Rede privativa vale a pena?
Para as utilities, a decisão de instalar uma rede privativa de dados deve levar em conta se a escala justifica o custo.

 

São Paulo, 31 de março de 2023 - “O espectro mantém as luzes acesas”. Essa frase foi proferida no painel Redes Privativas para Utilities, que aconteceu na manhã de quinta-feira, 30, no UTCAL Summit 2023, evento que reúne, no Rio de Janeiro, fornecedores e fabricantes de equipamentos de telecomunicações e automação e empresas de fornecimento de água, energia elétrica e gás (as utilities).

O debate contou com as presenças de Carlos Lauria, diretor de Relações Governamentais e Assuntos Regulatórios da Huawei; Adrian Grilli, especialista técnico da European Utilities Telecom Council (EUTC); Maria Aparecida Muniz, gerente de Espectro, Órbita e Radiodifusão da Anatel; e John Yaldwyn, diretor fundador da fabricante neozelandesa 4RF.

O objetivo foi discutir as vantagens e as desvantagens das redes privativas em função das demandas por faixas do espectro radioelétrico, um bem público escasso. Apesar de não serem uma novidade, as redes privativas estão voltando ao cenário como opção para setores como utilities, mineração, entre outros.

No momento, algumas empresas, principalmente de eletricidade, avaliam a melhor solução - privada ou pública - diante do advento das bandas de conectividade ultrarrápidas, como o 5G e, com elas, a digitalização dos serviços e a transformação digital. Daí a frase: o espectro mantém as luzes acesas.

A decisão depende de fatores como custo-benefício, disponibilidade de faixa e regulamentações da Anatel. Esse ponto em específico mereceu dos palestrantes estrangeiros elogios ao trabalho da agência brasileira, a ponto de entenderem como exemplo a ser levado aos seus países.

Na Europa, segundo Grilli, foi organizada uma aliança de empresas, que defendem a faixa de frequência de 450 Mhz para o uso de redes privativas. A ideia geral é que esta seja a frequência a ser utilizada no mundo todo. A Anatel, no entanto, é mais flexível:

“Não há destinação de faixas de frequências específicas para redes privativas. Essas redes podem ser implementadas em qualquer faixa que esteja destinada ao Serviço Limitado Privado, desde que as estações operem de acordo com os Requisitos Técnicos e Operacionais aprovados pela Anatel para aquela faixa de frequências”, informou a palestrante da agência brasileira.

Para Carlos Lauria, a discussão sobre o uso do espectro deve beneficiar o ecossistema que depende dele como um todo. “A Huawei oferece soluções para as utilities de ponta a ponta e vemos a flexibilidade na gestão do espectro como um ponto positivo para atender a demanda”, avaliou.

“A decisão de usar uma rede de comunicação sem fio privada depende da escala que justifique os custos. Além disso, consideramos o uso da faixa de frequência de 700MHz como uma alternativa, pois é um ecossistema desenvolvido que pode atender novas necessidades com investimentos mais atrativos”, disse. “O que queremos é que o resultado final seja o melhor para todos os atores desse mercado”, acrescentou.

A Anatel define redes privativas como redes de telecomunicações terrestres associadas ao serviço limitado privado e compatíveis com as condições de uso de serviço de interesse coletivo fixo e móvel terrestre. Como serviço de telecomunicações de interesse restrito, é executado para uso próprio ou prestado a determinados grupos de usuários, selecionados pela prestadora mediante critérios por ela estabelecidos, observados os requisitos da regulamentação.

 

Sobre a Huawei

A Huawei é líder global de infraestrutura para Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e dispositivos inteligentes, e uma das 100 marcas mais valiosas do mundo, de acordo com a Forbes. A companhia tem a visão de enriquecer a vida das pessoas por meio da comunicação e é dedicada à inovação centrada no cliente. Com sólidas parcerias com a indústria local, está comprometida com a criação de valor para operadoras de telecomunicações, empresas e consumidores, oferecendo produtos e soluções de alta qualidade e inovação, e com a transformação digital, oferecendo soluções de nuvem e servidores de Huawei Cloud, em mais de 170 países e territórios. Com mais de 195 mil funcionários em todo o mundo, a companhia atende mais de um terço da população mundial. A Huawei também acredita que a digitalização é o caminho para um mundo mais sustentável e uma economia zero carbono, baseada em fontes renováveis de energia. Nos últimos 10 anos, nossos investimentos em P&D ultrapassaram US$ 132,54 bilhões, o que coloca a Huawei como a 2ª empresa que mais investe em pesquisa no mundo. É por isso que nos tornamos um dos maiores detentores de patentes do globo. Até o final de 2021, tínhamos 110.000 patentes ativas em todo o mundo. Na nova era digital, a indústria de TIC exigirá ainda mais investimento em pesquisa e desenvolvimento, e a Huawei continuará desempenhando seu papel principal na inovação para construir um mundo totalmente conectado e inteligente. Também em 2021, a Huawei foi classificada como a 8ª companhia mais inovadora do mundo, de acordo com o Boston Consulting Group. Há 24 anos no país, a Huawei está no Brasil para o Brasil e quer se tornar cada vez mais uma importante parceira na transformação digital e na contribuição com tecnologias sustentáveis para a sociedade brasileira. Além de líder no mercado nacional de banda larga fixa e móvel por meio das parcerias estabelecidas com as principais operadoras de telecomunicações, a Huawei tem um perfil integrado, com soluções para os setores público, privado, financeiro, transporte, mineração, energia e nuvem. A empresa possui escritórios nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Recife, além de um Centro de Distribuição em Sorocaba (SP) e um Centro de Treinamento em São Paulo. Trabalhamos em parceria com brasileiros, impulsionando a inovação e ajudando a desenvolver novos talentos locais para o setor de telecomunicações. Nos últimos 10 anos, treinamos mais de 40 mil talentos em todo o Brasil.