Seção: Tutoriais Telefonia Fixa

 

Guia de Sinalização: Tronco E1

 

 

A conexão a Centrais públicas da Rede Brasileira de Telefonia é feita através de troncos E1 como exemplificado na figura acima.

A Interface para um Tronco E1 é um conjunto de dois cabos coaxiais [metálicos ou ópticos], um para transmissão [TX] e outro para recepção [RX], por onde passam 30 canais de voz digitalizados [01 a 15 e 17 a 31] e 1 canal de sinalização telefônica [16].

A sinalização telefônica através de um tronco E1 pode ocorrer em duas formas básicas:

  • Canal Associado
  • Canal Comum

Destas formas, a mais encontrada ainda é a Sinalização por Canal Associado.

 

Sinalização por Canal Associado

 

Esta sinalização está sempre associada fisicamente aos canais telefônicos que correm pelo respectivo tronco E1. É praticamente a mesma velha sinalização dos troncos analógicos a 6 fios [TX, RX, E/M].

Fazem parte desta Sinalização os protocolos de:

  • Sinalização de Linha [E/M], que segue pelo canal 16,
  • Sinalização de Registradores [MFC] que segue pelos canais de voz respectivos.

Sinalização de Linha


Esta é a sinalização de estado da linha telefônica, correspondente à sinalização E/M [Ear/Mouth], também designada pela sigla R2.

 

Pode ocorrer na forma E/M Contínua [R2 analógico], E/M Pulsada ou R2 Digital.

 

No Brasil especifica-se esta sinalização no documento SDT 210.110.703 - Especificação de sinalização de linha para a rede nacional de telefonia

 

Sinalização entre Registradores

 

Esta sinalização transporta as informações de comutação da chamada telefônica [números telefônicos envolvidos, categoria, etc.].

 

Ocorre na forma analógica, por duplas de tons de áudio [como o DTMF de discagem por tons] com freqüências e durações especiais.

 

Este tipo de sinalização é conhecido pela sigla MFC [Multi Freqüência Compelida].

A duração das duplas de tons de cada sinal é variável, pois dado que é compelida um sinal emitido dura [por TX] até a chegada do sinal de resposta respectivo [por RX].

No Brasil a forma mais utilizada é a MFC Variante 5C.

No Brasil especifica-se esta sinalização no documento SDT 210.110.702 - Especificação de sinalização entre registradores para a rede nacional de telefonia via terrestre.

Os protocolos da sinalização estão explicitados no documento SDT 210.110.706 - Protocolos de sinalização entre registradores para a rede nacional de telefonia.

 

Sinalização por Canal Comum

 

Esta é uma forma moderna de sinalização telefônica e não mais está associada fisicamente aos troncos pelos quais a voz trafega.

Usa-se um dado canal de um dado tronco E1, como um canal de dados de 64 Kbps, e por ele trafega-se toda a sinalização telefônica numa forma totalmente digital e estruturada, correspondente a uma grande quantidade [milhares] de canais de voz de vários troncos E1.

O protocolo atual deste tipo de sinalização é o de número 7, sigla SCC7, para Sinalização por Canal Comum número Sete.

 

Esta sinalização consiste de uma Parte de Transferência de Mensagens [MTP] e várias Partes de Usuário [UP].

 

A Parte deste protocolo que é usada para o Usuário de Telefonia é o de sigla TUP.

 

A Parte mais genérica, que inclui Serviços Integrados [RDSI], é a de sigla ISUP.

No Brasil, a Parte mais utilizada da SCC7 é a TUP ou BR-TUP.

 

No Brasil especifica-se esta sinalização [Versão Nacional] nos documentos, entre outros:

  • SDT 220.250.715 [Especificações de Sinalização por canal Comum], SDT 210.110.724 [Requisitos mínimos do subsistema de Usuário para Telefonia do Sistema de Sinalização por Canal Comum CPA-T, TUP (ITU-T Versão Nacional) para a rede nacional de telefonia],
  • SDT 220.250.732 [Subsistema de Usuário RDSI - ISUP do Sistema de sinalização por Canal Comum nº 7],
  • SDT 220.250.735 [Subsistema de - MTP] e
  • SDT 220.500.711 [Requisitos mínimos do subsistema de Transferência de Mensagens do Sistema de Sinalização por Canal Comum MTP (ITU-T Versão Nacional) para a rede nacional de telecomunicações].

Quadros Sintéticos das Sinalizações

 

Apresenta-se a seguir quadros que sintetizam as sinalizações telefônicas encontradas em entroncamentos E1 da planta brasileira de telefonia pública para sinalização por Canal Associado e por Canal Comum.