Seção: Tutoriais Banda Larga

 

Tecnologia PLC II: Estudo Mercadológico

 

Entendendo Melhor o Histórico

 

Em 25 de agosto de 2009, os diretores da Aneel aprovaram o regulamento sobre comunicação de dados por meio da rede elétrica (PLC).

 

Em essência, as distribuidoras de energia elétrica podem usar PLC para o consumo próprio, mas não podem usar PLC para vender serviços de telecom. Elas podem, contudo, alugar a rede elétrica para empresas de telecom – sempre depois de licitação, ou seja, a operadora que oferecer o maior aluguel ganha o direito de vender serviços PLC. As distribuidoras devem pôr o contrato com as operadoras á disposição da Aneel, para facilitar a fiscalização. E, se for necessário reformar a rede de energia elétrica para que os serviços PLC funcionem, o custo da reforma fica a cargo da operadora de telecom.

 

A reunião do dia 25 foi a segunda, pois no dia 18 de agosto de 2009, os diretores da Aneel já haviam se reunido com o mesmo propósito: aprovar o regulamento. Mas um funcionário da Eletropaulo se opôs a uma das características do regulamento: a distribuidora deve aplicar 90% do aluguel para reduzir o custo de energia elétrica, e 10% para qualquer outra. Na ocasião, dois diretores da Aneel deram razão ao funcionário da Eletropaulo. Então Joísa Campanher Dutra, diretora da Aneel, retirou o regulamento da pauta, e os diretores trataram de outros assuntos. E sete dias depois o regulamento voltou á pauta sem nenhuma alteração, e foi aprovado sem nenhuma reclamação.

 

Notícias Recentes

 

Várias tecnologias disputam hegemonia das redes elétricas inteligentes em um mercado que deve movimentar US$ 200 bilhões até 2015 (dados da empresa Pike Research).

 

O Brasil é considerado um mercado-alvo por especialistas e empresas interessadas em explorar os negócios gerados pela tecnologia de transmissão de dados pela rede elétrica. Porém o problema é a adoção do conceito de redes elétricas inteligentes (smart grids), conforme informações do presidente da Associação de Empresas Proprietárias de Infraestrutura e de Sistemas Privados de Telecomunicações (APTEL) o senhor Pedro Jatobá.

 

Em 18 de outubro de 2010 o IEEE anunciou a retificação do padrão IEEE 1901. O IEEE considera que o novo padrão PLC será importante para impulsionar a tecnologia a uma grande variedade de aplicações, incluindo smart energy, transportes e LANS tanto para residências e empresas.

 

Produtos para redes totalmente de acordo com a IEEE 1901 poderão fornecer taxas que excedem os 500 Mbit/s em redes LAN. Em aplicações para first-mile/last-mile, compatíveis com o IEEE 1901, poderão alcançar distâncias de até 1500m. A tecnologia empregada pela IEEE 1901 usa técnicas de modulação sofisticada, para transmitir dados sobre a corrente alternada padrão de qualquer voltagem na transmissão em frequências abaixo de 100 MHz.

 

A organização de padrões observa que a IEEE 1901 foi reconhecida como o padrão que habilitará a universalização das comunicações em aplicações smart grid. No entanto, o IEEE fará esforços para promover esta tecnologia também em outras aplicações.

 

No setor de transporte, por exemplo, a variedade de padrões de taxas de transmissão tornará possível a entrega de entretenimento em áudio ou vídeo para os assentos dos aviões, trens, e outros transportes de massa. Veículos elétricos podem baixar listas de reprodução de áudio ou vídeo enquanto recarrega as baterias à noite, de acordo com o IEEE.

 

Nas residências, o PLC irá completar as redes wireless provendo pontos de acesso nas paredes e onde ela não pode alcançar. O PLC irá complementar redes wireless em hotéis e outros prédios com vários andares levando dados multimídia a maiores distâncias e permitindo as redes wireless completarem a comunicação próxima do usuário.

 

Desafios do Mercado: Custos

 

Reduzir os custos é o desafio para a popularização da tecnologia PLC, a interoperabilidade pretendida vai definir as possibilidades de todo um segmento industrial, ainda incipiente na maioria dos países. Todos seguindo os padrões do IEEE 1901 não haverá mais as variedades de padrões que foi uma barreira para a universalização dos dispositivos. Na política tecnológica, pelo menos mais quatro padrões disputam a hegemonia da transmissão de dados pela rede elétrica:

  • Aliança High-Definition Power Line Communication (HD-PLC);
  • Home Plug Powerline Alliance (HPA);
  • Universal Powerline Association (UPA);
  • Européia Open PLC Research Alliance (Opera).

 

Para o Brasil, o argumento para a adoção mais intensiva da rede elétrica como meio de comunicação é seus 98% de capilaridade, superior aos 52% da rede de telefonia e aos 10% das redes ópticas. Projetos como os de Barreirinhas, interior do Maranhão, interligando escolas, posto de saúde, prefeitura e centro de artesanato pela fiação elétrica existente, mostram que é possível realizar a utopia e promover a inclusão digital a custos mais reduzidos.

 

Projetos Pilotos em Território Brasileiro

 

Atualmente, a comunicação de dados em alta velocidade através da rede elétrica vem, a cada dia, ganhando mais atenção, apesar de estarmos vivenciando o ápice do desenvolvimento das comunicações digitais via fibra ótica. A grande abrangência e capilaridade da estrutura já existente da rede elétrica, o alto custo de acesso a serviços agregados de telecomunicações (internet de banda larga, vídeo conferência, etc.) e a automação industrial são alguns dos fatores que impulsionam o desenvolvimento de aplicações para a tecnologia PLC de banda larga.

 

No Brasil como apenas 5% dos brasileiros acessam a rede de dados, sendo que destes somente 3,5% o faz dos seus domicílios, o primeiro alvo dos desenvolvedores de equipamentos PLC de banda larga é o público residencial, todavia o mercado corporativo também apresenta seu potencial de rentabilidade.

 

A tecnologia PLC pode ser a solução ideal para levar a internet e a telefonia para qualquer casa com uma conexão elétrica. É uma solução de acesso popular, que consome apenas 9 watts de energia e poderá suprir a falta de um meio de transmissão de dados de baixo custo, um dos grandes empecilhos que ainda existem para a ampla disseminação do acesso à rede para o público em geral.

 

A topologia da rede elétrica no Brasil atinge 93% da população do país, mas apresenta alguns fatores que podem comprometer a implementação da tecnologia, por exemplo, a rede elétrica não é subterrânea, assim sendo, alguns equipamentos atingem temperaturas de até 50 graus, prejudicando a qualidade dos serviços. As oscilações da rede elétrica, à medida que luzes ou aparelhos conectados à rede são ligados ou desligados também são fatores negativos, pois características como impedância, atenuação e resposta de frequência podem variar drasticamente de um momento para o outro. Há também a questão comercial que esbarra na falta de escala industrial e a questão da própria rede, que capacita cerca de 60 a 70 domicílios em cada transformador, enquanto os transformadores das redes europeias conectam até 250 residências. Apesar destes fatores a expectativa é de que a internet via rede elétrica se torne realidade para os usuários nos próximos anos e seja mais uma opção além dos pares de cobre, satélites, cabos coaxiais e sistemas wireless.

 

Empresas como CEMIG de Minas Gerais, COPEL do Paraná, a ELETROPAULO de São Paulo e a LIGHT do Rio de Janeiro, já implantaram projetos-piloto para avaliar a viabilidade da tecnologia PLC através de suas redes. Mesmo com a promessa de acesso em banda larga e automação da leitura do consumo de energia (telemetria), sem falar da aparente facilidade de instalação, as empresas enfrentam um grande desafio para que o mercado acredite na nova tecnologia, pois os benefícios são tão poderosos quanto os empecilhos.

 

Projeto Copel

 

Pioneira nesse experimento no país, a COPEL (Companhia Paranaense de Energia Elétrica) anunciou em abril de 2001 que instalaria a PLC em 50 domicílios selecionados na região de Curitiba, que já tinham computadores instalados, de modo que comparações pudessem ser feitas.

 

O contrato foi assinado na Alemanha, em 2001, época em que a empresa alemã RWE Plus apresentou sua linha de produtos RWEPowerNet, que conseguiam taxas de até 2 Mbit/s.

 

A COPEL investiu cerca de 1 milhão de dólares neste projeto e os resultados foram satisfatórios em conexões de curta distância – em torno de 300 metros entre a fonte de sinal e o receptor – alcançando taxas de transferências de até 1,7 Mbit/s.

 

Projeto Cemig

 

A CEMIG (Companhia Elétrica de Minas Gerais) foi à segunda distribuidora a anunciar um experimento semelhante em dezembro de 2001, na cidade de Belo Horizonte, utilizando a tecnologia da empresa ASCOM. A responsável pela infra-estrutura é a INFOVIAS, uma joint venture entre CEMIG e AES, que opera redes ópticas em Minas Gerais. A Internet chega ao usuário trafegando pela rede óptica da INFOVIAS e a CEMIG oferece a última milha pela rede elétrica, do poste à residência.

 

Os investimentos para o projeto chegaram a R$ 200 mil, e hoje ele funciona em 50 pontos da capital mineira, sendo 15 em um condomínio residencial, 20 em uma entidade de ensino profissionalizante para alunos carentes, e outros 15 pontos em um prédio de construção antiga em um bairro. O canal de acesso utilizado também é de 2 Mbit/s compartilhado.

 

A idéia de CEMIG de oferecer acesso à internet como valor agregado nasceu da necessidade de implantar telemetria de consumo e controle de carga em tempo real na rede de Belo Horizonte, que serão explorados comercialmente assim que a ANATEL definir uma regulamentação para o setor.

 

Projeto Eletropaulo

 

Em 2002, a concessionária de energia elétrica ELETROPAULO também iniciou testes práticos de viabilidade da tecnologia PLC na região metropolitana e no interior do estado de São Paulo. A empresa deve seguir os mesmos moldes do projeto da CEMIG, o projeto de oferta da PLC em alta velocidade segue a estratégia do grupo norte-americano AES, conglomerado de geração e distribuição de energia, que detém ações de ambas as distribuidoras de energia.

 

Projeto Light

 

Desde o ano passado a LIGHT começou a testar na cidade a internet através da rede elétrica. O projeto piloto está ocorrendo em oito edifícios, quatro residenciais e quatro comerciais, no Centro, na Zona Sul (Copacabana e Ipanema) e na Barra da Tijuca.

 

Este projeto trabalha em parceria com três grandes empresas da área de PLC. São elas, a ASCOM, MAIN.NET e DS2. Os modems da ASCOM e MAIN.NET, mais voltados para internet residencial, alcançam velocidades de até 4,5 Mbit/s. Já os modems DS2, podem chegar até 45 Mbit/s.

 

Neste projeto foram instalados 6 equipamentos concentradores para configurar 6 redes PLC com topologia LAN às quais foram interligados 10 clientes/assinantes em cada, totalizando 60 clientes/assinantes. Em cada rede PLC, foi conectado um circuito dedicado para provisionamento do acesso à internet através de um ISP. O gerenciamento da rede foi realizado por um centro instalado nas dependências da LIGHT. O objetivo da rede de gerência foi prover os serviços de operação, manutenção e provisionamento de conexão dos assinantes do sistema PLC ao acesso Internet.

 

Figura 1: Diagrama do projeto experimental da LIGHT para rede PLC

Fonte: BPL - Estudo da funcionalidade dos equipamentos BPL em redes elétricas de médias tensões

em frequências HF - www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialbpl2/pagina_3.asp

 

Projeto Cepel

 

Em experiências realizadas pelo CEPEL (Centro de Pesquisas da Eletrobrás) em 2001, utilizando equipamentos da empresa suíça ASCOM Powerline Communications, avaliou-se as redes internas de uma residência quanto às limitações do sistema.

 

Junto à entrada de energia da residência, após o medidor de consumo, foi instalada uma unidade concentradora, a qual tem o papel de interligar a rede elétrica interna com o backbone de dados fornecido pela provedora de acesso, podendo ser fibra óptica, TV a cabo ou ADSL. A partir deste ponto, o sinal é então recebido em diferentes pontos da residência por múltiplas unidades receptoras. Os equipamentos testados operaram com frequências de 19 MHz a 21 MHz e atingiram a taxa de transmissão de 1,25 Mbit/s, utilizando protocolo FTP. Segundo o fabricante, em condições ideais, o sistema pode oferecer taxas maiores que 3 Mbit/s. O grande desafio está em desenvolver equipamentos que operem com taxas de transmissão acima de 10 Mbit/s, como nas redes ethernet. Mesmo com equipamentos sofisticados, as limitações físicas da rede elétrica nacional ainda não nos permitiram esta façanha.

 

Em se tratando da rede de baixa tensão aérea, estudos também realizados pelo CEPEL verificaram que as frequências entre 0,2kHz e 2 KHz apresentam melhor condição de propagação. Frequências acima de 100 KHz são fortemente atenuadas pela distância e pela inserção de cargas na rede. Para verificar de foram prática, um equipamento concentrador foi montado, na rede de baixa tensão, logo após o transformador enquanto outros dois equipamentos receptores foram instalados a 30m e 150m de distância do ponto inicial. Depois de realizadas as medições no sistema em funcionamento, concluiu-se:

 

O sistema ensaiado é sensível às variações de carregamento da rede, desaconselhando a utilização do sistema para aplicações em tempo real em determinados horários;

 

A comunicação entre pontos distantes é fortemente prejudicada pela atenuação dos sinais, indicando a necessidade de unidades repetidoras que ocasionariam uma sensível redução na taxa efetiva de transmissão;

 

O sistema encontra uma dificuldade prática que é o fato da iluminação pública estar diretamente ligada à rede de distribuição e em grande parte dos casos, utiliza- se capacitores para correção do fator de potência dos conjuntos lâmpada-reator.

 

A atenuação dos sinais se agrava com o aumento da frequência se forem considerados os fenômenos de perda por irradiação que ocorre quando o comprimento de onda do sinal de frequência mais baixa se torna comparável às dimensões do afastamento entre os condutores.

 

Projeto Barreirinhas

 

Em 2007, os moradores da cidade maranhense de Barreirinhas tiveram a oportunidade de se conectar gratuitamente à internet através da banda larga, em 150 pontos entre escolas, postos de saúde, órgãos públicos, residências e pequenas empresas, dentro do projeto "Vila Digital" promovido entre o Ministério das Comunicações e associações de empresas.

 

O projeto experimental custou cerca de 1,2 milhão de reais e teve a duração de dois anos. O ministério participa do projeto como cooperador técnico, por meio do programa Gesac (Governo Eletrônico Serviço de Atendimento ao Cidadão), segundo comunicado distribuído à imprensa.

 

A iniciativa faz parte da estratégia da pasta de diversificar as tecnologias usadas no Gesac. Hoje, os 3,4 mil pontos do programa usam satélite, uma tecnologia mais cara que opções como ADSL, PLC ou WiMax. Atualmente, a fornecedora de infra-estrutura dos 3,4 mil pontos é a Comsat, cujo controle deverá ser adquirido pela BT.

 

Também integram o projeto das vilas digitais a Eletrobrás (Centrais Elétricas Brasileiras), Eletronorte (Centrais Elétricas do Norte do Brasil), Cemar (Companhia Energética do Maranhão), a Prefeitura de Barreirinhas e a Aptel (Associação de Empresas Proprietárias de Infra-estrutura e Sistema Privados de Telecomunicações).

 

Como quase 100% dos cabos de energia elétrica atingem as casas de Barreirinhas, o governo usou a tecnologia PLC (Power Line Communication) na versão mais recente, onde a velocidade de tráfego pode atingir 200 Mbit/s. "A velocidade é 20 vezes maior quando foram feitos os primeiros testes”, em 2004, afirma o presidente da Aptel, Pedro Luiz Jatobá, que coordena o projeto.

 

Barreirinhas foi escolhida porque tem um dos mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do País, classificada na 5.287ª posição entre os municípios brasileiros. Com 40 mil habitantes, a cidade é a porta de entrada do Parque dos Lençóis Maranhenses, e tem um grande movimento de turistas, mas pouca infra-estrutura, de acordo com o ministério.

 

Introdução a uma Política de Marketing

 

Este item apresenta o estudo mercadológico de uma nova tecnologia como diferencial estratégico de evolução, crescimento e lucratividade. São tratados contexto sociológicos, estratégicos e a disponibilidade de novos recursos tecnológicos que suprem necessidades distintas de formas distintas.

 

Iremos analisar as prováveis possibilidades, aplicações e aceitação de uma tecnologia no mercado nacional. Abordando os seguintes aspectos:

  • Identificar as necessidades e os desejos dos consumidores
  • Identificar as oportunidades e ameaças com a adaptação e implantação de uma nova tecnologia no setor elétrico e de comunicação no Brasil.
  • Comprovar a viabilidade mercadológica da tecnologia PLC.

 

A tecnologia abordada neste trabalho apresenta um diferencial tecnológico que abre diferentes possibilidades para o setor de distribuição energia elétrica.

 

As empresas dos seguimento tem a possibilidade de agregar valor ao seu negócio e passar a oferecer à sociedade serviços ainda não oferecidos, como a transmissão de dados e voz. Isso pode trazer uma grande impacto melhorando a informação a população assim aumentando a lucratividade. As empresas de telefonia fixa, TV a cabo, Internet, dentre outros.

 

Inclusão digital possibilita a criação de alternativas para se levar o acesso indiscriminado à informação a todas as camadas sociais. Este processo leva à diminuição das diferenças sociais, democratizando o conhecimento, modifica e abre novas oportunidades à sociedade e pode propiciar desenvolvimento econômico e geração de riquezas para o país.

 

O estudo de viabilidade mercadológica PLC a ser implantada no mercado brasileiro, analisa-se esta tecnologia e seus serviços correlatos ofertados, como um estudo de marketing. Esse estudo deve levar em consideração o ambiente tecnológico, as necessidades e desejos dos usuários compreendendo e satisfazendo suas necessidades. Estão envolvidos com a implantação desta nova tecnologia. Empresa de distribuição de energia elétrica, envolvida com o consumidor final seguindo por seus fornecedores, parceiros e colaboradores e por fim os clientes.

 

Marketing para Tecnologia PLC

 

O foco desse item destina a examinar o modo de como as organizações atuam com a tecnologia de forma individual, planejam, executam e distribuem suas atividades para beneficiar seus clientes pontuais no âmbito local.

 

Adéqua-se as características da tecnologia PLC, a ter suas variáveis estudadas e analisadas.

 

Produto

 

A tecnologia PLC como produto ou serviço deve atender as necessidades de seus usuários, com seus benefícios e características únicas como, por exemplo, desempenho superior, maior disseminação e custos inferiores, o PLC deve ter suas necessidades supridas a fim de gerar fidelidade, continuidade e lucratividade para as empresas que a operem e desenvolvam o produto ou serviço.

 

Preço

 

O estabelecimento de uma política de preços é uma ferramenta estratégica decisiva na venda e na aceitação de um produto e tem grande importância na aceitação da tecnologia PLC. Preços deve ser decidido em relação ao mercado-alvo, sua percepção de valor, variedade de produtos e serviços e a concorrência a ser encontrada. O fator preço deve ser acompanhado de produtos e serviços a garantir a satisfação do requisito e as estratégias de implantação pelas empresas envolvidas devem ser objetivas e sem espaço para dúvidas e erros, que possam causar reprovação do cliente.

 

Promoção

 

Esse item deve ser um atrativo e uma forma de captar cliente despertando a curiosidade. Para isso se aproveita da publicidade, propaganda, marketing direto, relações públicas e promoção de vendas, de maneira que o público alvo possa associar as características do produto ou dos serviços às empresas relacionadas de maneira integrada.

 

Ponto de Venda

 

As empresas devem definir seus mercados-alvos e, em seguida, decidir como se posicionar nestes mercados. Tornar a tecnologia PLC acessível significa facilitar seus processos de adesão. Os usuários desejam qualidade, variedade, continuidade, conveniência e preços acessíveis.

 

A tecnologia e os artefatos e ferramentas envolvidas, devem ser moldados e desenvolvidos em prol dos usuários, seu conforto e satisfação. Os projetos destes artefatos devem partir do desejo e das necessidades deste consumidor e não em prol exclusivamente de um melhor projeto técnico. Um projeto tecnológico não tem missão, não tem porque existir, se o mesmo não tiver um objetivo a favor de seu uso e seu usuário, deve custar o que este consumidor pode pagar estar disponível onde ele está presente e esta informação deve estar a ele acessível quando o mesmo a necessitar, desenvolvendo um composto mercadológico integrado.

 

Deve-se identificar que necessidade a tecnologia PLC poderá vir a suprir em alta intensidade, que seja um diferencial, pelo acesso diferenciado a informação ou como um diferencial tecnológico a ser perseguido e procurado.

 

Relações das empresas com seu mercado e seu consumidor, aborda-se:

 

Análise

 

Utiliza análise com objetivo de identificar as forças vigentes no mercado e suas interações com os usuários potenciais. Uma vez que são pontos estratégicos que as empresas envolvidas no desenvolvimento da tecnologia PLC devem entender para desenvolver seu planejamento estratégico.

 

Adaptação

 

Um processo de adequação deve ser desenvolvido para as linhas de produtos ou serviços junto ao ambiente identificado através da análise. Isto permite uma apresentação ou configuração da tecnologia e serviços correlatos, como marca serviços ofertados e, ainda, da assistência e do atendimento ao cliente.

 

Ativação

 

Ativação é uma interação dos elementos mercadológicos envolvidos no desenvolvimento da tecnologia, leva em consideração elementos básicos, a logística, o esforço da venda, marketing adequado à realidade nacional, comunicação integrada (publicidade, propaganda, promoção e merchandising).

 

Avaliação

 

Este utiliza indicadores adequados à tecnologia proposta, tais como o nível de satisfação do usuário e o crescimento e a adoção da tecnologia PLC pelos usuários potenciais.

 

No caso das empresas envolvidas com a tecnologia PLC, a aplicação destes modelos é utilizada e gera parâmetros para a disponibilização dessa tecnologia no mercado, gerando indicativos para responder, questionamentos como:

  • Quais necessidades deverão ser supridas pela tecnologia PLC?
  • De que forma essas necessidades deverão ser supridas?
  • Quais clientes poderão ser alcançados pela tecnologia?

 

Comportamento do Consumidor de Novas Tecnologias

 

Ao entender as atividades físicas e mentais realizadas pelos clientes potenciais, bem como as decisões e ações de como comprar e utilizar a tecnologia em questão, as empresas passam a entender o comportamento dos consumidores.

 

Após esse entendimento os consumidores são diferenciados em dois grupos distintos: entusiastas e inovadores.

 

No primeiro grupo, os consumidores têm, em geral, um maior poder aquisitivo, conhecimento técnico e alta escolaridade e são ávidos por inovação. No segundo grupo, os consumidores apresentam um potencial de consumo não tão grande e absorvem as tecnologias paulatinamente com a evolução da mesma.

 

Planejamento Estratégico Mercadológico da Tecnologia PLC

 

O planejamento estratégico, uma atividade de escolha dos caminhos que a empresa deve trilhar para que se adquira maior garantia de que no futuro atinja uma condição desejável é fator preponderante para o sucesso de implantação de uma tecnologia, assim como a criação de um modelo de negócios, com metas definidas e resultados que almeja atingir e manter, cumprir sua missão com a relação aos clientes, funcionários, parceiros e investidores.

 

No caso da tecnologia PLC e seu impacto estratégico nas concessionárias de distribuição de energia elétrica no Brasil, o planejamento estratégico é responsável pelo equacionamento de diversas questões acerca do potencial da tecnologia.

 

Questionamentos estratégicos deverão estar respondidos quando a tecnologia PLC estiver cumprindo as necessidades propostas. Este fato possibilitará o aumento de seu mercado em relação às tecnologias pré-existentes e a manutenção de sua base de consumidores, provendo a disseminação da informação para fins de entretenimento, comércio ou governo.

 

Deve-se desenvolver uma correta análise estratégica e que permita identificar e aprimorar diversos fatores, dentre os quais:

  • Desenvolver competências no nível tecnológico dentro das empresas envolvidas na busca da identificação de deficiências e da aplicação da tecnologia.
  • Permitir a criação de alianças estratégicas, que visam identificar parcerias com o desenvolvedores, fabricantes, e prestadores de serviços.
  • Acompanhar de perto os avanços técnicos seja em atendimento e conforto do usuário.

 

John Naisbitt coloca: “A nova fonte de poder não é o dinheiro nas mãos de poucos, mas informação nas mãos de muitos”.

 

Inclusão Digital

 

O tema Inclusão Digital não envolve somente acesso a informação e posse de um artefato informacional como um computador. Os fatores geradores de exclusão digital vão além dos fatores tecnológicos, como a exclusão social, a fome, a miséria, o isolamento, o analfabetismo e o preconceito.

 

Tecnologia alguma soluciona estes problemas isoladamente e de forma instantânea. O proposto pela tecnologia PLC e conforme constatado no trabalho é a contribuição em um dos fatores que levam a Inclusão Digital - o acesso a informação. Este, devido à utilização da rede de distribuição elétrica (que chega a mais de 95% da população brasileira), possibilita uma oportunidade impar de democratização de acesso e de conhecimento aos esquecidos e exclusos.

 

Como resultado, vislumbra a proposta de modelo de Inclusão Digital na aplicação da tecnologia PLC, embasada nos seguintes aspectos:

    • Ter como ponto de partida a visão de mercado potencial para sua implantação;
    • Realizar investimentos em parcerias entre os setores públicos e privados;
    • Prever ações sociais e assistencialistas com um amplo espectro de entidades sendo atendidas pelas tecnologias – escolas, universidades, estabelecimentos assistenciais de saúde, estabelecimentos governamentais, espaços públicos democratizados, dentre outros;
    • Disseminar o uso empresarial da tecnologia, com diferenciais de acesso, segurança, velocidade e custos compatíveis.