Seção: Tutoriais

 

Cidades Inteligentes: Aderência às Melhores Práticas

 

Como se percebe, há uma oportunidade imensa de serem utilizadas todas as áreas de conhecimento do gerenciamento em projetos de cidades inteligentes. Aliás, o planejamento e a implantação delas se constituem num programa, uma miríade de projetos em variadas frentes, cada qual com seus requisitos e particularidades.

 

Nessa estratégica sequência de planejamento, o desafio de se traçar um escopo reside essencialmente na previsão de todas e quaisquer atividades que aproximem pessoas e suas ideias da tecnologia. Essa deverá ser continuamente considerada como um instrumento que dê voz e força ao cidadão, aqui o cliente principal. Os indivíduos são os stakeholders a serem engajados para que se configure um projeto de cidade inteligente.

 

É simples perceber que a solução dos problemas deles será o “entregável” mais valioso dessa empreitada. Não há, portanto, espaço para dar a esse principal cliente muito mais do que o originalmente solicitado, o conhecido “dourar a pílula”, que se traduz como “gold plating” no linguajar do gerenciamento de projetos.

 

Portanto, deve-se ao claro objetivo descrito como “resolver os problemas do cidadão” o fato de um projeto de cidade digital implicitamente oferecer oposição à politicagem e à burocratização, típicas de extensos e dispendiosos programas em que o poder público necessite ser envolvido. Nesse ínterim, o termo de abertura do projeto se consolida como um pacto de projetização urbana inteligente firmado entre os cidadãos e seus governantes.

 

Encabeçando o gerenciamento de riscos para um programa dessa magnitude, são prementes as ações que mitiguem ocorrências tais como potenciais crises de abastecimento de energia, água, saúde e governabilidade. Sem esse mínimo não será possível automatizar, analisar ou processar dados e, por conseguinte, gerir as cidades.

 

Por outro lado, há várias chances de estimular riscos positivos - ou oportunidades - e exemplos disso seriam:

  • Recuperação de nascentes de água para o abastecimento.
  • Geração de energia por fontes renováveis.
  • Incentivo a:
    • Meios de transporte sustentáveis.
    • Agricultura urbana.
    • Educação.

 

É amplo o espectro do planejamento dos riscos, haja vista a complexidade urbanística dos espaços, bem como a quantidade de processos criativamente coletivos, produção intelectual comunitária e trocas de conhecimento.

 

Afinal, é exatamente essa “inteligência coletiva” o principal combustível das cidades inteligentes que estão sendo planejadas e construídas ao redor do globo, para as quais cerca de quinhentos bilhões de dólares estão previstos até o ano de 2020.