Resenha do Livro
01/12/04
2015 - Como Viveremos
Ethevaldo Siqueira
esiqueira@telequest.com.br
Jornalista especializado em Novas Tecnologias e colunista do jornal O Estado de S. Paulo.
Publicado pela editora Saraiva.
Livro-reportagem de Ethevaldo Siqueira debate os cenários mais prováveis da vida humana na próxima década, com o impacto das tecnologias da informação e da comunicação (ICTs) na visão de 50 famosos cientistas
do Brasil e do mundo
Como será nossa vida em 2015? Embora as transformações em curso no mundo da tecnologia sejam sabidamente rápidas, não é preciso recorrer a nenhuma ficção ou fantasia para se ter uma visão bastante próxima do mundo na próxima década. Assim pensam cientistas e personalidades famosas como Arthur C. Clarke, Nicholas Negroponte, Alvin Toffler, Don Tapscott, Bill Gates, Craig Barrett, inclusive os brasileiros Jean-Paul Jacob e João Antonio Zuffo. Para todos eles, as tecnologias da informação e da comunicação (na abreviatura internacional ICTs, de information and communication technologies) continuarão mudando profundamente a vida humana, a casa, a escola, o trabalho, a comunicação, o entretenimento, o escritório, a indústria, o governo, a sociedade, enfim - com a possível inclusão de vastas multidões no Brasil e no mundo, mas, também, com o risco de excluir outros milhões.
A opinião majoritária dos cientistas, no entanto, é otimista. O mundo de 2015 será muito mais globalizado, mais complexo e mais interligado pelas comunicações e pela informação. A antevisão desses famosos entrevistados, embora possa parecer exagerada, no contexto de 2004, nos convence de que, em apenas uma década, muitos milhões de brasileiros estarão usando PDAs mais poderosos que os supercomputadores de hoje.
Para os especialistas que estudam o potencial das telecomunicações sem fio, é bem provável que o número de usuários de celular no mundo ultrapasse a marca dos 3 bilhões, em 2015, quando a população do planeta deverá atingir 7,2 bilhões de habitantes.
O Brasil, em 2015, talvez tenha mais telefone do que gente, como, aliás, já acontece desde a metade de 2004 com as cidades de Brasília ou Ribeirão Preto. O total de assinantes de telefone celular no País poderá superar os 180 milhões. Ao nascer, cada criança receberá um número universal para seu telefone principal, fixo ou móvel. E um endereço eletrônico para a Web. Como esquadrilhas, centenas de satélites girarão em torno da Terra, em formação, oferecendo-nos mil opções de lazer e informação. A quarta geração de celulares (4G) interligará todas as redes, viabilizando a computação sem limites, ou pervasive computing.
Este é o cenário mostrado pelo jornalista Ethevaldo Siqueira, no livro 2015-Como Viveremos, um projeto editorial único e original, que nos dá uma visão abrangente das transformações da vida humana na próxima década, em conseqüência direta do impacto das tecnologias da infocomunicação, expressão que engloba computadores, telecomunicações, componentes microeletrônicos, fibras ópticas, satélites, internet e redes de todos os tipos.
Para escrever essa fascinante reportagem, o jornalista especializado e novas tecnologias entrevistou mais de 50 cientistas, escritores, pesquisadores, visionários ou pensadores do amanhã, entre os quais, famosos futurólogos, como Arthur C. Clarke, Alvin Toffler, Don Tapscott, Nicholas Negroponte e João Antonio Zuffo (da USP); Jean-Paul Jacob (de Berkeley e da IBM); Horst Störmer (dos Bell Labs e Prêmio Nobel de Física de 1998); Michio Kaku, Bill Gates (da Microsoft), Scott McNeal (da Sun Microsystems), John Chambers (da Cisco), Carly Fiorina (da HP) e Craig Barrett (Intel), entre tantos outros.
"Não se trata de ficção - afirma Ethevaldo Siqueira - mas de extrapolação tecnológica, segundo a visão desses cientistas e líderes. Aliás, para quem acompanha o desenvolvimento das novas tecnologias, não é difícil prever como será o computador daqui a 10 anos. Nem que os avanços da microeletrônica continuarão, nem que, nos países industrializados - em algumas regiões metropolitanas do Brasil - bilhões de minúsculos microprocessadores com capacidade de comunicação, estarão à nossa volta, espalhados por todos os lugares, invisíveis, embutidos nas roupas das pessoas, nas paredes, nos semáforos ou nos automóveis. Esses chips controlarão o trânsito, reconhecerão a placa de carros roubados, identificarão o rosto de bandidos, chamarão a polícia e informarão o cidadão de tudo o que se passa à sua volta.
O preço disso? Em primeiro lugar, os riscos de um imenso desemprego tecnológico e de graves ameaças à privacidade. Mas haverá soluções possíveis ou pelo menos paliativos para esses problemas. O comércio eletrônico móvel estará explodindo. Seremos, então, milhões de consumidores móveis ou m-consumers, a fazer compras, quase compulsivamente, em qualquer lugar, no automóvel, no avião, na praia, na rua ou no meio do mato. E pagando tudo com cartões de crédito virtuais instalados no celular".
As grandes tendências da eletrônica pessoal ou de consumo nos mostram que, por volta de 2015, usaremos equipamentos de bolso inteligentes, tais como o PluriCom ou VTC (abreviatura de vídeo-telefone-computador), do tamanho de um palmtop - um multifuncional que reunirá as funções de celular, computador de mão, câmera digital, receptor de TV, capacidade de armazenamento de 10 gigabytes, para voz, dados, imagens e música MP3, acesso ultra-rápido à Web e tradução automática de quatro línguas.
Mesmo sem ter resolvido muitos de seus sérios e crônicos problemas, o Brasil de 2015 poderá estar em posição bastante vantajosa nesse novo cenário. Redes de fibras ópticas interligarão o País do Oiapoque ao Chuí. Mais de 80% de sua população terá acesso ao celular.
A comunicação wireless contará com as novas redes sem fio Wi-Fi e Wi-Max, de banda larga, nas maiores cidades. Mais de 60% dos habitantes terão acesso gratuito à Web. O governo eletrônico atenuará boa parte dos problemas de ineficiência burocrática, pois a informatização levará novos recursos à administração pública, à Justiça, à previdência, às escolas e aos hospitais.
O mundo do entretenimento ganhará DVDs de alta definição. O CD tende a desaparecer para a maioria dos consumidores, substituído por memórias flash. Para os mais exigentes, haverá super CDs, com som espacial, envolvente, multicanal, próximo da fidelidade absoluta. A tecnologia digital de áudio e vídeo estará cada dia mais integrada, consolidando a fusão entre Web, TV e cinema. O video on demand (VOD) ou à la carte triunfará, finalmente, como negócio rentável. Os novos home theaters, de alta definição, chegarão à classe C. A escola se tornará ubíqua, presencial ou virtual, acessável em todos os lugares. Educação e entretenimento convergirão, sempre e cada dia mais, tornando a aprendizagem mais criativa e interessante.
Em lugar de capítulos convencionais, 2015-Como Viveremos mostra cenários, como a casa do futuro, a escola, o escritório, o lazer, o trabalho, os serviços públicos (governo eletrônico), a inclusão digital e outros aspectos, bem como as várias etapas das transformações que ocorrerão em ambientes em cada um desses setores ou ambientes.
O livro tem três propostas básicas:
A primeira edição de 2015-Como Viveremos foi lançada pela TeleQuest, com patrocínio cultural da Gradiente, OneWorld Interactive, Oi e Microsoft.
A segunda edição será lançada no dia 1° de dezembro pela Editora Saraiva e estará disponível nas principais livrarias do país. Preço: R$ 69.
Características do livro:
332 páginas em papel couchê superbranco fosco 145g Mais de 200 fotos e ilustrações em cores Capa dura, com verniz reserva Índice remissivo e glossário especial
332 páginas em papel couchê superbranco fosco 145g
Mais de 200 fotos e ilustrações em cores
Capa dura, com verniz reserva
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