Atualizado em: 26/10/2008
Balanço de um ano de 3G (WCDMA/HSDPA) no Brasil
A Telemig Celular (Vivo) e a Claro foram as primeiras operadoras a terem redes WCDMA/HSDPA em operação comercial no Brasil. A Vivo já possuía uma rede 3G EVDO em operação desde 2004.
As redes da Telemig e da Claro entraram em operação em Nov/07 na frequência de 850 MHz. As demais operadoras iniciaram suas operações em 2008, após a licitação de frequências em 1,9/2,1 GHz (mais detalhes).
Neste período de cerca de 1 ano as redes 3G (WCDMA/HSDPA) se expandiram e já se encontram disponíveis para mais de 64 milhões de pessoas, 34% da população brasileira.
A Claro é a operadora líder nesta implantação, atendendo ao maior número de municípios.
Em Jul/08, a Anatel passou a divulgar a quantidade de celulares 3G no Brasil.
Em Set/09, 1% dos telefones celulares em serviço do Brasil já eram WCDMA/HSDPA. A quantidade de celulares EVDO da Vivo está em queda, enquanto a de WCDMA/HSDPA está em expansão.
O crescimento da base de celulares 3G no Brasil dependerá em grande parte da disponibilidade de aparelhos e modems a preços acessíveis. Em Set/08 estavam homologados junto à Anatel 35 modelos de telefones celulares WCDMA/HSDPA (mais detalhes).
Em Out/08, podia-se comprar aparelhos 3G desbloqueados ou para pré-pago a preços à partir de R$ 700,00. O modem para acesso banda larga pode ser comprado por menos de R$ 200,00, desde que associado a um plano mensal de uso de dados.
A chegada do iPhone 3G ao Brasil no final de setembro já deve ter contribuído para as adições líquidas de 472 mil celulares WCDMA/HSDPA em Set/08, que no mês representaram 20% das adições líquidas.
O Teleco estima que o Brasil vai terminar 2008 com cerca de 4,5 milhões de celulares 3G (WCDMA/HSDPA) o que representaria 3% do total de celulares no Brasil.
A penetração de celulares 3G na base de celulares varia muito com o país. Ela começou a crescer mais rapidamente com a entrada em operação comercial de redes HSDPA em 2006.
Na Europa a média é de cerca de 20% para os 27 países da comunidade européia, sendo Itália e Portugal os países onde a penetração é maior.
A figura a seguir apresenta a evolução do WCDMA/HSDPA em Portugal.
A conversão da base de celulares para a tecnologia 3G é, no entanto, apenas o primeiro passo. Como mostra o exemplo de Portugal, a porcentagem de celulares 3G que acessam serviços de dados é reduzida (20-30%).
Diante deste quadro pergunta-se:
No próximo dia 31 de outubro, se completa um ano da primeira autorização da Anatel para o funcionamento de uma rede 3G-WCDMA no Brasil. A Telemig Celular, hoje Vivo, foi a pioneira lançando uma rede HSPA em 850MHz apenas na cidade de Belo Horizonte. Pouco mais de um mês depois veio a Claro, também em 850MHz com uma rede HSDPA. TIM, Brasil Telecom, Oi, CTBC e Vivo lançaram ao longo de 2008.
No final do ano passado havia toda uma espectativa sobre as maravilhas que se poderia fazer, a exemplo da video-chamada, banda larga sem fio, e outras funcionalidades aliado à Internet Móvel.
Após um ano é fato que o serviço de Video-Chamada não colou no Brasil. Vários fatores podem ser culpados, mas entre os principais, está os custos dos terminais 3G e a falta de interconexão das operadoras; as vezes há problemas de interconexão entre diferentes DDDs na mesma operadora. O custo propriamente dito do serviço não é dos mais caros.
A pequena cobertura, também pode agravar, de alguma maneira isso, pois com um sinal abrangente no interior, seria mais viável a comunicação entre pessoas que não se vêem com tanta frequência. A Vivo não se manifestou sobre o serviço embora tenha lançado vários modelos com suporte; talvez esteja reservando para o Natal. Claro permite apenas para Pos-Pagos, segundo eles pré não da lucro! TIM quando funciona, bem, funciona!
A tão sonhada banda larga emplacou! Assim pode-se dizer, muita gente comprou! A decepção é que não se trata de banda larga. As queixas são muitas, em todas as operadoras. De lentidão à falta de sinal; sombras nem se fala! Ainda não se tem idéia do número de queixas oficiais em relação ao 3G, mas sabe-se que mesmo debaixo de antena consegue-se em média 500Kbps. Para operadoras como TIM e VIVO que vendem HSPA é muito pouco, pouquíssimo. Oi também fica nessa média, mas a mesma preferiu usar o 3G como uma versão do Velox.
A salada de frequências não chega a prejudicar, pois um bom número de aparelhos são dual-band. Nokia lidera em quantidade de terminais. O custo médio fica entre os R$500,00 para os modelos mais básicos podendo chegar em R$2000,00 a exemplo de SmartPhones da Nokia, HTC e Apple. Em termos de modens, o mais comun é AIKO, Sony Ericsson e BandLux.
A cobertura aumentou muito pouco. As capitais ainda não tem cobertura total de nenhuma operadora. Tirando a Bahia como exemplo, no interior, apenas, Feira de Santana, Una, Camaçari e Lauro de Freitas desfrutam de cobertura. As áreas com sombras são enormes.
Não há como negar que a tecnologia chegou pra ficar, enterrando de vez o EVDO no Brasil. É meio irônico a Vivo deixar de vender terminais EVDO por que custavam a partir de R$600,00, enquanto os WCDMA também ficam na mesma faixa. Todas as operadoras já implantaram e até mesmo a Nextel, já tem demonstrado um interesse. O que será do IDEN?
1 Ano ainda é pouco para criticarmos a cobertura, mas é suficiente para cobrarmos qualidade de serviço. A qualidade está muito abaixo do esperado, levando a comparar com o EDGE. Em testes não oficiais, a rede 3G da Oi não permite ver um filme no Youtube com um mínimo de qualidade. É 3G ou é um EDGE vitaminado?
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