Atualizado em: 19/12/2015
A Oi de janeiro a setembro de 2015
A Oi não conseguiu reverter em 2015 a trajetória de perda de market share dos anos anteriores. A operadora perdeu market share em telefones fixos, banda larga fixa, celular e TV por assinatura nos nove primeiros meses do ano.
Na banda larga fixa a Oi perdeu 2,0 pontos percentuais de market share entre o final de 2014 e o 3T15. Em TV por assinatura, segmento em que a operadora havia ganho market share em 2014, a Oi voltou a perder nos primeiros 9 meses de 2015.
A Oi apresentou também queda em sua receita líquida nos três primeiros trimestres de 2015, quando comparada a igual período do ano anterior.
A receita líquida da Oi, que atingiu R$ 7,1 Bilhões no 4T14, caiu para R$6,5 bilhões no 3T15. Ela apresentou crescimento negativo em todos os segmentos, na comparação do 9M15 com 9M14.
Mobilidade pessoal apresentou crescimento negativo devido ao impacto do corte de tarifas de interconexão na móvel (VU-M) e a terceirização da operação de aparelhos. Outros serviços foi o segmento com maior queda na receita (5,9%) neste período.
A melhoria da rentabilidade, foi o resultado positivo conquistado pela Oi em 2015. A margem EBITDA de rotina da operadora, que vinha no patamar abaixo de 24% nos três últimos trimestres de 2014, cresceu em 2015 e foi de 26,7% no 3T15. De acordo com a Oi, isto se deve à queda nos custos e despesas operacionais das operações brasileiras.
Em suma, a Oi está perdendo receita e market share, mas está conseguindo melhorar a sua rentabilidade através de um programa de melhoria operacional.
O maior desafio da operadora é o equacionamento de seu endividamento que continua alto, apesar de ter conseguido reduzir sua dívida líquida de R$ 47,8 bilhões em 2014 para R$ 37,2 bilhões no 3T15. A Oi apresentou prejuízo de R$ 1,0 bilhão no 3T15 devido a gastos de R$ 2 bilhões com o pagamento de juros.
Uma consolidação da Oi com a TIM poderia ajudar a resolver este problema, mas qualquer movimento nesta direção está condicionado a uma definição de seu futuro como concessionária de telefonia fixa, principalmente no que se refere a bens reversíveis.
Diante deste quadro pergunta-se:
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