06/04/13

Como foi: Abinee Tec 2013

 

 

A Abinee realizou no dia 1/4/13, em São Paulo, a abertura do Abinee Tec 2013, em paralelo à FIEE 2013, também inaugurada nesta data.

 

O evento, que reuniu mais de 400 pessoas, entre representantes das indústrias do setor, além de membros dos poderes executivo e legislativo, marcou o início das comemorações do cinquentenário da entidade.

 

O tema principal do Fórum foi Os 50 anos da Abinee, abordado pelo presidente da entidade, Humberto Barbato, e o Futuro da Indústria Elétrica e Eletrônica, palestra do Cientista Chefe da IBM, Fábio Gandour.

 

Na ocasião, foi realizado o lançamento do Plano Inova Energia pela ANEEL, BNDES e FINEP. Em seu pronunciamento, Humberto Barbato fez um histórico da atuação da Abinee, com destaque para cada um dos ex-presidentes da entidade. Segundo ele, falar sobre os 50 anos da Abinee é falar de parte da história do Brasil. “Nestas últimas cinco décadas, nossa entidade participou de momentos importantes de mudanças do País, e se fez presente, posicionando-se de forma efetiva diante das dificuldades, sempre defendendo os legítimos interesses do setor eletroeletrônico, cuja importância para o país está na sua capacidade de buscar o desenvolvimento tecnológico, irradiando seu potencial a todo o conjunto da economia”, disse.

 

O Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, afirmou que a inovação é o eixo estrutural do Plano Brasil Maior, que visa promover o desenvolvimento industrial do país. “O MCTI tem papel importante de articulação com outros ministérios, principalmente, o MDIC, no trabalho de incentivo à inovação em todos os setores produtivos brasileiro”.

 

Estiveram presentes na mesa diretora da abertura do Abinee Tec, representando o Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, o secretário de inovação do MDIC, Nelson Fujimoto, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho; o presidente da FINEP, Glauco Arbix; o secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luiz Antonio Elias; Superintendente da ANEEL, Max Pompermayer; o Superintendente ANATEL, Roberto Pinto Martins; o Presidente do INMETRO, João Alziro de Jornada, a Assessora da Presidência do BNDES, Margarida Baptista; o presidente emérito da Fiesp, Carlos Eduardo Moreira Ferreira; e o ex-presidente da Abinee, Nelson Peixoto Freire.

 

No dia 2 de abril, os segmentos de Energia, Automação Industrial, Telecomunicações e Bens de Informática, beneficiadas pela Lei de Informática, apresentaram seus resultados em prosseguimento ao Seminário Resultados da Lei de Informática.

 

O painel teve como moderador o presidente da Florestal Paiox Ltda, Flávio Sehn. O Diretor Grupo Setorial de Medidores da Abinee, Álvaro Dias, apresentou um balanço sobre o setor de energia elétrica. Segundo ele, muitos investimentos estão sendo feitos para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos e, com certeza, o setor irá se beneficiar disso. Dias afirmou que o Brasil caminha para a instalação gradual das redes inteligentes (smart grids) e com os medidores inteligentes todos serão conectados em uma rede de comunicação. “Temos um futuro promissor pela frente. Precisamos de empenho da parte regulatória para aproveitarmos este cenário”, disse. Para ele, sem a Lei de informática o preço dos produtos fabricados no país seriam inviáveis.

 

Sobre Automação Industrial, o diretor da área da Abinee, Nelson Ninin, destacou que, de acordo com dados do MCTI, o faturamento das empresas deste segmento, incentivadas pela Lei de Informática, atingiu R$ 1, 7 bilhões, 3% do total da receita das empresas que atuam dentro da Lei. Apesar do número baixo, ele afirma que o segmento é o coração e o cérebro de diversos equipamentos. Em sua exposição, Ninin apresentou, também, dados da Abinee que apontaram que o faturamento de Automação atingiu R$ 4 bilhões em 2012, enquanto o total do setor eletroeletrônico chegou aos R$ 144,5 bilhões. Ao analisar as importações o número assusta. “O que importamos, US$ 3,9 bilhões, mostra que a conta não fecha”, afirmou. Este quadro, segundo ele, abre oportunidades. “Ao analisar os produtos mais importados, podemos ver que são mercados que podemos investir, buscando o desenvolvimento e nacionalização destes equipamentos”, afirmou.

 

O presidente da Teleco, Eduardo Tude, abordou a área de telecomunicações. Segundo ele, já vivemos em uma sociedade conectada e o Brasil é o quarto país em número de celulares no mundo. “É crescente o número de receita por voz. Temos 133 celulares para cada 100 habitantes sendo que 100% dos municípios já possuem estes aparelhos”, falou. O especialista afirmou, porém, que a infraestrutura de telecomunicações do Brasil, que dispõe de 59 mil Erbs, é insuficiente quando comparada com outros países, representando 20% do total dos EUA. Tude ressaltou que as operadoras e as indústrias de telecomunicações precisam de um quadro regulatório estável e políticas de longo prazo que estimulem a competitividade.

 

Carlos Américo Pacheco, Reitor do ITA – Instituto Tecnológico da Aeronáutica, afirmou que o balanço da Lei de informática é positivo e o argumento de dar incentivo à produção local, por meio dos gastos em P&D é inteligente. “A Lei, acima de tudo, garante o equilíbrio da produção no país e, diante da baixa competitividade do ambiente econômico brasileiro, o Brasil não participaria do mercado de informática sem este mecanismo. Sem o benefício da lei é difícil ser competitivo com os produtos importados e regiões incentivadas”, disse. Segundo ele, o problema da Lei de Informática é que ela limita-se ao produto final, tendo pouco impacto no adensamento da cadeia produtiva. “Este mecanismo refere-se à questão de sobrevivência da produção. No sentido de política industrial e tecnológica é preciso ir além e devemos usar um arsenal de instrumentos complementares”, afirmou. Dentre estes mecanismos, Pacheco abordou a regulamentação setorial para se criar mercados competitivos; o estabelecimento de regimes tributários, com progressiva redução de carga tributária; e o desenvolvimento de políticas seletivas, considerando nichos com potencial de crescimento. “Muito do que pode ser feito é paralelo à Lei de Informática, que pode servir como base para este processo”, concluiu.

 

 

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