Atualizado em: 03/12/2017
Quando 5G vai chegar ao Brasil?
Por Eduardo Tude e Debora Vieira
A 4G tem sido um sucesso no Brasil e no mundo e deve se tornar até o final de 2017 a principal tecnologia de celular do país. Em 2021, cerca de 80% dos telefones celulares do Brasil devem ser 4G.
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As especificações da tecnologia 5G devem estar concluídas em 2018 e as primeiras redes 5G devem entrar em operação comercial em 2020. Após a conclusão das especificações é necessário pelo menos um ano para disponibilizar o HW/SW para as redes e smartphones 5G.
Diante deste cenário, pode-se esperar que 5G chegue ao Brasil em 2021 ou 2022, oito a nove anos após a chegada da 4G no país. Para que isto ocorra é necessário que:
Porque 5G?
Para que as operadoras invistam em uma rede 5G é necessário que a tecnologia ofereça um "business case" superior ao da 4G.
A 3G só chegou ao Brasil seis anos após as primeiras operações comerciais na Europa. A primeira versão da 3G com o WCDMA oferecia ao usuário uma velocidade de 128 a 354 kbps próxima da apresentada pelo GSM/EDGE (130 kbps). A 3G só foi adotada massivamente pelas operadoras da Europa a partir de 2007 com o HSPA que permitia uma oferta de velocidade para o usuário de 3 a 6 Mbps. 3G chegou ao Brasil em 2008.
Este problema não ocorreu com a 4G que desde o início apresentou velocidades (5 a 12 Mbps) muito maiores que 3G, o que propiciou uma experiencia melhor do usuário, principalmente com streaming de vídeo. As operações comerciais de 4G se iniciaram no Brasil em 2013, quase que ao mesmo tempo que na Europa, mas depois dos Estados Unidos.
O driver principal para adoção do 5G pelas operadoras deve ser o aumento brutal de capacidade do novo rádio com “Massive MIMO” que vai proporcionar uma redução no custo por bit.
Ainda não está claro para as operadoras o “business case” para as várias aplicações que estão sendo desenvolvidas para 5G. O custo para aplicações de baixa latência para sistemas críticos pode ser uma barreira para sua adoção. Por outro lado, "network slicing" pode dar as redes móveis a possibilidade de tratar de forma diferenciada as várias aplicações.
A adoção de 5G exige também uma transformação digital das redes móveis com virtualização de funções de redes (NFV) e com as redes passando a ser definidas por software (SDN). Esta transformação está em curso com a evolução para 4,5G.
Frequências para 5G no Brasil
A disponibilidade de frequências é outro ponto que pode retardar a chegada de 5G no país. Os Estados Unidos saíram na frente com a 4G porque o país disponibilzou as frequências de 700 MHz antes que os demais países.
A faixa de 3,5 GHz deve ser a adotada inicialmente para 5G no mundo. Esta faixa tem que ser disponibilizada no Brasil superando-se os problemas de interferência coma as antenas de recepção de TV aberta por satélite. É importante também que seja revista a forma com que estas frequências estão sendo licitadas, passando a priorizar compromissos de cobertura e não a arrecadação de fundos para o tesouro.
Diante deste cenário pergunta-se:
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