Seção: Tutoriais Infraestrutura

 

Sistema de Controle II: Montagem e Teste do Sistema

 

Montagem Final do Sistema

 

Cada componente foi soldado na placa utilizando um ferro de soldar de 60watts de potência. Para não danificar os CI's MT8870DE e o ATmega168, incluímos no projeto um socket para cada CI desta forma além de não danificarmos na soldagem, permite a posterior retirada para reprogramação no caso no CI ATmega168. Na figura 9 temos a placa finalizada com todos os componentes.

 

Para proteger a placa, colocamos dentro de uma caixa de plástico comumente chamada de caixa patola, muito usada para desenvolvimento de protótipos. Podemos notar na figura 10 que a caixa utilizada é um muito maior que a placa, com isto temos a sobra de espaço suficiente para colocarmos um aparelho de telefone celular usado.

 

Para a conexão com o cabo de multi-vias, preferimos a instalação de um conector do tipo DB9, devido a sua grande resistência mecânica, acoplado apenas na caixa e interligados com fios paralelos na placa, desta forma a placa não sofrerá com possíveis forças aplicadas ao conectar o cabo externo de multivias.

 

Figura 9: Placa pronta

 

 

Figura 10: Montagem final

 

Aplicação Prática

 

Foram feitos testes piloto na empresa MLS Wireless S/A, um provedor de acesso à internet banda larga e telefonia VoIP no estado do Rio de Janeiro. Com a autorização e acompanhamento do atual presidente Rogério Passy, foram feitos testes, com o dispositivo proposto neste projeto, em um ponto de retransmissão na Barra da Tijuca zona oeste do Rio de Janeiro, lugar mais afetado pela demora de recuperação de acesso pelo fato de ser distante da sede da empresa que fica no bairro de Botafogo zona sul do Rio de Janeiro.

 

Neste ponto de retransmissão mais conhecido internamente como POP foi instalado a régua em um bastidor ligando oito equipamentos, que são equipamentos de enlace de RF como o PowerBridge, NanoBridge e airFiber todos do fabricante UbiQUiTi. Também foram ligados um switch Cisco-SF300 e um modem óptico. Na figura 11 podemos visualizar a instalação no rack de 19” onde a caixa com o sistema proposto neste projeto encontra-se instalada acima da régua de oito tomadas.

 

Figura 11: Instalação POP-BARRA06

 

Custo do Projeto

 

As tabelas a seguir apresentam os custos do projeto:

 

ITEM

MATERIAL

QUANTIDADE

VALOR UNITÁRIO

1

Cristal 3.57MHZ

1

R$ 2,00

2

Cristal 16MHZ

1

R$ 3,00

3

Capacitor 100nF

2

R$ 0,10

4

Capacitor 22pF

2

R$ 0,10

5

CM8870CP

1

R$ 5,00

6

Atmega168

1

R$ 11,00

7

DC Power Jack 2mm

1

R$ 1,50

8

Conectores polarizados 3

1

R$ 1,00

9

Conectores polarizados 2

1

R$ 1,00

10

LED Vermelho

1

R$ 0,10

11

Optoacoplador 4N25

8

R$ 1,50

12

Resistor 100k

2

R$ 0,10

13

Resistor 1k

2

R$ 0,10

14

Botão push down

1

R$ 1,50

15

Trimpot 500k

1

R$ 1,00

16

USB Femea 90º

1

R$ 2,50

17

Conector barra de pinos fêmea 9

1

R$ 1,50

18

Conector barra de pinos macho 2x3

1

R$ 1,50

19

Socket 18 pinos

1

R$ 1,50

20

Socket 24 pinos

1

R$ 2,00

21

Placa de fibra de vidro 20x30 cm

1/9

R$ 30,00

TOTAL

 

32

R$ 52,23

Quadro 1: Custo de confecção por placa

 

 

ITEM

MATERIAL

QUANTIDADE

VALOR UNITÁRIO

1

Caixa patola

1

R$ 5,00

2

Conector DB9 macho

1

R$ 1,00

3

Relé 127VAC 5VDC

8

R$ 1,50

4

Diodo 1N4148

8

R$ 0,15

TOTAL

 

32

R$ 52,23

Quadro 2: Outros custos

 

 

ITEM

TIPO

UN.

QT.

UNITÁRIO

TOTAL

1

Custo Hh desenvolvimento

Hh

100

R$ 50,00

R$ 5000,00

2

Custo Hh implementação ~ 10 placas

Hh

5

R$ 10,00

R$ 50,00

3

Custo com ART

1

1

R$ 60,00

R$ 60,00

Quadro 3: Custos Hh e ART

 

Sustentabilidade

 

Você já conheceu alguém que precisava jogar fora um celular sem utilidade e não sabia onde descartar? Cerca de 40 milhões de toneladas de lixo eletrônico são gerados por ano no mundo. Entre os países emergentes, o Brasil é o país que mais gera lixo eletrônico.

 

Pesquisa da Fundação Santo André revela que 4.770 toneladas de celulares, incluindo baterias e carregadores, serão descartadas nos aterros sanitários do País neste ano. Em 2013, o montante deveria chegar a 7.500 toneladas [...].

 

De acordo com a engenheira ambiental Nathália de Carvalho Aiolfi, que realizou o estudo, em 2010 foram vendidos 48 milhões de aparelhos, com peso médio de 100 gramas no País. "A vida útil é de dois a três anos e hoje existe muita dificuldade no descarte deste material. Grande parte vai para o lixo comum”, afirma. No Estado de São Paulo são registrados 136 celulares a cada 100 habitantes. Em outubro de 2011 foram vendidos 57 mil aparelhos, aumento de 11,2% em relação ao mesmo período de 2010.

 

Com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela lei número 12.305 de 2 agosto de 2010 e que entrou em vigor no ano passado, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes são responsáveis pelo ciclo de vida dos produtos. A legislação também cria obrigações para os órgãos públicos de limpeza urbana e para os consumidores. Todos estão sujeitos a multas pelo não cumprimento da norma. As infrações variam de R$ 500 a R$ 10 milhões.

 

A nova lei obriga as indústrias e toda sua cadeia de fornecimento a gerenciar esses materiais, adotando medidas para a destinação correta e implementação de coletas seletivas.

 

Os consumidores também são obrigados a cumprir a legislação, devolvendo seu lixo eletrônico para a indústria.

 

A composição dos aparelhos celulares [11] é apresentada a seguir:

  • 45% plástico;
  • 10% cerâmicas;
  • 20% cobre;
  • 20% ouro, alumínio e outros metais;
  • 5% não-metais. [9]

 

Os problemas causados pelo descarte inadequado [12] são apresentados a seguir:

  • Este descarte é feito quando o equipamento apresenta defeito ou se torna obsoleto (ultrapassado). O problema ocorre quando este material é descartado no meio ambiente. Como estes equipamentos possuem substâncias químicas (chumbo, cádmio, mercúrio, berílio, etc.) em suas composições, podem provocar contaminação de solo e água.
  • Além do contaminar o meio ambiente, estas substâncias químicas podem provocar doenças graves em pessoas que coletam produtos em lixões, terrenos baldios ou na rua.
  • Estes equipamentos são compostos também por grande quantidade de plástico, metais e vidro. Estes materiais demoram muito tempo para se decompor no solo. [10]

 

Neste projeto foi possível reaproveitar os celulares ultrapassados que a empresa teria que descartar para fornecer o meio de comunicação do circuito e contribuindo para a diminuição do lixo eletrônico causado rápida evolução tecnológica dos aparelhos de celulares. Um levantamento feito na empresa MLS Wireless, onde foram realizados os testes com o protótipo, levantou que em média a cada dois anos o contrato de telefonia celular em grupo da empresa é renovado e a cada renovação, a operadora oferece no pacote uma quantidade de aparelhos celulares novos e que substituem os aparelhos mais antigos dos funcionários.