Seção: Tutoriais

 

Redes 5G II: O Core 5G

Figura 2: Transformação no Core da Rede

 

O novo 5G Core representa um passo corajoso da comunidade de telecomunicações na “softwarização” das suas redes, permitindo uma integração com serviços oferecidos na nuvem.

  • Foram abandonadas funções lógicas monolíticas tradicionais que usavam protocolos centrados em telecomunicações, como o Diameter, para se comunicar adotando uma arquitetura “baseada em serviço”.
  • A utilização de APIs permitirá ampliar a utilização de código aberto (Open Source) na sua implantação.

 

As duas bases tecnológicas para o Core 5G são redes definidas por software (SDN) e a virtualização de funções de rede.

 

O novo 5G Core é nativo na nuvem (cloud native), sendo, portanto, distribuído (Statelessness), modular e está sendo implementado com containers.

  • Ele viabiliza uma arquitetura distribuída com a utilização de Edge Computing, de forma a viabilizar a garantia de baixa latência e redes privadas virtuais.
  • As operadoras terão, no entanto, que migrar para containers as funções que foram virtualizadas em máquinas virtuais, como o VMware.

 

Uma arquitetura Cloud Native traz Disponibilidade, agilidade e possibilita a automação.

 

O que é Cloud Native?

 

Figura 3: Computação Nativa na Nuvem

 

A “computação nativa da nuvem” é uma evolução das várias ferramentas e técnicas utilizadas pelos desenvolvedores de software para construir, implantar e manter aplicativos de software na infraestrutura em nuvem e não mais em hardware não virtualizado, como ocorria no início do século.

 

As tecnologias nativas da nuvem capacitam as organizações a criar e executar aplicativos escaláveis em ambientes modernos e dinâmicos, como nuvens públicas, privadas e híbridas.

 

A Cloud Native Computing Foundation (CNCF) procura impulsionar a adoção desse paradigma promovendo e sustentando um ecossistema de projetos de código aberto e neutros em relação aos fornecedores.

 

Conteiners, microsserviços, infraestrutura imutável e APIs declarativas exemplificam essa abordagem.

 

  • Essas técnicas permitem sistemas fracamente acoplados que são resilientes, gerenciáveis e observáveis. Combinados com automação robusta, eles permitem que os engenheiros façam alterações de alto impacto com frequência e previsivelmente com o mínimo de trabalho.

 

O CNCF fornece estrutura e restrições para ser nativo da nuvem, exigindo que os aplicativos que estão sendo desenvolvidos e arquitetados usem metodologias de microsserviços para serem implementadas como contêineres.

 

Microsserviços são aplicativos tradicionais divididos em componentes pequenos e reutilizáveis.

 

  • Para serem classificados corretamente como Cloud Native, os microsserviços precisam ser “State Less", o que significa que deve haver separação do processamento dos dados associados e do armazenamento dos dados na nuvem.

 

A orquestração dinâmica é outro pilar crítico de ser nativo da nuvem.

  • "Kubernetes“é o orquestrador de contêineres de código aberto do CNCF.
  • Ele desempenha um papel crucial no planejamento ativo e na otimização da utilização de recursos, proporcionando observabilidade, resiliência e uma infraestrutura imutável.