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Publicado em: 14/03/2005
Market Share dos Grupos de Telecomunicações
As Operadoras Fixas e de Celular no Brasil tiveram um faturamento de R$ 101 Bilhões em 2004, distribuídos em R$ 65 Bilhões para as fixas e R$ 36 Bilhões para as celulares. Além das receitas de telefonia, estão incluídas nas operadoras fixas as receitas de dados, que representaram 11% da receita bruta destas operadoras em 2004 .
Com estes resultados o market share de receita bruta dos grupos que atuam em telefonia fixa e Celular no Brasil passou a ser o seguinte:
O market share é baseado na receita total da operadora sem considerar o percentual de participação do grupo na mesma. Em outras estão incluídas Intelig, GVT, CTBC e Sercomtel.
O setor de serviços de telecomunicações está consolidado em 5 grandes grupos apresentados na tabela a seguir.
Telefonica
Telef. Empresas
BRT GSM
Amaz/Telemig
Este quadro mostra que os grupos que controlam as operadoras de telecomunicações no Brasil tem presença nos dois segmentos (fixo e celular). A Telecom Italia está temporariamente fora do grupo de controle da BrT devido a disputa com o Opportunity.
A evolução do cenário apresentado depende em grande parte do que irá acontecer com o Opportunity. Ele é o gestor de fundos de investimento que controlam a Brasil Telecom, Amazônia e a Telemig Celular. Em 4 de março de 2005, o Opportunity anunciou a abertura de processo para a venda destas operadoras de celular. (Consulte comentário do Teleco).
Em 10 de março de 2005 a Telemar comunicou à Comissão de Valores Imobiliários (CVM) ter recebido comunicado do Citigroup, na qualidade de único cotista do Fundo CVC, destituindo o Opportunity da posição de administrador do fundo, e por consequência da BrT.
A destituição do Opportunity, caso se confirme, abrirá o caminho para a volta da TIM à Brasil Telecom. Neste caso a tendência seria a venda de Telemig e Amazônia Celular para a Claro ou Telefonica.
O cenário se consolidaria em 4 grandes grupos, com a Telecom Italia com 21% de market share passando para o 3º lugar em receita bruta. O Grupo do empresário mexicano Carlos Slim (Telmex/Claro) estaria em desvantagem neste cenário por não ter uma presença forte em telefonia local.
O desfecho deste quadro pode no entanto se estender ainda por muito tempo. A decisão da Anatel de autorizar a volta da Telecom Italia ao controle da BrT, tomada em jan/04, ainda não se efetivou (veja a cronologia). O processo de destituição pode ser objeto de mais uma disputa judicial. Uma hipótese é o quadro permanecer o mesmo e a BrT GSM, que terá de ser descartada pela TIM, continuará crescendo.
Uma solução mais rápida, que poderá alterar substancialmente este quadro, virá caso a Brasil Telecom tenha um novo gestor. A decisão da câmara arbitral em Londres na disputa entre o Opportunity e Telecom Italia também pode acelerar o desfecho deste quadro.
Diante do apresentado pergunta-se:
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