Atualizado em: 11/07/2009

O que acompanhar em 2009 (Balanço do 1º semestre)

 

 

 

 

O Brasil começou 2009 com um cenário competitivo alterado pela incorporação da Brasil Telecom (BrT) pela Oi e com as operadoras agindo de forma cautelosa diante da incerteza em relação aos efeitos da crise no mercado de telecom.

 

Passados os 6 primeiros meses, o Teleco faz um balanço das 10 tendências (mais detalhes) que selecionou em Jan/09 para serem acompanhadas durante o ano.

  1. Crescimento do Celular. O crescimento do celular no 1º semestre de 2009 foi afetado pela limpeza de base de cerca de 1 milhão de celulares promovida pela Tim e por uma postura menos agressiva das operadoras em suas promoções. Maio de 2009 foi o primeiro mês do ano a ter adições líquidas superiores ao mesmo mês do ano anterior (mais detalhes). A Oi liderou o crescimento do celular com promoções agressivas em São Paulo e na região da BrT e passou a ameaçar a 3ª colocação da Tim em market share. O Teleco mantém a sua projeção de adições líquidas de 25 milhões de celulares para 2009, com o Brasil terminando o ano com uma densidade de mais de 90 cel/100 hab.
  2. Expansão da 3G. As operadoras continuaram ampliando suas redes 3G no Brasil, com a Vivo e Claro atendendo a mais de 50% da população brasileira. O mercado de banda larga móvel através de modems só não está crescendo mais devido a problemas de cobertura e qualidade nos serviços prestados. Ainda não está descartada a possibilidade da Anatel realizar em 2009 a licitação da Banda H e com isto colocar mais um competidor no mercado brasileiro.
  3. Operadores Móveis Virtuais (MVNO). Com o celular ultrapassando uma densidade de 90 cel/100 hab., está chegando a hora dos MVNOs serem permitidos no Brasil, a exemplo do que ocorreu em outros países do mundo. O mais provável, no entanto, é que isto só ocorra em 2010.
  4. Receita do celular ultrapassa a do fixo. Apesar da tendência mundial da receita das operadoras de celular crescer mais que a das operadoras de telefonia fixa (incluindo banda larga), isto não ocorreu no Brasil no 1T09. Só em 2010, a receita do celular deverá ultrapassar a das operadoras de telefonia fixa no Brasil.
  5. Crescimento da Telefonia Fixa. A quantidade de acessos fixos em serviço manteve em 2009 a tendência de crescimento observada em 2008, principalmente pela ação de empresas autorizadas, como Embratel e GVT, estimuladas pela portabilidade.
  6. WiMAX. Continua-se aguardando a licitação de frequências de WiMAX (3,5GHz) no Brasil. O mais provável, no entanto, é que ela fique para 2010.
  7. Portabilidade numérica. A partir de março de 2009 a portabilidade passou a estar disponível em todo o país. A sua utilização, no entanto, ainda é pequena (mais detalhes).
  8. Consolidação das Operadoras. Com a aquisição da Intelig pela Tim não são esperados novos movimentos em 2009. A GVT continua, no entanto, como possível alvo de aquisição.
  9. Triple Play. Não há sinais de que acontecerão em 2009 mudanças na regulamentação da TV por Assinatura, como as previstas no PL 29, que podem aumentar a competição neste segmento e reforçar as ofertas do tipo triple play (Fixo, banda larga e TV por Assinatura).
  10. TV Digital. A TV Digital continua se expandindo para novas cidades, mas ela continua enfrentando problemas de cobertura, pouca programação e preço dos conversores.

Merece também destaque a questão do crescimento da Banda Larga no Brasil (mais detalhes). Está cada vez mais clara a necessidade de uma política mais abrangente para aumentar a densidade da banda larga no país.

 

 

Diante deste quadro pergunta-se:

 

 

 

Comentário de Arnaldo de Carvalho Junior

O Ministro Helio Costa disse em entrevista publicada no endereço http://www.teletime.com.br/News.aspx?ID=139057, terça-feira, 14 de julho de 2009, 19h20 que "a expansão da banda larga no país é uma das prioridades do governo na gestão atual". No entanto, o MINICOM e a ANATEL, além de nada fazerem sobre este tema, privam o país de ter tecnologia 4G já, WiMAX, com venda de licença de 3.5GHz pendente desde 2006 e embrolio de 2.5GHz desde a mesma época, por atender interesses mesquinhos por parte de grandes grupos internacionais de telecom móvel que apostam em uma promessa de tecnologia que só estará disponível comercialmente em 2012, o chamado LTE. Isso é uma vergonha. Poderia já ter definido e licenciado parte do espectro, permitindo que empresas menores e regionais se consolidem com esta tecnologia alternativa - WiMAX, de modo a estarem maduras e sólidas o suficiente em 2012 e oferecerem alternativa ao consumidor e concorrência com as grandes empresas de telecom.

 

 

Comentário de Arioni Valente

Realmente a OI está investindo na região III e abandonou a região de origem, e torna-se evidente que operadora nenhuma faz milagres, logo logo as promoções da região III, que é onde eu moro, vão diminuir, e sem investimento em cobertura fica difícil competir. Aliás aqui na minha cidade, Lagoa Vermelha-RS, as pessoas que compraram os chip OI naquela euforia ja estão colocando os velhos e bons chips Claro e Vivo.

 

A Tim está ousada, excelentes promoções, ou a Claro e Vivo se mexem ou a Tim vai começar a incomodar. O que as pessoas querem hoje é DDD mais barato e a TIM está pegando pesado nisso. Concorrência boa.

 

 

Comentário de Marcello Ribeiro

A Claro deu uma melhorada na mecânica promocional e o resultado está aí. Realmente vale a pena. Já a Oi, aqui no RS está com o freio de mão puxado. Apesar da promoção "agressiva", a qualidade da rede e do atendimento despencou bruscamente. O caos é tanto que o sistema de cobrança confunde cliente pós com pré e vice-versa. Clientes adimplentes estão sendo perturbados com ligações de cobrança, clientes pré idem.

 

Os usuários da antiga BrT estão ABANDONADOS á propria sorte, jogados em um canto sem direito a nada, na tentativa de forçar a migração para um chip Oi. Resumindo, a OI se tornou um exemplo de péssima relação com seu cliente. O que resta aguardar é o término da promoção e a revoada em direção à concorrência.

 

Aqui no sul nem ligações gratuítas salvam a OI. Sua imagem já está comprometida pela bagunça e desorganização que imperam em seus serviços. Achamos que ela seria uma nova concorrente e que influenciaria positivamente o mercado. O que ela mostrou é que sabe dar voo de galinha. E que é motivo de piada para outras operadoras. Barata ela é, mas boa jamais. Eu não me deixo enganar. Se a Oi mostra os dentes na região I, com certeza vai chegar a vez da região II conhecer a verdadeira face da OI. Infelizmente.

 

 

Comentário de Eduardo José Lima Vieira

Muito interessante analisar esse quadro apresentado pelo Teleco e compará-lo com os índices de qualidade. Infelizmente a Oi tem estado com um péssimo desempenho neste quesito, o que certamente leva o cliente a migrar para outras prestadoras.

 

A Oi precisa urgente focar em qualidade (sinal, cobertura, serviços, atendimento) e fortalecer sua marca, caso contrário o projeto de uma grande operadora nacional pode não dar muito certo.

 

 

 

 

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