Seção: Tutoriais Rádio e TV
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Ultimamente tem se tornado comum ouvir a respeito de Televisão Digital (TVD), principalmente durante o momento da compra de um novo aparelho televisor, onde os vendedores das lojas de produtos eletrônicos normalmente oferecem um modelo já compatível com a tecnologia digital. Algumas características pertencentes à TVD são a alta-definição, proporcionando à imagem transmitida uma excelente qualidade além de eliminação de distorções nas mesmas; a qualidade superior do som possibilitando o uso de tecnologias surround 5.1 - com seis caixas acústicas e realce de graves; formato wide-screen o qual possibilita uma visão ampla das imagens; a mobilidade e portabilidade, permitindo o acesso à programação por equipamentos eletrônicos portáteis como aparelhos celulares, laptops, ou até receptores de bolso; a multiprogramação permitindo ao telespectador assistir qualquer programa pertencente a um canal a qualquer momento, além de permitir o acesso ao mesmo programa por outras câmeras disponíveis; e por fim a interatividade, que fornece um “canal de retorno” do usuário com o canal transmissor, possibilitando a realização de compras, votação em pesquisas, participação em jogos, acesso a Internet, entre inúmeras possibilidades provenientes da interatividade entre o telespectador e as redes de televisão.
A transição de um modelo analógico de transmissão terrestre de televisão para a era digital demanda vários estágios. O primeiro deles é a definição se o país irá se basear em algum padrão de Televisão Digital já existente ou irá desenvolver um padrão próprio.
No Brasil, esta escolha foi baseada entre três padrões existentes no mundo em funcionamento, como o ATSC (Advanced Television System Committee) - criado nos Estados Unidos, o DVB (Digital Video Broadcastimg) - europeu, ISDB (Integrated System Digital Broadcasting)- japonês, e ainda existia a dúvida se seria mais interessante a criação de um próprio padrão como já ocorrido no sistema de cores PAL-M (Phase Alternated Lines - Manufacturer). Como a criação de um novo padrão, apesar de ser conveniente, demandaria muito tempo para realizar pesquisas, testes e padronizações, então o governo brasileiro por fim adotou o modelo japonês (ISDB-Terrestrial).
Existem ainda grandes impactos a ser enfrentados, como a substituição de equipamentos analógicos por digitais nas redes de TV brasileiras a fim de empregar o modelo escolhido. Além disso, o principal agravante seria a substituição ou adaptação dos aparelhos receptores em todas as residências que queiram receber o sinal digital, onde quase a totalidade dos brasileiros tem acesso à TV analógica atualmente.
Mesmo com todas estas subversões, a convergência para a era digital ainda se torna interessante, pois esta nova maneira de comunicação em massa irá proporcionar uma integração maior entre os telespectadores e as redes de TV, além de possibilitar o acesso de qualquer informação a qualquer momento.
Justificativa
Com a implantação da Televisão Digital no Brasil, novas possibilidades no mercado de trabalho surgirão no setor de telecomunicações. Tendo em vista a alta demanda de profissionais nesta área durante a digitalização do sistema brasileiro de televisão, um estudo de implantação desse sistema apresenta grande importância para se ter uma visão do que será necessário para executar um projeto de digitalização de uma estação transmissora de TV. Outro aspecto importante em relação à TVD no Brasil, é que este é um assunto relativamente novo, então são poucos profissionais que apresentam conhecimento das normas já vigentes no país, tornando então interessante a abordagem dos conceitos envolvidos nestas normas.
Objetivos
O objetivo geral deste trabalho foi realizar um estudo sobre os diversos aspectos do padrão de Televisão Digital ISDB-T.
Foram ainda considerados os seguintes objetivos específicos:
Tutoriais
Este tutorial parte I mostra inicialmente a importância de se realizar pesquisas envolvendo o tema de Televisão Digital Terrestre Brasileira objetivando um modelo de implantação desta infra-estrutura em emissoras de TV que estão em operação no país, e a seguir aponta os modelos internacionais de televisão digital existentes e como eles estão distribuídos no mundo, além de apresentar um panorama de como cada um destes padrões codifica, formata, modula e transmite as informações audiovisuais e de interatividade.
O tutorial parte II irá mostrar inicialmente um estudo de caso de como o sistema brasileiro de televisão terrestre poderá ser implantado em uma emissora local. Aspectos como quais equipamentos serão necessários e quais testes deverão ser realizados permitirão efetuar a análise de viabilidade de implantação desta infra-estrutura. Finalmente irá apresentar a conclusão deste trabalho, além de oferecer contribuições para o desenvolvimento de novos trabalhos envolvendo o universo da TVD.
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