Atualizado em: 04/10/2009
Por que a Vivendi está comprando a GVT?
A Vivendi, grupo francês que atua nas áreas de telecom e entretenimento, anunciou em setembro a sua entrada no mercado brasileiro através da aquisição da GVT. Este é um sinal da importância deste mercado, que passa a contar com mais um importante "player" internacional.
A Vivendi tem o porte dos demais grupos internacionais que atuam no Brasil, com receita e dívida líquida semelhantes à do Grupo do empresário mexicano Carlos Slim (América Móvil/Telmex).
O grupo Vivendi é composto por 5 empresas:
A área de Telecom (SFR e Maroc Telecom) representou 56% da receita da Vivendi em 2008.
A aquisição da GVT, na qual deve gastar cerca de 2 bilhões de euros, representa um esforço da Vivendi em aumentar a sua internacionalização, passando a atuar no mercado brasileiro. Em 2008, a França respondeu por 63% da receita do grupo.
A GVT deve servir de base a uma atuação mais ampla da Vivendi no Brasil, podendo envolver a aquisição da licença nacional de 3G que a Anatel deve licitar no ano que vem.
A GVT é um ativo importante para a Vivendi pela sua infraestrutura de banda larga que pode servir de ponta de lança para o lançamento de novos serviços. Ela possui uma rede moderna (NGN), que permite a oferta de serviços de nova geração (SNG) com uma integração completa de voz e dados em uma mesma infra-estrutura. Sua rede de acesso local é baseada em uma arquitetura FTTH/B permitindo a oferta de velocidades de até 100 Mbit/s. Possui também um backbone de longa distância de 15 mil km (a GVT adquiriu a Geodex em 2007) e uma avançada plataforma de TI (OSS).
A GVT possuía em Jun/09 cerca de 1,2 milhões de acessos fixos em serviço e 541 mil acessos banda larga. Ela está presente em 83 municípios e 14 estados do país, inclusive Salvador, na Bahia. Mantendo o foco nos mercados geográficos mais atrativos, seu próximo alvo é o mercado de Pernambuco, tendo anunciado investimentos de R$ 60 milhões para passar a operar em Recife e Jaboatão dos Guararapes.
A estratégia da GVT é atuar nos mercados mais atrativos com uma rede moderna, o que aumenta a sua competitividade na conquista de novos clientes.
A receita líquida da GVT no 1º semestre de 2009 foi 27,7% maior que a do 1º semestre de 2008. O crescimento maior foi na receita de comunicação de dados (45,6%) que já representa 29% da receita da operadora.
Some-se a isto a boa rentabilidade apresentada pela GVT. Sua margem EBITDA no 1º semestre de 2009 (38%) é inferior apenas que a da Telefonica (38,5%).
Diante deste quadro pergunta-se:
A Telefônica e a Telmex perderam uma excelente oportunidade ao deixar de comprar a GVT que tem uma credibilidade muito boa onde atua. rede moderma, empresa enxuta etc... Principalmente a Telefônica que atua na telefonia FIXA e nao tem rede e nao tem interesse em ter. A Vivendi pode se dar muito bem no Braasil, principalmente se comprar a TIM ai o bicho pega.
Um ponto importante dentre as perguntas feitas e que a Vivendi/GVT irá mexer com as grandes operadoras, pois existe um acomodamento de mercado após a privatização. A chegada da GVT com a Vivendi vai começar a mexer com as grandes operadoras pela busca da qualidade, modernidade tecnologica. Acredito ser um grande passo para uma maior competitividade dentro do mercado atual.
Para o mercado e para os clientes isto é muito bom. Isso fomentará a competitividade e consequentemente deveremos ter melhorias na qualidade e nos custos também.
Reafirmando a capacidade de ofertar aos consumidores produtos inovadores e de alta disponibilidade a GVT passa a ser candidata a líder do mercado de telefonia no Brasil.
Diferente das operadoras já existentes que só se preocupam em vender, a GVT mantém um excelente relacionamento com seus clientes através de um pós- venda muito qualificado, se a VIVENDI for lançar novos produtos no Brasil, este laço já criado irá permitir que o plano de expansão mencionado seja atingido com louvor.
E só aguardar para em breve termos a confirmação do sucesso de duas empresas que visualizam o futuro. “Rodrigo Guimarães, parceiro de negócios GVT.”
Agora a Telefônica fez uma oferta e espero que a Telmex possivelmente faça o mesmo. A Vivendi ainda pode entrar no mercado comprando a TIM Brasil, que por questões concorrênciais está desligada do bloco de sua controladora (Telefônica/Vivo).
Apesar da Telefónica ter feito uma oferta para aquisição da totalidade da GVT, esta oferta ainda não foi uma oferta matadora. Acredito que a Vivendi possa fazer uma contra-oferta e a compra da GVT seja via leilão.
A Telefónica, além de querer ter a oportunidade de oferecer serviços fora de São Paulo, tem também um interesse muito grande em "barrar" um novo player internacional. Escrevi alguns comentários no meu blog: www.mobileattitude.wordpress.com.
De fato A Telefônica e a Telmex perderam a oportunidade de comprar a GVT já que não estimaram valor de crescimento da GVT e somente quando Vivendi apostando de forma visionaria e estratégica fez a proposta para compra da GVT, a Telefônica acordou desesperadamente (GVT sempre foi uma grande estratégia de expansão), será que a Vivendi vai deixar isto acontecer já que foi ela que apostou e valorizou primeiro a GVT Certamente a Vivendi está fazendo um excelente negocio ao comprar a GVT e parabéns para quem fechar esta negociação: a GVT é a operadoras as cresceu e cresce no Brasil!!!
A GVT realmente pode ser uma ótima aquisição. Apesar de não ser seu cliente, acompanho seu crescimento saudável e sua postura. É a única que brigou pela queda do preço da interconexão e que fica feliz quando seu cliente recebe muitas chamadas. Mas tem seus limites, tais como os custo elevados, o que a engessam como uma operadora de classe A e B.
A GVT não é uma empresa dos pobres. Não rouba dos clientes, cresce com saúde, promete e cumpre. É uma raridade no Brasil de tão decente. Consegue ser admirada até por quem não é seu cliente.
A Telefônica só pode estar querendo adquirir a GVT pra encerrar o litígio que a mesma tem com a Vivo. E barrar a VIVENDI, cuja ousadia pode ameaçar tanto a Vivo quanto a Telesp se a GVT se projetar para São Paulo e adquirir licença móvel. Na minha opinião só acho um defeito na GVT. Ela não é popular, barata. Mas talvez por isso, sua saúde financeira seja boa. Talvez por isso ela seja honesta. Não precisa roubar de ninguem, cobra o que presta e oferece o que realmente tem. Nem a Embratel tem peito pra enfrentar a credibilidade da GVT. Aliás, se a Embratel fosse boa como espelho, a Oi não estaria fazendo a farra na região I. Já a GVT incomoda. E tem cacife pra isso, independente de quem seja seu dono. Seu nome já está feito.
Pois é, o problema é que a Telefonica é uma porcaria, péssimo serviço. Sendo adquirida pela Telefonica, a GVT perderia muitos clientes devido a fama da Telefonica, já que a aquisiçâo é de 51% sendo 49% da GVT.
Quando uma operação de massa como a Telefonica incorpora uma empresa menor como a GVT, a tendencia é de migrar sua cultura e a forma como faz negocios para a empresa comprada.
Acredito que a boa imagem da GVT poderia ser prejudicada devido a dificuldade que a Telefonica teria de digeriri esta operação. Na contra partida, quem tem papeis da Telefonica poderia apostar na alta, caso venha a concluir esta aquisição.
Newsletters anteriores
Mais Eventos
Mais Webinares