Seção: Tutoriais Operação
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Esta série de tutoriais trata das Alterações Climáticas e da atuação da União Européia, em especial da ETNO em ação conjunta com o WWF, para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (CO2), através de ações voltadas para a participação do setor de TIC.
O tutorial parte I apresentou a motivação para o desenvolvimento de um projeto dessa natureza pela ETNO, em conjunto com a WWF, e as metas definidas, que incluem a participação de ações para o setor de TIC.
O tutorial parte II apresentou as alternativas de uso das tecnologias TIC como forma de contribuição para a redução das emissões de CO2, em algumas das atividades da sociedade atual que têm impacto significativo nas alterações climáticas.
Este tutorial parte III procurou apresentar as estratégias sugeridas de uso das tecnologias TIC como forma de contribuição para a redução das emissões de CO2, apresentando uma primeira seqüência de etapas para atingir as metas de redução, e indicando brevemente os próximos passos a serem implementados.
O protocolo de Kioto foi a primeira tentativa de busca de uma solução global para as alterações climáticas, mas não teve o sucesso esperado. Apesar da liderança da União Européia para a busca de ações e estratégias que tivessem impacto na redução das emissões de CO2, a ausência dos Estados Unidos foi sentida, e enfraqueceu a eficácia das iniciativas.
A urgência de uma postura global para resolver esse problema somente aconteceu após as notícias e previsões divulgadas pela comunidade científica, que puderam mostrar previsões bastante importantes e negativas, caso não se tomem ações efetivas e de forma generalizada em todo o planeta.
Já em 2009 foi possível prever que muitas de ilhas e áreas costeiras podem ficar submersas com a elevação do nível do mar, devido ao aumento da temperatura global, e que áreas de floresta, mesmo se mantidas, pode sofrer degradação e comprometer a qualidade de vida e do ar do planeta. Áreas com possibilidade de se tornarem desertos e outras com a possibilidade de ficarem sujeitas a grandes quantidades de chuva pode se desenvolver, desequilibrando as bacias e reservatórios de água doce.
Apesar da grande expectativa ocorrida em dezembro de 2009 quando foi realizada a Conferência Mundial Sobre o Clima das Nações Unidas, considerado o mais esperado encontro sobre Meio Ambiente das últimas duas ou três gerações, ainda não foi dessa vez que estratégias e ações práticas e efetivas foram acordadas em nível global para dar um passo verdadeiro para a solução, ou pelo menos, para mitigar o aumento da temperatura global.
O documento apresentado, que foi elaborado pela ETNO e pelo WWF, contém algumas sugestões que podem ser consideradas quando da definição das estratégias globais, mas nada acontecerá sem o engajamento verdadeiro de todas as nações, que devem considerar o futuro das próximas gerações como sendo um bem precioso e que deve estar acima dos ganhos de curto prazo.
Certamente o homem tem condições de inventar soluções práticas e efetivas para atacar de frente as alterações climáticas, e não deverão faltar recursos para que todas elas possam ser implementadas de forma gradua, no tempo necessário e com resultados extremamente positivos para a humanidade e para o planeta.
Referências
[1] Millennium Ecosystem Assessment Synthesis Report, páginas 2 a 9
[2] http://www.guardian.co.uk/afghanistan/story/0,1284,647516,00.html http://www.europaworld.org/issue71/awakeupcall1302.htm
[3] http://ue.eu.int/ueDocs/cms_Data/docs/pressData/en/ec/84335.pdf
http://ue.eu.int/ueDocs/cms_Data/docs/pressData/en/envir/84322.pdf
[4] http://www.the-scientist.com/news/20050607/01
[5] http://reports.eea.eu.int/eea_report_2004_5/en http://www.oxfordenergy.org/comment.php?0502
[6] The economic future of Europe, Olivier Blanchard, Working Paper 04-04, MIT.
[7] Entre 1995 e 2001, o investimento em bens de capital de TI foi da ordem 1,6% do PIB menor que o dos EUA. Francesco Daveri, “Why is there a productivity problem in the EU? ” – Centre for European Policy Studies.
[8] Stephen Young, Ovum, 7 September 2005
[9] Uma série de iniciativas existe na União Européia, tanto de ordem privada como pública, que podem contribuir para a formulação e posterior implementação de uma estratégia.
[10] K. Szomolányi, C. Wade, R. Lemke, D. Riva, ed. K. Szomolányi (2005): “Greenhouse Gas Effect of Information and Communication Technologies” – ETNO.
[11] O Global Reporting Initiative (GRI) é um processo que envolve muitas partes interessadas e uma instituição independente, cuja missão é desenvolver e disseminar globalmente Relatórios de Orientações de Sustentabilidade (Sustainability Reporting Guidelines) aplicáveis.
[12] http://www.globalreporting.org/guidelines/sectors/TelecommPilot.pdf
[13] Questões que são importantes de acordo com atores como o Wuppertal Institute incluem: lixo eletrônico (E-waste), recolhimento e eliminação adequada como preocupações sérias persistem sobre a poluição e reciclagem de resíduos nos países em desenvolvimento. Toxicidade, sobretudo na fase de eliminação, devido à composição altamente complexa de muitos dispositivos de TIC. Impactos da cadeia de abastecimento, especialmente durante o abastecimento de matérias-primas para produção de dispositivos e de infra-estrutura de TIC.
[14] De certa forma, a responsabilidade das empresas tradicionais, combinada com uma tendência de foco na redução da poluição como um problema, provavelmente desempenhou um papel nesse processo também. Novas iniciativas estão, porém, tentando mover-se para um sentido mais abrangente, mas, até agora, concentram-se mais sobre o problema e os efeitos diretos. O foco da maioria das discussões é como traçar a linha de responsabilidade de diferentes emissões diretas. Para mais informações ver: http://www.ghgprotocol.org/
[15] http://www.itu.int/osg/spu/wsis-themes/ict_stories/Themes/e-Commerce.html http://www.1000ventures.com/environment/susdev_main.html
[16] Negroponte, Nicholas: Being Digital, MIT Press, Cambridge 1995
[17] http://www.neskey.com/What%20is%20Neskey/What_Is_Neskey.htm#sustainable http://www.euricur.nl/themes/ict.htm http://www.sustainit.org/telework-mobility/index.php http://mitpress.mit.edu/catalog/item/default.asp?ttype=5&tid=1704
[18] http://www.un.org/esa/population/publications/wup2003/WUP2003.htm
[19] O mundo que diminui suas fronteiras também está desafiando-nos a pensar sobre o "abismo digital", que não se refere apenas ao fornecimento de computadores para todos, mas sim ao desenvolvimento de uma nova infra-estrutura digital e de conteúdo que não exclua aqueles que já estão excluídos, de muitas maneiras, tanto nos países ricos e como nos pobres. http://stdev.unctad.org/themes/ict/docs.html
[20] http://www.wilsoncenter.org/docs/staff/Rejeski_stratempo.pdf http://www.nano.gov/html/interviews/MRoco.htm
[21] Ver, por exemplo: “Avoiding Dangerous Climate Change”, ed. Hans Joachim Schellnhuber, Wolfgang Cramer, Nebojsa Nakicenovic, Tom Wigley e Gary Yohe.
[22] Para mais informações sobre a substituição de viagens, ver, por exemplo: Patricia L. Mokhtarian, Telecommunication and travel, Journal of Industrial Ecology volume 6, Número 2, MIT Press; Peter Arnfalk, Virtual Mobility and Pollution Prevention - The Emerging Role of ICT Based Communication in Organizations and its Impact on Travel, Faculdade de Tecnologia, Lund University, Suécia; Markus Robért, Company Incentives and Individual Preferences - Towards sustainable travel alternatives, Departamento de Infra-estrutura, Royal Institute of Technology, Estocolmo, Suécia.
[23] Ainda um desafio técnico fundamental é tornar possível o contato visual em reuniões de grupos virtuais, criando uma conexão de trabalho, assegurar que imagem e som estejam sincronizados e garantir um ambiente que proporcione uma sensação de participação, semelhante a uma reunião presencial.
[24] http://picturephone.com/products/learn_what_is_vc.htm
[25] Novos atores, tais como a Huawei da China, estão se movendo rapidamente para essa área, e colaboração e suporte para esse tipo de iniciativas devem ser incentivadas na União Européia. http://www.huawei.com/mmweb/en/solutions/view.do?id=93
[26] Mais uma vez parece que os Estados Unidos podem avançar a frente da União Européia e liderar a inovação e as novas soluções. A menos que aconteça alguma iniciativa seja adotada logo, a União Européia pode perder a vantagem competitiva que existe agora. Ver, por exemplo: http://www.hp.com/halo/index.html?jumpid=re_r138/051212xa/Halo http://www.economist.com/business/PrinterFriendly.cfm?story_id=5309284
[27] Hischier, R. ; Hilty, LM : Environmental impacts of an international conference. Environmental Impact Assessment Review. Vol. 22, Issue 5, 2002, pp. 543-557
[28] The boundaries of the basic analysis: the numbers are based on German business travels’ trend, preparado por Potsdam Institute on Climate Impact Research for Deutsche Telekom. A base da pesquisa foi o histórico de viagens entre 1976 e 2000. A pesquisa não considerou os impactos dos equipamentos de vídeo conferência nas emissões GHG, uma vez que estes são insignificantes.
[29] http://www.tech-encyclopedia.com/term/conference_call
[30] Os limites da análise básica: o estudo original foi elaborado pela SustainIT para a British Telecom, durante o exercício de 2003. No estudo funcionários da BT foram entrevistados sobre o uso de facilidades de conferência. Os números estão levando em consideração apenas as substituições que definitivamente substituída viagens de negócios.
[31] http://www.pre.nl/download/QuantifyingDematerialization.pdf http://international.vrom.nl/docs/internationaal/7612-ResourceProductivity.pdf http://europa.eu.int/comm/environment/pubs/pdf/sustdev.pdf
[32] http://www.developments.org.uk/data/Issue23/it-problem-or-solution.htm
[33] Os limites da análise básica: a pesquisa foi preparada pelo Instituto Oeko alemão da Deutsche Telekom, e com base no consumo de energia primária de secretária eletrônicas virtuais e físicas.
[34] Os limites da análise básica: o estudo básico foi preparado pelo Instituto Oeko alemão da Deutsche Telekom. Nos resultados finais só a produção de papel reciclado e os resíduos de papel de aterros foram levados em consideração.
[35] Os limites da análise básica: desenvolvido pela Universidade de Veszprém (Hungria) para Magyar Telekom. Os resultados são baseados em avaliação do ciclo de vida (LCA), onde a tributação via e a tributação via correio existentes são comparadas. Nesse caso os custos de transporte, produção e consumo de energia foram levados em consideração.
[36] http://www.fujitsu.com/global/news/pr/archives/month/2005/20050713-01.html
[37] http://www.irextechnologies.com/home.htm
[39] http://www.flexibility.co.uk/issues/sustainability/sustainability.htm Gaining the air quality and climate benefit for telework, WRI: http://pdf.wri.org/teleworkguide.pdf
[40] Os limites da análise: o estudo original foi elaborado pelo projeto Sustel para a British Telecom. A pesquisa é baseada em um questionário respondido pelos trabalhadores flexíveis da BT, acerca das viagens não realizadas (evitadas) por semana devido ao horário e local de trabalho flexível.
[41] EEA Technical report: Annual European Community greenhouse gas inventory 1990–2003 and inventory report 2005, Submission to the UNFCCC Secretariat, page 86 http://reports.eea.eu.int/technical_report_2005_4/en/EC_GHG_Inventory_report_2005.pdf
[42] Para outras leituras sobre como crier uma estratégia de TIC robusta, ver: Pamlin Dennis. (2002): ”Sustainability at the Speed of Light”, WWF, page 171-181
[43] http://www.nas.nasa.gov/About/Education/Ozone/history.html
[44] Feedback positivo não significa bom, refere-se a uma situação em que o feedback reforça ou amplifica a mudança inicial. O feedback negativo é o oposto, e mantém a estabilidade por contrariar a alteração inicial.
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