28/08/2009
Em Debate
Em busca do Equilíbrio
Carlos Duprat Vice-Presidente Comercial e de Assuntos
Corporativos da Ericsson Brasil
A decisão da Anatel de alocar a faixa de 2,5 GHz, tanto para serviços móveis quanto serviço MMDS e SCM está alinhada com uma estratégia de garantir a sobrevivência das empresas que hoje prestam serviço MMDS assim como seguir uma padronização internacional para serviços móveis.
Previsões internacionais apontam para 50 Bilhões o número de aparelhos conectados em 2020. Esta explosão de conexões certamente irá gerar uma alta demanda por espectro, estimada pela UIT em mais de 1GHz.
No Brasil, o crescimento vertiginoso da banda larga móvel está certamente entre os principais argumentos pró expansão de banda para o serviço móvel.
A necessidade de espectro para os serviços móveis é certamente mais acentuada nas áreas de grande concentração de população, principalmente nas grandes capitais. Ao mesmo tempo, o serviço MMDS deveria ser mais utilizado complementarmente a utilização de sistemas óticos, ou seja, fora das áreas de grande concentração.
Os mecanismos de alocação primária e secundaria adotados pela Anatel permitem a utilização mais eficiente do espectro de freqüências.A decisão converge para a opção 1 da UIT que recomenda que os 190MHZ de espectro sejam destinados da seguinte forma:
140 MHZ (2 x 70 MHz) – para sistemas FDD 50 MHZ (2 x 70 MHz) – para sistemas TDD
Contudo, em lugar de reservar espectro para os sistemas TDD, a decisão da Anatel, mantém ainda para depois de 2015, 50 MHz para as operadoras MMDS.
A quarta geração de sistemas móveis (batizados de LTE) vem sendo implementada em diversos países da América do Norte (em 700MHz) e na Europa (em 2,5GHz) com ativação comercial prevista para fins de 2010, tendo como principal aplicação à banda larga móvel com uma velocidade muito próxima à da rede fixa atual.
Considerando que a faixa de 700MHz utilizada na América do Norte é atualmente atribuída no Brasil, ao serviço de TV analógico com previsão de desativação a partir de 2016, a faixa de 2,5 GHz passou a ser a única opção para utilização dos equipamentos já desenvolvidos e que terão maior escala, no Brasil.
Umdos grandes desafios da Anatel durante o período de discussão deste documento foi encontrar um equilíbrio entre a quantidade de espectro necessário para que as atuais operadoras MMDS continuem a desenvolver seus serviços (conjuntamente com o SCM) e o espectro a ser atribuído para expansão da banda larga móvel.
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