Em Debate
Publicado: 10/01/05
Convergência Fixo-Móvel:
Alguns Pontos importantes
Eduardo Prado*
Weblog: Smart Convergence
Com certeza a Convergência Fixo-Móvel (sigla FMC em inglês que vem de Fixed-Mobile Convergence) é um tema que atualmente interessa a muita gente envolvendo Operadoras de Telefonia, WISPs (Wireless ISPs), Network Aggregators de Wi-Fi, Fabricantes de Equipamentos, Provedores de OSSs, Integradores de Sistemas, Provedores de Serviços entre outros.
Este assunto já esteve na berlinda nos anos 90´s e não progrediu. Hoje em dia a FMC tem interessado principalmente as Operadoras de Telefonia Fixa que está começando a ver o seu negócio "sumir" em função (desligamento e substituição do telefone fixo convencional) e também pelas Operadoras de Telefonia Móvel que querem reduzir seus custos e aumentar qualidade do seu serviço e, potencialmente, diferenciar sua oferta de serviços em um mercado altamente competitivo e maduro de Telefonia Móvel. Adicionalmente com o crescimento da penetração da tecnologia VoIP e o aparecimento dos Telefones Híbridos de Wi-Fi (Por que o Wi-Fi será importante para a Convergência em Telecom do Comunidade Wireless BR e WiFi Cellphone do Dailywireless) este assunto vai interessar bastante a novos players do mercado que possuem Redes Públicas de Wi-Fi com alta capilaridade. Estes novos players podem potencialmente ser: WISPs = Wayport (USA) e Network Aggregators = Boingo e iPass.
O que pensam os Analistas de Indústria?
Existem posições e enfoques diferenciados. Vamos apresentar alguns deles.
[a] Yankee Group
O Yankee Group no seu relatório Divergent Approach to Fixed-Mobile Convergence mostra "estradas" diferentes a serem seguidas por Operadoras de Telefonia Fixa e Móvel na busca de FMC como também tem uma abordagem muito boa na definição dos níveis evolutivos da FMC, a saber:
(1) Convergência de "Empacotamento" (Packaging Convergence): Este é o nível mais básico da Convergência e começa com o "empacotamento" (packaging or bundling) de produtos móveis juntamente com produtos fixos. Este tipo de convergência pode começar com um Pacote Bundle (Fixo-Móvel) isolado mas pode ser aprofundado ofertando-se um Ponto Único de Contado (SPOC = Single Point of Contact), experiência em Unificação de Provisionamento e Conta Única para o Cliente;
(2) Convergência Baseada em "Características" (Feature-based Convergence): Enquanto os desafios organizacionais, técnicos e de mercado atrasam a real Convergência de Produto, os fornecedores comandando este esforço têm feito experiências com um número de features ampliadas (enhanced features) que começam a conectar os 02 produtos que anteriormente distintos (as Ofertas Fixa e Móvel). Este processo abrange a unificação e integração de características (features). A Unificação de Características tais como o Redirecionamento Simplificado de Chamadas (i.e., FastForward) faz um movimento de aproximação de produtos sem provocar nenhuma alteração a nível da rede de telecom. A Integração de Características tais como a Caixa Postal Única realmente junta a experiência do cliente em pontos específicos;
(3) Convergência de Produto (Product Convergence): Esta Convergência ocorre quando as fronteiras de produtos distintos se juntam e um produto específico começa a ter as características e funcionalidades de ambos. Quando os produtos fixo e móvel se tornam altamente redundantes, e quaisquer melhorias em um produto faz com que ele capture o restante das características diferenciais do outro fazendo com ocorra um movimento na direção da convergência dos produtos (i.e., o serviço E911 nos EUA para a Telefonia Móvel, a melhoria da cobertura móvel no interior das residências, etc). Os passos que forem dados na evolução da Convergência de Produto melhorarão a experiência móvel global e podem acelerar a taxa de substituição e o desligamento na Telefonia Fixa;
(4) Convergência sem Fronteiras (Seamless Convergence): Este é o nirvana da Convergência (último estágio da Convergência). A experiência de um usuário através de múltiplos locais, múltiplos dispositivos e múltiplos tipos de uso é o que existe de mais atual nos esforços de convergência. O ideal "olímpico" é que os consumidores movam-se entre as diferentes redes e utilizando diferentes dispositivos ao mesmo tempo que mantêm seus serviços e os seus perfis individuais (i.e., solicitando um filme de um celular e fazendo download no seu ambiente de PC/Multimídia residencial, ou trocando uma configuração no seu Set-Top Box TiVo através de um PDA e automaticamente sincronizando as agendas (address books) entre o portal de banda larga e o PDA ou no seu aparelho celular quando estiver chegando em casa.
Esta visão do Yankee Group na evolução em estágios de Convergência é muito boa e diferenciada pois ninguém vai para um Status de Convergência plena de uma só vez. Vai caminhando, paulatinamente, de passo em passo!.
[b] Arthur D. Little
As Operadoras de Telefonia Móvel ainda oferecem a oportunidade de crescimento potencial. A migração de tráfego das Operadoras de Telefonia Fixa para as de Telefonia Móvel vai ser acelerada, comandada pelo marketing das Operadoras. A voz permanece como um fator chave de crescimento de mercado. Ver Mobile Operators in Europe: Leaders Hit Back [arquivo pdf].
[c] Northstream
A Substituição de Fixo para Móvel (FMS = Fixed-to-Mobile Substitution) oferece oportunidades de negócios para todos os tipos de Operadoras de Telefonia Móvel. As oportunidades vão variar - em tamanho e tempo - dependendo do mercado e das Operadoras, mas sobre um período de tempo, os mesmos estimuladores de negócio (drivers) aparecerão inesperadamente durante o ciclo de aceitação do cliente.
Segundo a visão da Northstream, as Operadoras de Telefonia Móvel não podem ofertar as funcionalidades futuras necessárias para atrair novos clientes de chamadas de voz. Este Analista de Indústria acredita que as redes móveis no futuro transportarão 80% do tráfego de voz. A Substituição de Fixo para Móvel será a principal oportunidade para as Operadoras terem receita e um crescimento sustentável. Ver Fixed to Mobile Substitution, operators sitting on a golden egg.
[d] Ovum
A utilização do Telefone Móvel ao invés do Telefone Fixo para chamadas ou acessos é conhecida como Substituição de Fixo para Móvel (FMS). FMS é uma forte ameaça para as Operadoras de Telefonia Fixa. Nos mercados desenvolvidos, poucos usuários estão "cortando a corda", contudo, muitos novos usuários já entram direto na "telefonia móvel". Vendo a realidade de FMS, as Operadoras de Telefonia Fixa estão longe de ficarem paradas e sem defesa. Contudo, elas deveriam estar executando agora uma estratégia de ação afim de se prevenirem do futuro FMS. Em muitos países a FMS tem sido acelerada pela redução das tarifas de Telefonia Móvel. Ver Fixed operators must act against the threat of mobile substitution.
[e] Heavy Reading
A Convergência Fixo-Móvel (FMC) - a mistura de redes fixas e móveis e serviços - é um dos temas mais comentados de telecom atualmente. Para não "variar" ela é também uma das tendências emergentes muito pouco entendida, pois primariamente a FMC envolve muitos elementos de redes diferentes, de relativamente simples redes e arquiteturas e até as mais sofisticadas e complexas.
Em recente trabalho Fixed-Mobile Convergence Reality Check faz uma sinalização interessante "que entre 2010 e 2012 as fronteiras entre as redes das operações Fixa e Móvel serão muito tênues". Pois é né?. Quem viver verá.
Alguns outros achados interessantes no relatório deste Analista de Indústria:
(1) O timeframe de 2006-2007 será muito crítico para a tecnologia FMC e o desenvolvimento de serviços pelos fornecedores de equipamentos e provedores de serviços;
(2) Nas redes de backhaul, a FMC será comandada pela migração universal para as Redes IP, nas quais muito dos subsistemas núcleo (core) das Operadoras são idênticos através das fronteiras entre as redes fixa e móvel. É de aceitação geral, o princípio de redes em camadas, como também a adoção dos padrões de NGN (Next Generation Network) da ITU (International Telecommunication Union) como também padrões relacionados com a tecnologia móvel, especialmente ao IMS (IP Multimedia Subsystem), que é um ponto importante de "virada". Para mais informações sobre as redes NGN e a plataforma IMS ver as matérias NGN: muita Coisa sobre "Ela" ... Você vai gostar! e IMS: Um Importante Componente na Convergência Fixo-Móvel do Weblog Novas Tecnologias - Novos Negócios;
(3) As redes de acesso continuarão a incluir um grande range de tecnologias mesmo depois que a Convergência FMC seja estabelecia na rede núcleo (core). Como exemplos de tecnologias de Redes de Acesso temos: UMA (Unlicensed Mobile Access), Bluetooth, Wi-Fi e WiMAX. Por causa das mudanças tecnológicas muito rápidas, esta é uma área que não existe consenso até o presente momento. Espera-se que as Redes de Acesso permaneçam híbridas com uma mistura de dispositivos com uma tecnologia ou com mais de uma tecnologia para se conectarem nas Redes;
(4) Os vendors têm uma visão muito otimista da FMC, e acreditam fortemente que vão trazer muitas mudanças fundamentais para a estrutura dos mercados de telecomunicações;
(5) A FMC impõe uma série de desafios tecnológicos, organizacionais, e até mesmo de mercado o que torna bastante difícil a previsão do timing em que ela vai ocorrer. Tem um caso interessante aqui no Brasil que é o da TELEMAR e a Oi que depois de realizarem a fusão muito pouca coisa ocorreu em 01 ano. Aparentemente, agora, parece que as "coisas" vão andar segundo declarações do presidente Ronaldo Iabrudi no final de 2004. Ver Telemar eleva os investimentos em 25% do Jornal Valor Econômico. Tem um ponto crucial que causa um pouco de preocupação (e incerteza) nas Operadoras que possuem os negócios Fixo e Móvel: qual a "estrada" que eu vou seguir?. Vou pelo "caminho" da Móvel e depois encontro a Fixa lá na frente?. Ou vou pelo "caminho" da Fixa e depois encontro a Móvel lá na frente?. A ação exige uma estratégia coordenada baseada numa visão de futuro e aonde a Operadora de Telefonia quer chegar. "Muita água pode rolar debaixo desta ponte". Este é um aaunto por si só que exige uma matéria completa;
(6) Para ambos os Provedores de Serviços e os Vendors de Equipamentos, a mensagem central é de que os fatores chaves de sucesso depende de 02 ações básicas: primeiro, os Provedores e os Vendors precisam colocar um foco forte nas necessidades específicas de convergência de segmentos particulares de mercado, com um compromisso da adoção tática de tecnologias que satisfaça àquelas necessidades quando necessárias. Segundo, a indústria precisará adotar plataformas altamente flexíveis que possam ser adaptadas a requisitos emergentes e possam ajudar na visão de longo prazo dos dispositivos e redes neutras de acesso;
Por que a Convergência interessa a uma Operadora de Telefonia Fixa?
Para as Operadoras de Telefonia Fixa, o principal estímulo (driver) para a Convergência é a sobrevivência de mercado. Com propósitos de sobrevivência, estas Operadoras estão olhando ofertas móveis para diferenciar suas ofertas de serviços (movimento que está ocorrendo nos EUA em relação as empresas de cabo nos EUA). Estas Operadoras tentarão expandir a definição do seu produto de voz lançando novas soluções com características que habilitam os consumidores gerenciarem e simplificarem as suas de comunicações através de dispositivos, localidades e números.
O principal estímulo para convergir soluções Fixa e Móvel é instigada pelo aumento da tendência em buscar Soluções Bundle com os avanços das tecnologias e com o aumento do espalhamento de ambas tecnologias IP e WLAN (Wi-Fi).
Outros estímulos comandados pelas Operadoras de Telefonia Fixa incluem:
(a) Pacotes Bundle: O estímulo em relação a Convergência de "Empacotamento" - que começa com os Pacotes Bundle - é comandado pelo churn (perda de assinantes para concorrentes). A oferta de Pacotes Bundle tem se provado um eficiente mecanismo na redução do churn, e para muitos, o Consumidor Móvel é um componente chave do Pacote Bundle. Até agora, a maioria dos Pacotes Bundle tem sido ofertas isoladas. Nós fomos um dos primeiros a abordar no Brasil sobre estas ofertas "empacotadas" em 26.MAI.2003 na matéria Telefonia fixa: Wi-Fi "bundle services" do Comunidade Wireless BR ;
(b) Melhorias Tecnológicas: Embora os esforços de Integração Fixo-Móvel tenham falhado no passado, existem vários fatores diferenciais positivamente nos esforços atuais. Estes fatores incluem o crescimento da adoção das tecnolgias IP e WLAN, a maturidade do Mercado Móvel e o significante interesse do consumidor pela tecnologia e pelas ofertas de VoIP;
(c) Progresso da Banda Larga e de WLAN: O objetivo da maioria das estratégias de Convergência de Produto envolve o Telefone Híbrido (VoWLAN + Celular) que se conectarão com as soluções de WLAN nos escritórios e/ou nas residências. Veja matéria Por que o Wi-Fi será importante para a Convergência em Telecom do Comunidade Wireless BR. O aumento do tamanho do mercado de Banda Larga no mundo e o aumento número de usuários privados de WLAN ajudarão a "amadurecer" o mercado de soluções de FMC. A tecnologia VoIP vai exercer um peso adicional no Movimento Fixo-Móvel proporcionando as sinergias de longo prazo e a aceitação dos Portais de Internet como um meio de gerenciamento de telefonia;
(d) Surgimento do WiMAX: Um grande estimulador do Mercado de Banda Larga nos próximos 05 anos será o WiMAX cujas primeiras ofertas padronizadas chegam agora em 2005 e ajudará a reduzir os custos dos serviços de Banda Larga comparativamente com as ofertas atuais. Convém salientar que o WiMAX já tem suporte intrínsico ao QoS diferentemente do Wi-Fi que está precisando do padrão adicional IEEE 802.11e para ter suporte ao QoS ( Quality of Service ). Isto sem falar na disponibilidade de WiMAX nos notebooks já anunciada pela Intel para 2006 (ver Intel: WiMAX in notebooks by 2006 no The Register) e na disponibilidade de WiMAX nos Telefones Móveis já anunciada pela Intel para 2007 (ver Intel To Add WiMAX to Handsets In 2007 do ExtremeTech). Para ter mais informações sobre o WiMAX e diversas oportunidades de mercado veja a matéria Imagine se o Pão de Açucar montasse uma Rede de Serviços WIMAX? aqui no Teleco. O WiMAX vai se somar ao Wi-Fi no estímulo a FMC.
A necessidade de buscar a Convergência FMC para as Operadoras de Telefonia Fixa será mandatória por uma questão básica de sobrevivência de mercado principalmente pela ameaça que sofrerá pelo potencial de oportunidades que as tecnologias VoIP, Wi-Fi e WiMAX trarão para seus concorrentes ou novos players. É fundamental que estas Operadoras transformem a utilização destas tecnologias em novas oportunidades em vez de ameaças. Várias Operadoras de Telefonia Fixa já acordaram para esta oportunidade. Um exemplo de destaque é a SBC Communications. Ver matéria SBC .. Um Exemplo de Estratégia de Telco a ser "Copiada" aqui no Teleco.
Por que a Convergência interessa a uma Operadora de Telefonia Móvel?
Para as Operadoras de Telefonia Móvel, os principais estímulos (drivers) para a Convergência são a Redução de Custos e a Melhoria da Qualidade dos Serviços.
As redes de Telefonia Móvel são dimensionadas para o horário de pico do dia. Infelizmente, a hora de pico do dia que começa no início da noite e quando os finais de semana começam. Por isso, as Operadoras de Telefonia Móvel têm que gastar grande parte do seu capital para suportar o tráfego adicional sem ter aumento de receita. A melhor maneira para suportar este tráfego adicional é descarregá-lo as redes de Telefonia Fixa com alta capacidade e de alta qualidade quem tem uma alta taxa de capacidade ociosa. Alternativamente, a descarga do tráfego adicional poderia ser manipulada nas residências e nos escritórios via soluções de VoWLAN (Voice over WLAN) que poderia utilizar a infra-estrutura das redes de alta velocidade de cabo e trazer para as Operadoras de Telefonia Móvel custos de rede mais baixo. Através da redução dos seus custos, estas operadoras podem perseguir um modelo sustentado de longo prazo para aqueles consumidores que são apenas (unicamente) de Telefonia Móvel.
Enquanto os modelos para esta redução de custos ainda precisam ser determinados, as Operadoras de Telefonia Móvel continuam a utilizar o "empacotamento" e o volume de uso para estabilizar a sua ARPU. Existem estudos que mostram que apesar do fato dos minutos de uso em telefonia móvel terem dobrado, a ARPU tem se mantido plana ou relativamente estável desde 2001.
Finalmente, se a melhoria da cobertura nas residências diminui isto provoca restrições aos usuários cancelarem o seu telefone fixo (displacement or cord-cutting) por causa da confiabilidade e qualidade. Para alguns segmentos, a garantia de cobertura com alta qualidade nas residências vai liberar os usuários para abondonarem seus telefones fixos.
O Impacto da NGN na FMC
Podemos afirmar que a NGN será o principal fator alavancador da FMC, sendo o motor do impacto no conceito de FMC. As Redes de Nova Geração baseiam-se intrinsecamente em arquiteturas de protocolo IP e este protocolo tem se mostrado a forma mais flexível de oferecer serviços de voz, dados e vídeo através de uma mesma rede. Outra importante característica é a sua capacidade de convivência com soluções legadas (como exemplo redes TDM , POTS e PSTN) situadas em suas bordas.
Abaixo reforçamos alguns fatos motivadores para que as Operadoras de Telefonia (Telcos) introduzam a NGN e caminhem para a convergência:
(a) Possibilidade de rede única, independente dos serviços
Segundo pesquisas realizadas pela Siemens existe uma equivalência entre o volume do tráfego dos serviços de voz e dados nas Telcos, entretanto 80% do faturamento destes serviços está associado a voz. Existe também uma tendência para os próximos anos do crescimento vertiginoso dos serviços de banda larga. Eles responderão por 60% do faturamento em 2005, enquanto os serviços de voz corresponderão a 40% do faturamento total.
Contudo, as atuais redes de telecomunicações suportam os serviços de voz e dados utilizando plataformas independentes e cerca de 95% da rentabilidade das operadoras está associado aos serviços de voz (EBITDA de "pai para filho"). A pergunta aqui é: Como superar o dilema entre resultado financeiro das redes existentes versus a realização de novos investimentos em serviços com expectativa de forte crescimento?
A resposta é simples: Numa rede que nasce com capacidade de convergir serviços de Voz, Dados e Vídeo, além de sustentar uma gama de novos serviços em banda larga, além de acomodar o legado.
(b) O crescimento explosivo da Internet
A onipresença da internet é real, tanto no segmento corporativo, onde o aumento da produtividade é resultante da transformação gerada pelo e-business, bem como no segmento residencial com a crescente demanda por serviços diferenciados, em particular os relacionados ao entretenimento. São serviços que requerem uma largura de banda cada vez maior e crescente taxas de transporte que garantam a qualidade e o desempenho esperados pelo usuário.
Se por um lado é real que o tráfego gerado pela internet cresce exponencialmente, e o tráfego de voz se mantém com crescimento mais lento, também é bastante clara a forte queda nas tarifas dos serviços de conectividade e, por conseguinte, das receitas médias geradas por usuário. Além disso, ao contrário do comportamento relativamente previsível do tráfego gerado por serviços de voz, o tráfego gerado pelo ambiente Internet tem enorme volatilidade.
Desta forma, a migração de plataformas de telecomunicações para um ambiente que associe as vantagens tecnológicas do protocolo IP (flexibilidade e rapidez no provimento) às vantagens das tecnologias TDM tradicionais (confiabilidade, desempenho e proteção de rede) é um fator crucial para o sucesso futuro de empreendimentos nos segmentos de operadoras de serviços de telecomunicações e corporativo.
(c) Redução significativa dos custos operacionais
O que as Redes de Próxima Geração realmente significam para os Provedores de Serviços de Telecomunicações? Basta lembrar que o ambiente IP permitirá aos Provedores oferecer novos serviços, aplicações e comodidade ao seu cliente de uma maneira mais eficiente e de custo mais otimizado do que se adotasse uma rede de serviços baseados por circuitos.
A implementação de uma infraestrutura de rede convergente para o provimento de serviços de voz e dados integrados, em contraste com as atuais plataformas independentes, representa um enorme potencial de redução de custos de operação e manutenção de rede.
(d) Redes mais flexíveis e com novas fontes de receita
A crescente demanda por serviços multimídia (talvez esta seja a palavra-chave), tanto no ambiente residencial como no corporativo, viabiliza uma extensa gama de novas aplicações e oportunidades de crescimento. Video on Demand, TV interativa, jogos interativos online, e-learning, telemedicina, teleworking, web conferencing e websurfing são alguns exemplos associados a novos conteúdos e aplicações multimídia que atenderão a uma nova demanda por elevada flexibilidade e mobilidade.
A inclusão do IMS (IP Multimedia Subsystem) permitirá que serviços multimídia possam ser aplicados no contexto da Convergência Fixo-Móvel (FMC).
Ver mais informações em Especial NGN: Em busca do desejado retorno sobre os investimentos do Site da Siemens Brasil.
Vale lembrar também que ao falarmos sobre NGN abordamos comumente sobre o núcleo da rede, porém a construção de uma Rede de Nova Geração exige acessos adequados. Uma sugestão para as Telcos: inicie a convergência com o Acesso e Backhaul, pois estes já estão, na maioria dos casos, baseados em protocolo IP, e depois vá ao núcleo da rede e boa sorte!.
Para mais informações sobre NGN ver a matéria NGN: muita Coisa sobre "Ela" ... Você vai gostar! do Weblog Novas Tecnologias - Novos Negócios .
IMS: Um Importante Componente na Convergência
A indústria de celular está engrenando uma batalha real entre os vendors de equipamentos de rede em função do software de sinalização de wireless data da tecnologia 3G.
Muitas Operadoras de Telecom estão adotando o padrão SIP (Session Initiation Protocol) para seus serviços de próxima geração e vêem os subsistemas como o IMS (IP Multimedia Subsystem) como sendo um componente importante na criação e controle de aplicações IP de tempo real e de alto valor adicionado tais como conferência em multimídia, "mensagemria" (?), jogos multiplayers, e VoIP como também a flexibilidade de ofertar serviços compostos tais como: abrir um circuito de chamada de voz no meio de uma sessão de IM (Instant Messaging) e também a habilidade de iniciar uma aplicação de compartilhamento de vídeo no meio de uma chamada de voz.
Originalmente definido pelas especificações para redes 3G - 3rd Generation Partnership Project (3GPP) Release 5, a plataforma IMS proporciona uma camada de controle com interfaces abertas para interagir com as camadas (superiores) de transporte e de serviços. Ela proporciona que as Operadoras de Telecom tenham o controle sobre os serviços numa base por sessão (per-session basis) e espera-se que ela também proporcione uma flexibilidade sem precedentes na forma em que os dados móveis são enviados para o assinante e muito mais!.
O IMS é uma Tecnologia de Rede Núcleo (Core Network) muito importante para a FMC.
Para conhecer mais desta importante plataforma veja a matéria IMS: Um Importante Componente na Convergência Fixo-Móvel do Weblog Novas Tecnologias - Novos Negócios e IMS - IP Multimedia Sub-System do Comunidade Wireless Brasil.
Regulamentação: Um Ponto Crítico na Convergência
Aqui temos um ponto "nevrálgico" de estímulo à Convergência.
As Agências Reguladoras de Telecom são o coração dos serviços e das tecnologias que um Provedor de Serviços podem oferecer. As Regulamentações de Telecom variam significativamente entre regiões e dependem do posicionamento de mercado de Operadoras de Telecom específicas. A reforma da Regulamentação em muitos mercados foca na criação de frameworks unificados que deslocam-se de requisitos de licenças individuais para requisitos legislativos genéricos. Já existem iniciativas de regulamentação de VoIP focadas no estabelecimento de estruturas de licenciamento funcionais ou centradas em serviços. Contudo,importantes impedimentos ainda existem, incluindo:
(a) Os Provedores de Serviços com um market share que excedem os limites da concentração devem estar sujeitos a restrições de serviços. Por exemplo, na Coréia do Sul a Korea Telecom - a famosa KTC - foi impedida de ofertar contas unificadas para sua oferta convergente;
(b) Em muitos casos, existem restrições na licença ou na legislação, e obrigações e direitos que não estão estruturados para ofertas convergentes. Quaisquer mudanças na estrutura da Regulamentação serão provavelmente disputadas pelas Operadoras de Telecom competidoras, particularmente aquelas que não estão interessadas em implementar oferta de serviços convergentes a curto prazo;
(c) As Operadoras de Telecom que sentir-se prejudicadas nas mudanças da Regulamentação para estimular os seviços convergentes vão buscar uma compensação. Sem sombra de dúvida!.
Na Europa, a maioria das Operadoras de Telecom capazes de ofertar serviços convergentes são as incumbentes. Contudo, as Agências Reguladoras estão atentas para assegurar que estas Operadoras não levem vantagens de forma não justa a partir da sua dominância no mercado legado de Telefonia Fixa. A União Européia está bastante ativa nesta área. Dessa forma, espera-se que o ambiente da Regulamentação de Telecom ponha obstáculos ao progresso da convergência.
Atualmente como as oportunidades de Convergência Fixo-Móvel ainda são limitadas, os Provedores de Serviços ainda não têm prestado a devida atenção às implicações na Regulamentação em função da Convergência. Isto vai mudar no futuro - com certeza - quando os Provedores de Serviços começarem a ganhar vantagens significativas em função das ofertas convergentes. Vamos para para ver?.
Em relação a VoIP recentemente a FCC tomou uma decisão de estimular bastante a utilização desta tecnologia. A FCC impediu que os estados americanos imponham tarifas específicas ao uso de VoIP. Em 09.NOV.2004, a FCC - órgão regulador de telecomunicações dos EUA - anunciou que as chamadas de Telefonia via Internet são na sua natureza interestaduais e desta forma estão sujeitas a jurisdição federal (ver em Hey States: Hands Off VoIP da DSL Reports). Esta decisão abre claramente o mercado americano para mais competição, preços menores e maior opção de escolha para o consumidor em relação a tecnologia de VoIP. Espera-se naquele mercado a chegada de muitos produtos novos e ofertas como também novos fornecedores, aquecendo ainda mais a competição em VoIP. Apesar disto, bem recentemente o estado de Minesota foi para a justiça tentando apelar para taxação do uso de VoIP. Ver matéria Minny Fights to Tax VoIP do DSL Reports.
A Agência Reguladora alemã - a RegTP - lançou recentemente uma consulta pública de VoIP (ver Press Release, 18 October 2004 ). A Alemanha também reconhece a importância da Tecnologia de VoIP e quer estar na frente da "onda". Veja o posicionamento do Presidente da RegTP, Mathias Kurth [arquivo pdf].
No Brasil esperamos que os primeiros serviços de VoIP apareçam no mercado no início de 2005. O mercado de VoIP vai tomar um vulto ainda maior com a chegada da tecnologia WiMAX ao mercado. Não sabemos ainda qual será a posição da ANATEL em relação a cobrança de impostos pelos estados em relação a VoIP. Caso ela queira, ela poderá utilizar o caso da FCC americana como jurisprudência, não?.
Nós entendemos que as Tecnologias de Acesso Wi-Fi (WLAN) e WiMAX vão estimular bastante a Convergência Fixo-Móvel e gostaríamos de destacar o trabalho de algumas Agências Reguladoras neste sentido de forma a estimular principalmente o WiMAX - que é mais recente que o Wi-Fi - a saber:
(a) Reino Unido
A Agência Reguladora do Reino Unido - a Ofcom - tomou recentemente uma série de medidas que vão estimular bastante a difusão da Banda Larga sem Fio notadamente a tecnologia WiMAX Fixa (padrão IEEE 802.16d). As principais medidas da Ofcom foram: (1) A Comercialização de Espectro será permitida a partir de 2005; (2) Mudança de Utilização: nos anos iniciais a Ofcom terá que aprovar a Mudança de Utilização de espectro. Em 2007, os detentores de licenças somente serão sujeitos a limitações na potência de emissão dos sinais, para prevenir as interferências; e (3) Serão também alocadas novas freqüências entre 2005 e 2010 que serão "neutras de tecnologia". A Ofcom afirma que é a primeira Agência Reguladora de Telecom do mundo a permitir este uso de espectro independente de tecnologia. Ver matéria Major Regulators Edge Towards Neutral Spectrum and New Chances for WiMAX do WiMAX Trends e Unlicensed Spectrum: The Sum of All Fears do Dailywireless. GRANDES RESFORMAS. Vamos trilhar os mesmos caminhos "abaixo do Equador" nestas nossas terras brasileiras?;
(b) EUA A FCC tomou a decisão de abrir a freqüência de 1,9 GHZ. Esta decisão vindo de um país importante como os EUA pode encorajar outros países a serem mais flexíveis nas regras da banda de 1,9 GHz, especialmente se elas são limitadas para a tão "acalentada" tecnologia 3G. Nos EUA, a comunidade de Banda Larga sem Fio, liderada pela Intel tem feito um lobby muito pesado para pode utilizar as tecnologias não-celulares nas freqüências abaixo de 2 GHZ (as bandas sub-2 GHZ) tais como 1,9 GHZ ou 700 MHZ - 900 Mhz. Se várias Agências Reguladoras de Telecom tomam decisões semelhantes, o WiMAX Fórum poderia estar desenvolvendo um perfil do padrão IEEE 802.16 para estas bandas, fazendo o WiMAX Móvel um genuíno desafiante da tecnologia 3G. O que a banda de 700 MHZ - 900 Mhz significa para o WiMAX?. Muito simples: um alcance bem maior pela metade do custo. Tá bom ou quer mais?. Ver matéria Major Regulators Edge Towards Neutral Spectrum and New Chances for WiMAX do WiMAX Trends;
(c) Alemanha
A Agência Reguladora alemã RegTP planeja alocar blocos específicos de freqüências para o WiMAX. A RegTP reconhece que o WiMAX é uma interessante alternativa tecnológica para a última milha aonde as Operadoras de Telecom falham em explorar potenciais clientes de Banda Larga convencional (ADSL). Ver Wimax: RegTP recycles WLL frequencies do Heise Online;
(d) Índia
A Índia está também seguindo a tendência da Ofcom de movimentar-se na direção de licenças neutras de tecnologia. A Índia já anunciou que não vai estimular a tecnologia 3G e irá direto para a tecnologia 4G. Ver 3G - India to leapfrog to 4G wireless do CIO Magazine. Ver também a matéria Major Regulators Edge Towards Neutral Spectrum and New Chances for WiMAX do WiMAX Trends. As decisões na Índia tem sido frontalmente contrárias aos interesses da Associação de GSM que tem feito um lobby muito forte naquele País. Atualmente as tecnologias utilizadas na Índia são o GSM/GPRS e o CDMA da Qualcomm. Para conhecer um pouco das potencialidades das tecnologias CDMA e GPRS em relação a Wireless Data Services veja as matérias eespeciais Is Qualcomm Going to WiMAX? e Is HSDPA Going to WiMAX? da Revista de WiMAX . Nós temos uma posição muito peculiar e parecida com esta da Índia, a saber: o País que não fez leilão de 3G até agora "perdeu o bonde" e deve "ir direto sem escalas" para o 4G. Desculpa, mas é por aí. Sabemos - também - que tem "puristas de linguagem" que vão questionar o termo 4G. Vimos o mesmo pela primeira vez aqui em um grande exemplo da imprensa britânica o The Economist na matéria Move over 3G: here comes 4G de 29.MAI.2003;
(e) Brasil
No Brasil a ANATEL tem trabalhado as bandas de 3,5 GHz e 10,5 GHz (Bandas Licenciadas) e a banda 5,8 GHZ (Banda não Licenciada).
A ANATEL tem interesse em trabalhar um "pouco mais" nos blocos de freqüência alocados para o WiMAX em algumas das Bandas acima.
O mercado estava esperando 02 ações da Agência Reguladora de Telecom brasileira no final de 2004 mas elas não ocorreram. A primeira seria o leilão das "sobras" das bandas de 3,5 e 10,5 GHz do leilão de PMP (Ponto-Multiponto) de 2002 - acho eu - e a segunda seria uma Consulta Pública para revisão da Resolução no. 371 de 17.MAI.2004 sobre a faixa de 2,6 GHZ que é destinada para Serviço de Distribuição de Sinais Multiponto Multicanal (MMDS). Esta Consulta Pública poderia estar endereçando os seguintes pontos importantes, a saber:
Talvez estas 02 ações da ANATEL não tenham se materializado ainda em virtude da troca do Presidente da ANATEL agora no início de 2005. O mandato de Pedro Jaime Ziller vence em 06.JAN.2005. Ver notícia recente sobre o assunto Cearense pode assumir a Anatel do Jornal O Povo do estado do Ceará.
Nota: Quando este artigo for publicado talvez a ANATEL já tenha seu novo Presidente. Ou não.
E o Brasil tá nessa?
Se não tá, vai entrar.
Veja alguns movimentos ocorridos no ano que passou:
(a) A Brasil Telecom foi a primeira a anunciar seu interesse na Convergência e agora com a sua Operadora de Telefonia Móvel já operando - a BrT GSM - pode ser que a busca pela Convergência tenha uma maior velocidade. A Brasil Telecom faz parte da Fixed Mobile Convergence Alliance (FMCA) que que inclui outras Operadoras do porte das British Telecom (Reino Unido), a Cegetel (França), a Korea Telecom (Coréia do Sul), a NTT (Japão), a Rogers Wireless (Canadá) e a Swisscom (Suíça) (ver Referência do Google sobre a FMCA ). A Brasil Telecom foi a primeira a anunciar seu Telefone Híbrido Fixo-Móvel no Brasil (ver Brasil Telecom é a primeira no Brasil a testar tecnologia com convergência fixo-móvel do site da Brasil Telecom);
(b) Como falamos acima, a TELEMAR já se manifestou através do seu Presidente Ronaldo Iabrudi que está buscando a Convergência das suas Operações. Resta esperar para ver a profundidade e a rapidez da ação;
(c) Existe atualmente um "ambiente" muito propício para serem desenvolvidas atividades de Convergência no Brasil. Qual é?. É o grupo da EMBRATEL + Claro + Net. Eles têm componentes muito interessantes apesar da desvantagem - a ser superada - que é a escala de última milha da Net. Por outro lado, contam com o porte de uma Operadora de Telefonia Móvel como a Claro. Por que eles não estão tentando?. Talvez por que estão "arrumando" primeiro a casa com a recentes aquisições da EMBRATEL e da Net;
(d) Tem casos também ao contrário de não se fazer uma Convergência como a que está sendo feita mundialmente por grandes Operadoras de Telefonia Móvel como a japonesa NTT DoCoMo, a coreana KDDI e a americana SBC Communications. Este aparente é o caso da Vivo. Para seu executivo Francisco Padinha, a convergência sustentável se faz sobre bases tecnológicas totalmente compatíveis e não distintas como as que estão em uso atualmente. "Devemos ter em mente que convergência tecnológica é bem diferente de mistura comercial", opina. Ver matéria Convergência não é mistura comercial, diz Padinha do World Telecom.
Eu tenho uma opinião particular que as Operadoras brasileiras vão trilhar o caminho da FMC a curto ou médio prazo. Acredito que com a maior disseminação das tecnologias VoIP, Wi-Fi e o WiMAX por outros players elas serão obrigadas a perseguir este caminho para "empacotar" produtos diferenciados e reduzir o churn.
Tem - também - gente no Brasil que acha que as grandes carriers por aqui (leia-se mexicanos, espanhóis e italianos) não têm muito a ganhar no curto prazo com a FMC pois eles têm ativos separados e avaliados separadamente e alguns deles são ativos com instimentos recentes que ainda devem dar retorno e, dessa forma, e não têm motivos para "fundir" empresas com EBITDA relativamente bons (acima de 25%). Esta corrente acha que a Convergência será "puxada" por carriers locais e/ou por Integradores de Sistemas. Em contrapartida, a consolidação das Operadoras de Telecom, tem a "chegada de novos vendors a todo momento". Sabemos muito bem que os vendors estão criando suas áreas de "Enterprise Solutions" por que as Operadoras de Telecom estão forçando demais. O poder das Operadoras de Telecom tem aumentado muito nos últimos tempos e os vendors estão procurando soluções de "sobrevivência". A consequência disto pode ser uma nova rodada de consolidação de "Atriums da vida" (que teve finalmente anunciada a sua aquisição pela Telefônica. Ver Telefônica compra Atrium por R$ 113,4 milhões), principalmente pelas grandes carriers. Sem sombra de dúvida a FMC será uma oportunidade para os Integradores de Sistemas que podem estar atuando como Provedores de Serviços Convergentes valorizando as relações que os mesmos já têm com todos os componentes na Cadeia de Valor de Telecom, a saber: Operadoras (Fixa, Móvel e Cabo), Vendors e Clientes. Esta é mais uma oportunidade de um Novo Negócio!.
Vamos convergir?.
Quem viver verá!.
* Esta matéria teve a colaboração de Fábio Lima (fabio.lima@cpm.com.br )
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