13/06/2011

Em Debate Especial: Carga Tributária

 

TRAGÉDIA NO JAPÃO E O APAGÃO TECNOLÓGICO
Empresas de Internet procuram suprir caos na telefonia.

 

Sara Rego Silva Rodrigues

 

Um dos países mais desenvolvidos no setor tecnológico sofre com as consequências geradas pelos terremotos e tsunamis que atingiram parte da costa japonesa desde o dia 11 de março de 2011.

 

Mesmo sendo uma super potência, um dos países do mundo mais desenvolvidos tecnologicamente, a estrutura de telecomunicações sofreu grandes baixas, o que dificultou e muito a obtenção de noticias, dados corretos e até a ajuda por parte de todo o mundo.

 

Apesar de não terem sido interrompidos completamente todos os meios de comunicação, a NTT, maior operadora de telefonia japonesa, informou que sofreu graves danos, com cerca de meio milhão de circuitos telefônicos afetados.
Outras operadoras locais também informaram que tiveram cabos submarinos danificados, gerando problemas com disponibilidade dos serviços de comunicações, tanto na telefonia fixa quanto na celular.

 

Após a catástrofe, o único meio de comunicação que permaneceu ativo foi a Internet, que viabilizou a comunicação dos japoneses, amenizando o crítico episódio vivido.

 

O funcionamente da internet deu-se, principalmente, pelas tecnologias conhecidas por não utilizar fios, como é o caso WiMAX. Segundo Steenman Ton, vice-presidente e gerente geral do grupo de computador embutido na Intel, a WiMAX mostrou-se mais resistente do que a tecnologia 3G de celular durante o terremoto que atingiu o Japão no dia 11 de março de 2011.

 

Como o único meio de comunicação que funciona é a internet, algumas redes socias como o Twitter e Facebook facilitaram a comunicação entre familiares, localização e identificação de desaparecidos, envio de notícias para os jornais de grande circulação, previsão de novos tremores entre outras.

 

Para se ter uma noção, após serem postadas informações sobre a a calamidade pública ocorrida no Japão, uma hora depois do terremoto, a Online Social Media, que monitora a movimentação de redes sociais, revelou que só em Tóquio, o Twitter estava fornecendo 1.200 mensagens por minuto.

 

Seguindo a linha de comunicação do Twitter, outra empresa que está sendo solidária com os japoneses é o Google. A empresa criou o “Japan Person Finder” que tem como objetivo ajudar parentes e amigos a encontrar desaparecidos, através de informações inseridas na página. A repercussão foi tão grande que três dias depois de ser implantado, o sistema tinha mais de 160 mil registros.

 

A Microsoft também vem contribuindo muito. Além de oferecer licenças de software como o Microsoft Exchange, que é um serviço de e-mails, gratuitamente por um período de 90 dias para companhias comercias que foram afetadas pelos terremotos e estão com problemas de comunicação, doou U$2 milhões para o país.

 

Assim como estas, várias outras empresas ligadas a tecnologia e informação estão doando quantias em dinheiro, disponibilizando serviços e produtos gratuitamente.

 

São várias as interpretações sobre a comunicação por intermédio da internet. Alguns conseguem visualizar mais benefícios do que prejuízos. Outros tem uma visão mais crítica, mas, na atual situação sofrida pelos japoneses, esta foi uma ferramenta importante para pedir socorro, informar as necessidades que passaram e mobilizar o mundo para ajudá-los.

 

Desta forma, conclui-se que, mais uma vez, um país passa por dificuldades, em razão de calamidades ou fenômenos naturais, e todo o mundo pode se solidarizar graças à facilidade de envio de notícias pela internet.

 

 

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