Seção: Tutoriais Infraestrutura
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A qualidade dos sistemas de aterramento depende basicamente do método de distribuição e especificação dos componentes eletro-eletrônicos utilizados e do tipo de solo onde a estação está localizada. São tantas as particularidades que devem ser levadas em conta, que há quem diga que o seu projeto é uma arte. Alguns desses aspectos estão relacionados a seguir:
O "Terra" ou Ponto Referência de Terra
Todo sistema elétrico ou eletrônico deve ser referenciado à terra. Este tipo de aterramento é chamado normalmente de terra. Neste caso, o ponto de terra providencia uma referencia comum para os circuitos dos sistemas presentes na estação telecom. Para estes pontos, a referência de terra deverá satisfazer aos requisitos funcionais estabelecidos pelo projeto elétrico da instalação, com valores estabelecidos por normas.
Existem situações em que partes dos sistemas eletrônicos devem ser independentes não requerendo interconexões com a terra; exceto os componentes que possam haver contato físico com as pessoas, que estes devem estar seguramente aterrados, não permitindo a presença de potenciais perigosos à segurança das pessoas.
O aterramento de neutralização de um sistema de pára-raios
O aterramento de um sistema de proteção contra descargas atmosféricas deve ter um tratamento diferenciado. Na realidade este terra deveria ser chamado de "sistema de neutralização de cargas", devido a natureza da eletricidade atmosférica e ao mecanismo das descargas atmosféricas.
Quando acontece a descarga elétrica (formação de um raio), toda a carga elétrica induzida pela nuvem de tempestade (na superfície da terra, nas estruturas das edificações, nos sistema elétricos e eletrônicos, e em tudo que estiver abaixo da nuvem), deverá se mover em direção ao ponto de contato da descarga, e a neutralização deverá ser processada em 20 microsegundos ou menos.
Desta forma, os sistemas elétrico, eletrônico, ou qualquer outra parte do local sob influência da nuvem, deverão ter um caminho de baixa resistência e baixa impedância em direção ao ponto de contato de uma descarga atmosférica. Desta forma, os requisitos de funcionamento de um aterramento de pára-raios não devem se restringir apenas nos baixos valores de resistência ôhmica (CC- Corrente Contínua), mas também no caminho de baixa impedância.
O aterramento de interface com o solo
A interface elétrica entre o sistema de aterramento e o solo é um dos elementos mais críticos para o estabelecimento de um bom aterramento.
A conexão terra é na realidade a interface entre o sistema de aterramento e toda a terra, e é por esta interface que é feito o contato elétrico entre ambos ("terra" e sistema de aterramento). Isto é, quanto menor a resistência ôhmica entre os componentes do sistema e o solo em volta, melhor, mais eficiente e seguro o aterramento será.
Estes sistemas normalmente necessitam também de um ponto de referência ao terra, uma capacidade de neutralização das cargas elétricas induzidas pelas nuvens de tempestade e uma interface de baixa impedância com a terra. A interligação dos diferentes aterramentos e condutores de descidas dos sistemas tem fundamental importância para a efetividade e segurança desejada.
Entretanto, alicerçadas na aleatoriedade de ocorrência de raios e nos períodos longos que podem ocorrer entre um evento e outro, muitas empresas prestadoras de serviços da área insistem em direcionar seus objetivos para alternativas de baixo custo e confiabilidade duvidosa.
Voltamos a afirmar, uma proteção efetiva não dispensa os requisitos fundamentais: materiais de qualidade e apropriados para o uso e em quantidade necessária a atender os conceitos da boa técnica e da evolução da tecnologia. Logicamente, os custos estão diretamente relacionados a estes parâmetros, ou seja, recebemos pelo que pagamos.
A seguir estão listadas algumas regras básica para o projeto de um sistema de aterramento:
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