Atualizado em: 31/01/2009
Oi e Tim são as operadoras com maior participação de pré-pago na base de celulares
A participação do pré-pago no total de celulares do Brasil vem crescendo gradativamente trimestre a trimestre. Ela passou de 81,1% no 3º trimestre de 2008 (3T08)para 82,2% no 3T09.
Oi e Tim são as principais responsáveis por este crescimento do pré-pago no Brasil. A participação do pré-pago na base de celulares da Tim cresceu de 80,6% no 3T08 para 84,1% no 3T09.
A Oi, que já tinha um percentual de pré-pago de cerca de 84%, cresceu em market share neste período com promoções agressivas para o segmento pré-pago no estado de São Paulo.
Oi e Tim ganharam participação de mercado no segmento pré-pago, mas ainda estão atrás de Vivo e Claro.
A Tim perdeu participação no pós-pago com seu market share caindo de 25,6% no 3T08 para 21,1% no 3T09.
A Oi cresceu no segmento pós-pago, mas 25% dos seus celulares pós-pagos (4% do total) são de planos controle. Neles estão incluídos tanto o “controle pós-pago”, quanto o “controle pré-pago”, lançado recentemente pela Oi. No plano “Oi Controle pré”, a conta mensal não é enviada para o cliente, ele autoriza o débito mensal do valor da franquia em seu cartão de crédito.
Possuir uma grande base de celulares pré-pagos não deve ser encarado como algo negativo para a operadora. Na Telcel, operadora líder em market share no México, 92% do total de celulares é de pré-pagos e a margem EBITDA da operadora foi de 55,4% no 3T09.
Uma grande base de pré-pago tem, no entanto, um impacto no churn da operadora. Enquanto Vivo e Claro apresentaram um churn médio mensal de cerca de 2,7% nos últimos 12 meses, esta valor foi de 3,4% para Oi e Tim. No 3T09 o churn mensal da Tim foi de 3,6% e o da Oi 3,8%. Note-se que o churn mensal da Telcel no México é de 3,0%.
Diante deste cenário pergunta-se:
As operadoras Brasileiras conseguirão administrar seus custos para obterem margens similares à da Telcel?
Podemos perceber que a TIM não consegue manter seu público pós-pago e consequentemente perda de receita futura, pois os acessos pós-pagos representam o maior faturamento e uma base mais confiável para o acionista.
Já a OI, apesar de ter uma das maiores bases de pré-pago, vem diminuindo o número de acessos e aumentando o número de acessos pós-pagos, trazendo maior receita para a base OI móvel.
Com certeza o futuro da Tim aqui será lastimoso. Sem oferta em aparelho para os pos-pago Sem equipe treinada para atender os clientes Sem atendimento próprio para o setor coorporativo e com esta arrogância toda, não tenho a menor dúvida que a Tim já era.
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