12/01/07 

Em Debate Especial: Soluções de Banda Larga para o Brasil

Publicado: 22/01/2007

 

 

 

DSL e suas Evoluções

Parte 2

 

 

Jonio Foigel

Presidente da Alcatel-Lucent no Brasil

 

Parte 1 :: Parte 2

 

Evolução

 

A evolução da Tecnologia DSL pode ser resumida pelas versões ADSL; ADSL2; ADSL2+; VDSL1 e VDSL2. As principais características e aplicações são representadas nas figuras 3,4 e 5 abaixo:

 

Figura 3: Evolução da Tecnologia DSL no tempo.

 

Figura 4: Comparação de Banda entre as tecnologias DSL.

 

Figura 5: Co-relação entre Serviços, Tecnologia e Larguda de Banda.

 

De uma maneira geral, as principais mudanças introduzidas em cada passo evolutivo da Tecnologia DSL são relacionadas à melhoria do algoritmo de processamento do sinal na linha, aumento do ganho de codificação, melhoria da eficiência de modulação, redução do cabeçalho da trama e melhorias no estado de inicialização da máquina.

 

Estas evoluções vêm acontecendo, sempre com os objetivos principais de melhorar a Largura de Banda em relação à distância da linha telefônica a ser vencida, a performance na presença de sinais interferentes e ruído e o aperfeiçoamento de facilidades operacionais de monitoração, diagnóstico e qualificação das linhas.

 

Vejamos então, um pouco mais no detalhe, a evolução e aplicações das principais versões desta tecnologia.

 

SDSL, SHDSL, ADSL e ADSL2

 

SDSL (Symmetric Digital Subscriber Loop) e SHDSL (Symmetric High Bit Rate Digital Subscriber Loop) são tecnologias capazes de prover velocidade ou banda simétrica tanto na direção da rede, quanto na direção do usuário (uplink e downlink respectivamente) e são aplicáveis ao mercado corporativo.

 

Para aplicações residenciais, que requerem maior velocidade de downlink, as versões mais utilizadas mundialmente, até 2003, foram o ADSL evoluindo para ADSL2 (Assymmetric Digital Subscriber Line) que é capaz de suportar serviços de acesso rápido à Internet que demandem velocidades de até 512 Kb/s de uplink e 8Mb/s de downlink.

 

ADSL2+

 

Desde 2004 esta versão passou a ser utilizada, porque permite duplicar a banda, em relação ao ADSL2, nas duas direções. Para usuários até 1,5Km distantes do ponto de presença da Operadora (POP) pode-se chegar a 20Mb/s e 2Mb/s no downlink e uplink respectivamente.

 

Estas velocidades já permitem suportar além do acesso rápido à Internet e Voz sobre IP (VoIP), uma série de aplicações residenciais tais como vídeo e jogos, abrindo a possibilidade às operadoras fixas de continuar usando a rede de cobre para ampliar seu leque de serviços e se tornarem mais competitivas.

 

VDSL, VDSL2 (Very High Speed Digital Subscriber Line)

 

VDSL2 já é a segunda geração VDSL com o objetivo de aumentar a capacidade da banda pela melhor eficiência na transmissão do número de bits por Hertz.

 

Outra grande vantagem em relação ao VDSL1, é relativa ao número de perfis. Enquanto o VDSL1 especifica 2, o VDSL2 especifica 8 perfis diferentes para oferta de serviços com velocidade global de até 100Mb/s. Isto representa um ganho de 10 vezes em relação ao ADSL2 e 5 vezes em relação ao ADSL2+, para curtas distâncias.

 

Estes perfis, são variantes de implantação, relativos basicamente à freqüência e potência usadas na linha. Embora tenham sido inspirados por cenários específicos de rede, sempre podem ser usados para otimizar a implantação em diferentes situações, tais como:

A figura-6 abaixo exemplifica as velocidades típicas suportadas por dois dos perfis do VDSL2 e dá idéia da flexibilidade de configurações que podem ser usadas para suportar a introdução de vários serviços de Banda Larga com esta tecnologia.

 

Figura 6: Velocidades típicas suportadas por dois perfis do VDSL2.

 

Perfil 17 US/DS – 17 Mhz na Linha US = Upstream e DS = Downstream
Perfil 30 US/DS – 30 Mhz na Linha US = Upstream e DS = Downstream

 

É importante mencionar que o VDSL2 foi especificado de forma a permitir o máximo de interoperabilidade e coexistência com os outros standards DSL, na mesma rede ou num mesmo cabo, possuindo ferramentas de otimização espectral e de prevenção a ruídos impulsivos, diminuindo ou eliminando problemas de diafonia e interferência.

 

Esta tecnologia, em 2006, já respondeu por mais de 20% das linhas instaladas mundialmente e vem sendo escolhida pela maioria das grandes Operadoras que procuram tirar o melhor proveito da rede de cobre instalada na última milha.

 

A decisão principal de usar VDSL2 combinado com a fibra, mesmo exigindo, eventualmente, mudanças no corte da rede para adequar as distancias, deve ser baseada nos custos e retorno de investimento, sendo recomendada quando a perspectiva de banda por usuário não supere 60Mb/s.

 

Caso contrário, e em cenários onde não exista rede (green field), é melhor partir diretamente para FTTH/PON, cujo custo de implantação, por domicílio conectado, é similar, com uma maior banda disponível, como ilustrado na figura-7 abaixo, que considera uma porta GPON compartilhada para 32 usuários.

 

Figura 7: Comparativo de custos VDSL+FTTN versus FTTH/PON.

 

Considerações Finais

 

Segundo projeções da Alcatel-Lucent a banda necessária para suportar simultaneamente, serviços de TV de alta definição (HDTVx2 em MPEG-4), Vídeo on Demand (VOD), Jogos, Vídeofone, Voz sobre IP (VoIP) e Acesso rápido à Internet (HSI), é de 25 a 60Mb/s no downlink, e entre 5 a 13 Mb/s no uplink.

 

O VDSL2, combinado com a fibra (FTTN ou FTTB) é portanto a escolha adequada para prover estes serviços sobre pares de linhas telefônicas na última milha.

 

É fato porém, que existe espaço para as várias tecnologias, pois nenhuma delas, de forma isolada, pode ser considerada uma solução universal, cost-effective, para todo ou qualquer cenário de implementação, sem levar em conta o modelo ou tipo de rede existente, a densidade populacional a ser atingida e as diferentes ofertas de serviços.

 

Por isso, as redes de acesso serão um mix das várias tecnologias, usadas de maneira a atender a demanda de serviços, com qualidade e melhor custo benefício.

 

O importante, na medida do possível, é optar por plataformas de acesso multi-serviço, que possam combinar por exemplo DSL com GPON e ainda serem usadas para coleta e transporte de WiMAX.

 

Abaixo, na figura-8, apresentamos uma visão da topologia que deve predominar nas novas redes de acesso banda larga.

 

Figura 8: Topologia das novas redes de acesso.

 

Parte 1 :: Parte 2

 

 

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