operadoras foram forçadas a aplicar o IPCA.
Fabricantes de Equipamentos
Desde 2000, em nível mundial, as operadoras de telefonia fixa têm reduzido seus investimentos tendo a relação Capex/ Receita caído de um patamar histórico da ordem de 18% para níveis inferiores a 13%. Em conseqüência, os fabricantes de equipamentos foram forçados a fazer um enorme esforço de ajuste na produção. No Brasil, esta situação foi agravada pelos investimentos feitos pelas operadoras de STFC – concentrados em 2000-2001 - para atender as metas de universalização estabelecidas pela Anatel. Para os fabricantes, o principal mercado de 2003 foi o de equipamentos e terminais celulares. A indústria compensou os baixos investimentos das operadoras, com serviços oriundos da terceirização da manutenção de planta, conseqüência natural do enxugamento de custos promovido pelas operadoras. Mas, o resultado final é que crescimento real previsto pela ABINEE para a industria de equipamentos de telecomunicações no ano é de 2%, superior ao crescimento previsto do PIB.
Resumo
Em resumo, o grande destaque positivo de 2003 foi o crescimento do mercado de celulares, tanto para as operadoras quanto para os fabricantes, inclusive a exportação de terminais celulares que continua sendo o item de maior destaque na exportação de produtos da industria eletroeletrônica, atingindo cifras próximas de 2 bilhões de dólares. As ações das empresas de telecomunicações na Bolsa medidas pelo ITEL tiveram um crescimento de 66,81% em 2003, comparados com 97,33% do IBOVESPA. Pode-se ainda dizer também que foi um ano de poucas novidades tecnológicas. Algumas tecnologias promissoras como Voz sobre IP e Wi-Fi ainda não se afirmaram.
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