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Redes Ópticas II: Estudo de Caso

 

O estudo de caso utiliza a fibra óptica plástica aplicada a redes de dados residenciais.

 

A ideia deste projeto e demonstrar de forma clara o funcionamento de uma rede de dados construída em um condomínio residencial que pretende fornecer internet banda larga a seus condôminos.

 

O Brasil possui regras e normas que devem ser respeitadas no que tange o compartilhamento de conexões de internet, para isso, considerou-se a resolução do artigo número 75 da lei Nº 9.472, de 16 de julho de 1997 a qual dispõe sobre a organização dos serviços de telecomunicações, a criação e funcionamento de um órgão regulador e outros aspectos institucionais. O artigo número 75 possui a seguinte redação “Independerá de concessão, permissão ou autorização a atividade de telecomunicações restrita aos limites de uma mesma edificação ou propriedade móvel ou imóvel, conforme dispuser a Agência”. (ANATEL, 1997)

 

Vale ressaltar que o presente estudo apresenta como solução uma realidade ainda restrita a poucos brasileiros e, apesar dos dados e valores utilizados nesse estudo serem reais a implementação das tecnologias ópticas para transmissão do sinal na chamada “última milha” ainda é tímida e concentrada em algumas cidades da região sudeste do Brasil. (REIS, 2015)

 

O estudo foi realizado em um edifício fictício de 6 andares com 4 apartamentos por andar totalizando 24 pontos de acesso que utilizam o mesmo sinal oferecido pela operadora. Diferentes configurações de agrupamentos de residências podem ser utilizadas, sendo necessário pequenas adequações no projeto para sua implementação.

 

Para este estudo, é considerado a distribuição de um sinal proveniente de uma rede GPON e, apesar da tecnologia trabalhar com uma velocidade de downlink de 2,488Gbps (OLIVEIRA, 2014a), considerou-se a maior velocidade comercialmente disponível para assinantes residenciais no Brasil como descrito na Tabela 5 – Comparativo de soluções de redes residenciais disponíveis do tutorial parte I.

 

Considerando que todos os usuários do prédio utilizam a mesma operador a, o aumento do número de usuários compartilhando a mesma conexão em uma rede POF fazendo com que a velocidade de conexão seja dividida entre os usuários, desde que o Switch (comutador) utilizado para a divisão do sinal não possua a função de gerenciamento de banda ativo na rede.

 

O link GPON utilizado possui uma taxa de downlink de 1Gbps que, terá sua capacidade alocada entre 24 usuários, resultando em um downlink de 41,7Mbps (OLIVEIRA, 2014a) para cada ponto de acesso como pode ser visto na equação 1.

 

(1)

 

 

O prédio considerado neste estudo de caso, como a maioria dos prédios modernos, já possui dutos específicos para a que seja feita a distribuição de cabeamento de telecomunicações, porém, pode-se também realizar a instalação e dimensionamento da rede de fibra plástica em um prédio sem dutos dedicados para telecomunicações.

 

Os equipamentos considerados para a rede descrita no estudo são exemplificados nas Figuras 12, 13 e 14.

 

A Figura 12 mostra o Switch Óptico com 24 portas Optolock POF e 2 portas RJ45 que irá realizar a divisão do sinal vindo proveniente da ONT para cada apartamento do edifício até o conversor de mídia.

 

Figura 12: Switch POF 24 entradas

Fonte: (“PSW Series 24 Port Switch - DataSheet”, 2014)

 

A Figura 13 exemplifica o cabo de fibra que será utilizado no projeto, suas especificações podem ser encontradas na.

 

Figura 13: Cabo POF

Fonte: https://www.wut.de/kpics/e-81100-11-piww-000.png

 

A Figura 14 exemplifica o conversor de mídia modelo OMC100UP-220 compatível com o padrão IEEE 802.3 Ethernet e IEEE 802.3u Fast Ethernet, que será instalado em cada apartamento para conversão do sinal óptico para sinal elétrico.

 

Figura 14: Conversor de mídia

Fonte: (HOMEFIBRE DIGITAL NETWORK GMBH, 2016)

 

Para que fosse calculado o balanço de potência considerou-se que cada andar possui um pé direito de 3,0m e 0,3m de distância entre andares como pode ser observado na Figura 15.

 

Figura 15: Esquema de vista frontal do prédio

Fonte: (Próprio autor, 2016)

 

Também para efeito de cálculo, considerou-se as seguintes distâncias entre a caixa de distribuição POF, aqui chamada de C.POF e o ponto 01, 02, 03 e 04 com 0,60m, 2,00m, 3,40m e 4,00m de distância respectivamente, como exemplificado Figura 16 que ilustra a planta baixa de um dos andares do edifício.

 

Figura 16: Planta baixa de um dos andares do edifício

Fonte: (Próprio autor, 2016)

 

A Figura 17 ilustra o ramal de entrada do link de fibra GPON proveniente da rede externa, ou seja, proveniente da operadora de telecom.

 

Figura 17: Vista frontal da caixa de entrada do FTTB

Fonte: (Próprio autor, 2016)

 

A Figura 18 exemplifica a vista frontal da caixa de distribuição da fibra óptica plástica. Como explicado anteriormente o Switch óptico será alimentado pelo sinal proveniente da operadora e então distribuirá o sinal por meio dos eletrodutos 01, 02, 03 e 04, exemplificados nas Figuras 16 e18.

 

Figura 18: Vista frontal da caixa de distribuição POF

Fonte: (Próprio autor, 2016)