Atualizado em: 06/11/2015
O brasileiro está deixando de ter mais de uma operadora móvel
A diferença de preços entre chamadas "on net" entre celulares da mesma operadora (R$ 0,05 por minuto) e chamadas "off net" entre celulares de operadoras diferentes (> R$ 1,00) estimulou durante muito tempo a posse de "chips" de várias operadoras.
A TIM decidiu no final de out/15 acabar com a diferença de preços entre chamadas "on net" e "off net" em seus planos de serviços. A Oi fez o mesmo dias depois e a tendência é que Vivo e Claro acabem fazendo o mesmo.
Trata-se de uma reação ao fato de que, na prática, o brasileiro já está abandonando o hábito de ter "chips" de mais de uma operadora.
Com o crescimento do uso de aplicativos de mensagem, como o WhatsApp, em que o gasto com dados é o mesmo, independente da operadora da pessoa com quem está se comunicando, o 2º chip perdeu atratividade.
Nos últimos 6 meses a base de celulares do Brasil encolheu em 7 milhões.
Os usuários estão deixando de recarregar o 2º chip, em geral pré-pago, e passaram a concentrar os seus gastos de voz e dados em uma única operadora.
Nos últimos 6 meses, a base de pré-pago encolheu em 10 milhões, mais que a base total de celulares, pois parte dos usuários de pré-pago decidiu migrar para planos controles do pós-pago.
Neste cenário, a briga entre as operadoras passa a ser pela escolha do usuário de qual operadora será mantida ao abandonar o 2º chip. Vivo e TIM foram as operadoras que mais perderam pré-pagos nos últimos 6 meses.
A Vivo, no entanto, apresentou neste período adições líquidas de 1,5 milhões de pós-pagos, mais que a TIM (768 mil), Claro (768 mil) e Oi, que não cresceu neste segmento.
Queda da VU-M
É importante lembrar que só está sendo possível igualar os preços das chamadas "on net" e "off net" devido a queda gradual, estabelecida pela Anatel, para os valores de uso móvel (VU-M) pagos para a operadora a quem se destina a chamada (interconexão).
O VU-M caiu R$ 0,42 por minuto em 2011 para R$ 0,16 em 2015, e deve continuar caindo até atingir R$ 0,02 em 2019.
A receita com VU-M, que representava 22% da receita de serviços das operadoras móveis em 2011, passou a representar 12% em 2015.
Com a queda nas receitas de voz, as operadoras estão se concentrando em aumentar sua receita de dados. No 3T15, dados representava 48,9% da receita líquida de serviços da Vivo e 36,4% da receita da TIM.
Diante deste cenário pergunta-se:
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