Seção: Tutoriais
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Após realização dos cenários e testes envolvidos tem-se um quadro comparativo o qual mostra as vantagens e desvantagens de cada solução, podendo assim ser usado como base no processo de decisão de desenho e configuração de um projeto indoor.
Os dados encontrados mostram que com melhores níveis de cobertura e de interferência, têm-se melhores taxas de transferência de DL e UL. Isto deixa clara a importância de se ter projetos dedicados indoor em localidades com alto potencial de tráfego, pois sem uma cobertura dedicada os valores de taxa de transferência de DL e UL não atingem aos valores teóricos máximos, ou seja, tendo capacidade de rede reduzida e não garantindo aos clientes uma boa experiência de uso da tecnologia LTE.
A solução do cenário um, MIMO com piloto LTE padrão (18,2 dBm), apresentou os melhores resultados de cobertura e níveis de interferência sendo assim indicada para caso onde uma cobertura Premium é desejada, como por exemplo, para um grande cliente corporativo.
O cenário de uso SISO não apresentou desempenho de RSRP e SINR tão bons quanto a MIMO, mas ainda dentro de níveis considerados bons para um ambiente LTE indoor, sendo então indicado para cenários de médio e pequeno fluxo de pessoas e consequentemente tráfego reduzido.
Num sistema com menor tráfego ter-se-ia uma menor quantidade de interferência no sistema, pois teríamos menos usuários conectados no mesmo, gerando assim uma menor quantidade de interferência, fazendo com que cada usuário que esteja nesta rede possa fazer uso de maiores taxas de pico mesmo tratando-se de um sistema SISO.
A cada usuário adicional na rede, tem-se um acréscimo de interferência que depende da potência utilizada por cada um deles, ou seja, num sistema com menor quantidade de usuários temos uma condição de interferência menor e consequentemente obtém-se taxas maiores [1].
Com relação aos testes das taxas de transferência de DL, os cenários apresentaram taxas de pico fora do esperado, assim foi aberta investigação para verificação do problema sendo constatado se tratar de uma limitação de tráfego de download do servidor utilizado para os testes. Foi sugerida a área responsável pelo servidor fazer upgrade do mesmo, de modo que os próximos testes possam refletir o cenário esperado como uma maior taxa de pico de DL.
A solução MIMO apresentou em média um desempenho de taxa de DL de pico 40% melhor que a solução SISO, nas taxas médias a diferença foi de 31% a favor do MIMO. No caso dos testes de taxa de UL o desempenho de pico da solução MIMO foi até 9% melhor que a solução SISO, para as taxas médias a diferença foi de 40% em favor do MIMO, mostrando assim o ganho de capacidade que a técnica MIMO traz a rede celular.
As taxas de pico DL (40%) e UL(9%) quando comparadas mostram uma grande diferença entre as soluções MIMO e SISO mostrando assim uma melhor experiência para o usuário da rede com MIMO no DL em relação ao da rede SISO no DL, para o UL esta experiência de taxa de pico foi muito semelhante entre as duas soluções.
Nos ganhos de taxas média de DL e UL, a relação praticamente se manteve, mostrando assim que tem-se um incremento de capacidade similar no DL e UL uma vez que o ganho de 40% se mantém estável durante a média das amostragens.
A figura 26 mostra os dados gerais medidos nos testes, dentro do quais temos o PING que nas soluções e em cenários de cobertura diferentes, os quais mostraram que a influência do uso ou não de diversidade de Tx/Rx, afeta pouco este indicador de qualidade, isto dentro dos valores de cobertura testados. Na teoria, poderia haver uma variação nesta medida de latência da rede uma vez que em condições de cobertura ruins há probabilidade de aumento de retransmissões devido perda de pacotes.
Figura 26: Quadro comparativo das medições de cada cenário testado
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