Atualizado em: 14/12/08
A quantidade de telefones fixos em serviço no Brasil está crescendo?
No período de 2002 a 2007, a quantidade telefones fixos em serviço apresentou uma queda de 14% nos Estados Unidos e se manteve estável na Europa e no Brasil.
Em 2008, no entanto, a quantidade de acessos fixos em serviço no Brasil voltou a crescer. A perda de acessos fixos em serviço das concessionárias vem sendo compensada por um crescimento das empresas com autorização, principalmente Embratel e GVT. As autorizadas já respondiam por 15,4% dos acessos fixos em serviço do Brasil no 3T08 (mais detalhes).
A Embratel, que adquiriu a Vésper em 2003, é a maior autorizada com 5,1 milhões de acessos fixos em serviço no 3º trimestre de 2008 (3T08.) Além dos acessos que possui no mercado corporativo, a Embratel vem crescendo em telefonia local com tecnologias alternativas como o "livre" e o NetFone.
O NetFone é um serviço de telefonia VOIP ofertado pela Net em parceria com a Embratel no seu pacote tripleplay (3Play= TV por assinatura, banda larga e telefone fixo). Já o "livre" é um telefone celular na tecnologia CDMA utilizado para telefonia fixa. Uma das vantagens do livre é a mobilidade restrita proporcionada ao usuário.
Dos 5,1 milhões de acessos da Embratel (3T08), cerca de 2 milhões eram "livre" e 1,5 milhões NetFone.
A GVT possuía 1,1 milhões de acessos fixos em serviço no 3T08, sendo 95 mil Voip. A GVT vem pouco a pouco expandindo sua área de atuação fora da Região II estando presente, por exemplo, em Belo Horizonte e Salvador.
Ela é uma das operadoras que mais está se beneficiando desta fase inicial de implantação da portabilidade no Brasil. A GVT está presente nas 5 áreas (DDD) com maior participação de telefones fixos no total de telefones portados (fixo+celular) até 8/12/2008.
Este cenário estimulou a Tim a entrar neste mercado com o Tim fixo. A operadora pretende ter 3 milhões de acessos fixos em serviço em 2011.
A retomada do crescimento dos acessos fixos em serviço no Brasil é reflexo do aumento da competição em cidades maiores, da oferta de pacotes triple play e da utilização de tecnologias wireless e Voip. A portabilidade numérica é outro fator que deve estimular a competição em 2009.
O celular continua, no entanto, sendo o grande competidor da telefonia fixa no Brasil. O celular pré-pago acaba sendo uma solução melhor para famílias de baixa renda que não podem se comprometer com um dispêndio fixo mensal com telefonia. Em 2007, do total de domicílios com renda inferior a 10 salários mínimos, 34,4% possuíam só celular e 9,9% só telefone fixo, segundo os dados do PNAD (IBGE),
Com os planos de minutos promocionais o celular pré-pago está passando a ser usado não apenas para receber chamadas, mas também para originá-las. Um indicador desta mudança de hábito é a queda na receita de orelhões (TUP). Esta receita na Oi no 3T08 foi 51% menor que no 3T07.
Diante deste quadro pergunta-se:
Newsletters anteriores
Mais Eventos
Faça o download gratuito do relatório
Mais Webinares
