05/07/2015
Como foi: Fórum Saúde Digital
Muitos setores da economia já incorporaram tecnologias digitais a fim de melhorarem os serviços prestados e criarem nossos negócios para melhor atenderem seus clientes. Agora, a indústria de cuidados de saúde está passando por uma transformação digital, com a informatização e aplicação de tecnologias inovadoras.
Hospitais, clínicas, laboratórios de análises clinicas, operadoras de saúde, indústria farmacêutica, fornecedores de produtos e serviços, consultorias, setor público, entidades, universidades, startups, fundos de investimentos estão se voltando cada vez mais às tecnologias digitais. Desse modo, ferramentas móveis, dispositivos vestíveis, sensores remotos, big data, robótica, plataformas de informação e apoio aos pacientes, começam a desempenhar um papel fundamental ao trazer resultados positivos na diminuição das lacunas entre os provedores e pacientes, e na construção de novas relações entre os fornecedores e seus parceiros.
Assim, para debater as possibilidades emergentes no setor, foi promovido, no último 2 de julho, no WTC, em São Paulo, o Fórum Saúde Digital. O evento contou com um congresso, cuja grade principal teve painéis de discussão, e em paralelo houve palestras de negócios e soluções, voltadas aos profissionais de toda a cadeia de saúde.
Congresso
Durante o Congresso foram realizados painéis que trataram de temas como plataforma de saúde, Mobility Health, m-health, computação cognitiva, gestão e segurança.
As palestras das empresas Frost & Sullivan, MV e da SAS expuseram como as novas plataformas e as tecnologias estão transformando a prática da administração da saúde, o relacionamento com os pacientes, com redução de custos e uma série de benefícios a elas associadas. A Rede D'or e Hospital Sírio Libanês levaram ao congresso seus cases e falaram como as tecnologias digitais entraram na rotina de suas redes de atendimento, otimizando os serviços e a experiência dos pacientes que podem ter acesso facilitado a exames e até aos seus prontuários.
As oportunidades do Mobility Health (m-health), termo usado para a prática da medicina e saúde pública com suporte de dispositivos móveis, foi abordada por Eliane Kihara, sócia e líder dos Serviços de Consultoria em Saúde na PricewaterhouseCoopers. Kihara levou ao público cases como o Doctor On Demand, aplicativo de telemedicina que consultas com médicos e psicólogos através de teleconferências e que conta com mais de um milhão de usuários. Outro aplicativo citado foi o “CommCare”, usado pela ONU para rastrear a epidemia do Ebola na na Guiné (África). Wearables também foram citados, tais como bandanas que monitoram sinais cerebrais e lentes que medem a pressão da vista de pacientes.
Palestrantes da Under Armour Connected Fitness e Misfit explanaram sobre o papel das plataformas de saúde, bem como apps, em relação a prevenção de doenças, auxiliando as pessoas a buscarem uma vida com hábitos mais saudáveis, por exemplo motivando-as a inserir atividades físicas em suas rotinas. A Under Armour Connected Fitness exibiu seu aplicativo chamado "Endomondo", voltado para a prática da corrida e ciclismo. A Misfit, empresa de apps e wearables, levou ao congresso o seu "Misfit App" que monitora as atividades físicas, peso e alimentação do usuário.
Fabio Scopeta, líder do IBM Watson para o Brasil e América Latina, apresentou o “Dr Watson”, plataforma baseada na computação cognitiva e inteligência artificial que visa ampliar a capacidade dos médicos, pesquisadores e profissionais de seguro a tomar decisões mais precisas, trazendo à tona novos insights a partir da enorme quantidade de dados pessoais de saúde.
No decorrer do congresso também citados alguns desafios como entraves na regulamentação e desburocratização dos processos regulatórios, além de questões relativas a normatização, segurança das informações e certificação de produtos e apps.
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