Seção: Tutoriais Rádio e TV

 

Vazamento de Sinais em CATV: Considerações Finais

 

Não é raro o próprio assinante funcionar como um alerta de que está havendo ingresso na rede. Reclamações freqüentes de assinantes da mesma área sobre uma interferência em um ou mais canais do meio da banda certamente está associada a um vazamento

 

Problemas próximos ao canal 18 (145,25 MHz) usualmente vêm de interferência de radioamadores; nos canais 19 (151,25 MHz), 20 (157,25 MHz) e 21 (163,25 MHz) podem vir de rádios trunking.

 

Nestas horas não é razoável apontar o dedo para o vizinho radioamador e dizer que ele é o culpado, tem-se que detectar o local de vazamento/ingresso e consertá-lo o mais rapidamente possível. É necessário determinar se o problema é no sistema de CATV ou no aparelho de TV ou videocassete do assinante.

 

A operadora é responsável por sua rede, mas não pela performance de aparelhos de TV ou videocassetes antigos. Muitas vezes é necessário conectar uma TV diferente na residência do assinante para mostrar o efeito descrito.

 

Deve ficar claro que a detecção de vazamento não é o único meio de identificar a presença de ingresso na rede de CATV. O ingresso pode ser investigado por meio de análise espectral dos sinais de retorno para o headend. Esta análise pode ser eficiente para detecção e classificação do ingresso, porém não é eficiente para localização do ponto de ingresso.

 

Pode-se afirmar que a maioria dos problemas encontrados na primeira vez em que se realiza um programa de detecção de vazamento de sinal encontra-se na rede externa. Conforme o programa vai evoluindo, este número se reduz. Os principais problemas encontrados são cabos quebrados, conectores mal executados, taps e amplificadores mal fechados.

 

Dessa forma, a maioria dos eventos de vazamento é encontrada nas instalações dos assinantes, tais como conectores crimpados com alicate universal, malha fora do conector, conectores oxidados pelo tempo ou por falta de isolação, cabo drop oxidado ou quebrado pela má instalação ou ação das intempéries. Além desse aspecto, o controle de fuga de sinal mostra-se ser uma excelente ferramenta auxiliar nos procedimentos de detecção de fraudes (ligações clandestinas).

 

A monitoração de níveis de fuga pode ser classificada como um programa de manutenção preventiva que tem desdobramentos benéficos na qualidade de imagem recebida pelo assinante e na disponibilidade da rede, pensando-se apenas em termos de transmissão de sinal de TV.

 

Estendendo este raciocínio para redes bidirecionais, já operando com novos serviços de banda larga, é um procedimento fundamental na qualidade e confiabilidade do serviço fornecido aos assinantes.

 

Referências

 

[1] Harms, Rudolf E.. Alternative Approaches to Radiated Emission and Immunity Measurements. ITEM Magazine 1998.

 

[2] Hranac, Ron. Establishing a Preventive Maintenance Program. Communications Technology, November 1995 (Part 1), December 1995 (Part 2).

 

[3] Hranac, Ron. Signal Leakage & Harmful Interferences: A Ham Radio Perspective. Communications Technology, July, 2000.

 

[4] Hranac, Ron. The World of RFI. Communications Technology, March 1999.

 

[5] NCTA Papers. Detecting Signal Leakage Part I, II, III, IV and IV. Communications Technology August, September, October, November and December, 1999.

 

[6] Neumann, Trav. The Hair Dryer vs. The Return Path. Communications Technology, May 1999.

 

[7] Palle, Bob; Nikoo, Emily; Newton, Teri. How to Comply With the New FCC Signal Leakage Rules. Private Cable & Wireless Cable, July 1999.

 

[8] Schneider, Raymond J.. Utilizing Ingress as a Plant Maintenance Strategy. 1998 NCTA Technical Papers.

 

[9] Smith, Chester L.. Energy Leakage from LANs. ITEM Magazine 1997.

 

[10] Trilithic Broadband Instruments Catalog; Leakage Equipment Applications.

 

[11] Wavetek Wandel Goltermann. Monitoring and Measuring RF Signal Leakage. Wavetek Wandel Goltermann, Manual do Usuário.