Em Debate

Publicado: 21/06/04

 

Esta é uma nova seção do Teleco onde os seus colaboradores estarão colocando as suas posições sobre os mais variados temas do setor de telecomunicações.

 

Inovação e Novas Entrantes

em Telecomunicações

 

Eduardo Tude

 

 

A profundidade e velocidade das mudanças tecnológicas nas telecomunicações acentuou-se com o processo de desregulamentação e o aumento da competição, criando uma consciência no setor da importância das inovações.

 

O processo de inovação tecnológica é normalmente liderado pelos fornecedores de equipamentos (vendors) com seus planos de desenvolvimento de produtos e o convencimento dos provedores de serviço em embarcar nestas novas tecnologias.

 

Este artigo se propõe a colocar em debate as seguintes questões:

  1. Até que ponto a inovação tecnológica em telecomunicações é uma ameaça para as empresas estabelecidas?
  2. Até que ponto favorece o aparecimento de novos entrantes?

Clayton M. Christensen em seus livros "O Dilema da Inovação" e "O Crescimento pela Inovação" estabeleceu as bases de uma teoria que permite entender melhor este cenário, classificando as inovações em:

Christensen identificou dois tipos de inovações disruptivas:

Note que não é a tecnologia em si que é sustentadora ou disruptiva, mas como ela afeta o modelo de negócios.

 

Uma inovação de ruptura caracteriza-se pelo fato de exigir um novo modelo de negócios, difícil de ser adotado pelas empresas estabelecidas, pois implicaria de início em menores margens, menor crescimento e produtos que não são o que os seus principais clientes querem. Esta situação favorece as novas entrantes que encontram o caminho livre para conquistar espaço no baixo mercado ou entre novos consumidores. A partir daí inicia-se um processo de inovações sustentadoras por parte destas empresas que pode levá-las a escalar o mercado e conquistar os clientes das empresas estabelecidas. Criar uma nova empresa é muitas vezes a melhor forma das empresas estabelecidas lidarem com este tipo de situação.

 

Apesar de apresentar alguns referenciais para analisar o processo de inovação esta tipologia não resolve o problema. A classificação de uma inovação como disruptiva é sempre controversa. Uma tecnologia pode ser disruptiva para uma empresa e para outra não. Ela ajuda no entanto a colocar alguma racionalidade na análise do impacto de novas tecnologias caracterizado muitas vezes por um marketing carregado de afirmações bombásticas pelos defensores de uma dada tecnologia.

 

Apresentam-se a seguir algumas questões que podem ser analisadas a luz desta tipologia:

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Nota: As informações expressadas nos artigos publicados nesta seção são de responsabilidade exclusiva do autor.

 

 

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