30/07/2006
IMS Evolution
O Evento do IQPC aconteceu nos dias 26 e 27 de julho em São Paulo e reuniu integradores, empresas de Telecomunicações, e operadoras de telefonia e Tv a cabo.
O IMS (IP Multimedia Subsystems) é uma plataforma que possibilita a integração de serviços de voz, dados e multimídia, com várias formas de acesso, independentemente da tecnologia empregada. Além de proporcionar redução de custos operacionais e de manutenção e aumento da lucratividade.
Mais detalhes sobre o IMS podem ser encontrados no tutorial do Teleco Evolução das Redes de Telecomunicação: Arquitetura IMS, preparado por Samuel Lauretti que apresentou um Worshop sobre o tema.
Nos dois dias de trabalhos os apresentadores buscaram apresentar os motivos que fazem do IMS uma base sólida para criar serviços sofisticados para o usuário.
Este é o modelo de rede de nova geração , que propicia soluções combinadas de comunicação para diferentes estilos de vida. Foi lançado originalmente para desenvolver serviços de valor agregado usando a tecnologia IP, convergindo as redes e os serviços de comunicação. Neste ambiente PC’s e Celulares são peças chave, pois atuam como suporte e geradores de conteúdos. O maior potencial deste mercado, se entendido como as casas dos assinantes dará às operadoras, oportunidades de obter novas receitas com os mercados de mídia e devices.
A convergência entre TI e Telecom acontece de forma transparente para os usuários finais, com as operadoras oferecendo acesso aos assinantes, e TI desenvolvendo os aplicativos. Os principais motivadores da convergência ficam por conta do Vídeo Sharing, Gaming, Messaging e dos serviços combinacionais.
A conferência apresentou um balanço da especificação e implantação do IMS nas várias operadoras do Brasil e no mundo contanto com apresentações de especialistas da área como Stephen Hayes, Chairman of 3GPP Technical Specification Group Services and System Aspects, Ayrton Aguiar (Promon), Marcelo Ceribelli (NORTEL) e Paulo Bernardocki (Ericsson).
Segundo o 3GPP, o IMS funciona e evolui em telefonia multimida (MITe), Voice Call Continuity(VCC) e Combinational Services. Com o lançamento do próximo Release em 2007, a otimização chegará a Evolved Radio Access (LTE) e System Architecture Evolution (SAE).
Marcio Rodrigues Borges da Brasil Telecom apresentou a participação da operadora nos foruns de especificação destes padrões, em particular o TISPAN para redes fixas.
O Tispan se ocupa da evolução para as redes fixas, visando a convergência dos serviços fixo-móveis. Deste ponto de vista o IMS faz interface com a rede fixa, com broadband e com outras redes.
Com base no 3GPP e Tispan pode-se esperar a proliferação de componentes funcionais ao longo da rede, gerando controles de admissão, segurança, acesso, e de seus recursos, com adaptação dos eventos de transporte.
Para estabelecer um perfeito fluxo neste cenário é sugerida a adoção do SDP Session Description Protocol – que deve ser implementado de acordo com as necessidades de cada operadora, e gerencia serviços não IP, promovendo controle das performances dos produtos no mercado.
Também foi dada uma overview sobre os motivos da adoção do protocolo SIP Proxy CSCF, Interrogating CSCF e Serving CSCF, a sobre as funções do banco de dados HSS.
Todas estas etapas propiciaram questionamentos a respeito dos desafios para a implementação do IMS passando pela garantia de QoS, as dificuldades de estabelecer a bilhetagem em tempo real (pois depende da articulação entre os mundos TI e Telecom), a inexistência de billing dedicado para IMS. Por outro lado identificam-se oportunidades para o mercado como a redução de gastos com investimento de capital (CAPEX) e custos operacionais (OPEX) através da migração para IP, a melhoria da lealdade dos clientes com a combinação de serviços inovadores e a entrega de serviços centrados no usuário, por meio de um único número e permite a reutilização de processos, conhecimento e pessoas para a diminuição de custos.
É necessário considerar mais um aspecto: fornecedores de conteúdos (que pouco conhecem de operação de redes) e operadoras (com fraca experiência no mercado de mídia) devem buscar novas competências e a criação de um ambiente amigável para a convergência.
O IMS é sem dúvida o caminho para as operadoras implementarem redes convergentes. A questão que se coloca é o "timing" para implantação do IMS.
Newsletters anteriores
Mais Eventos
Mais Webinares