Atualizado em: 11/10/2018

 

A TV por Assinatura vai continuar perdendo assinantes?

 

 

O Brasil terminou ago/18 com 17,8 milhões de assinantes de TV por assinatura (TVA), 1,8 milhões a menos que em 2014 (19,6 milhões), sendo que neste período:

• A TV por assinatura via satélite (DTH) apresentou as maiores perdas (2,2 milhões).
• A TV a Cabo manteve-se estável em 7,5 milhões de assinantes.
• O IPTV na rede FTTH da Vivo ganhou 510 mil assinantes.

A queda no DTH foi em grande parte ocasionada pela crise econômica, que estimulou aos assinantes de mais baixa renda a cortar despesas. A Claro e a Vivo foram as mais afetadas, tendo perdido respectivamente 1 e 0,4 milhões de assinatens de DTH de 2015 a ago/18.

 

A Oi apresentou crescimento por estar ofertando sua TV por assinatura como parte de um combo com outros serviços.

Como consequência, a Claro e a Vivo perderam market share e a SKY e Oi ganharam.

 

 

Este quadro pode ser afetado com uma possível venda da SKY pela AT&T devido a restrições a serem impostas pela Anatel para aprovar a aquisição da Time Warner. A legislação brasileira proíbe que um grupo atue em TV por assinatura e produção/empacotamento de contéudo.

Neste cenário, a Vivo poderia ser uma candidata natural para adquirir a SKY. Não está claro, no entanto, se a Telefônica estaria disposta a fazer este investimento diante das incertezas que envolvem o setor:

• Apesar das perdas maiores estarem ocorrendo entre clientes da baixa renda, não se pode afirmar que a TV por assinatura irá retomar o seu ritmo de crescimento nos próximos anos.
• O crescimento da oferta de serviços de streaming de video, na esteira do sucesso da Netflix, pode estar afetando o crescimento da TV por assinatura. A Netflix tinha cerca de 8,5 milhões de usuários no Brasil em 2017 e pode chegar a 10 milhões no final de 2018.
• As restrições da legislação brasileira em relação a uma verticalização do setor, que impedem as prestadoras de TV por assinatura de produzir conteúdo, impactam as possibilidades de crescimento neste setor.

 

Diante deste cenário pergunta-se:

• Os acessos de TV por assinatura vão voltar a crescer no Brasil?
• O DTH vai continuar encolhendo?
• Como o crescimento do streaming de vídeo está afetando este mercado?
• Pacotes com preços menores poderiam alterar o cenário de queda?
• A Claro irá se manter com um market share superior a 50%?
• A AT&T vai vender a Sky?

 

 

 

 

 

 

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