Seção: Banda Larga
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As redes Wi-Fi no Brasil utilizam frequências que não requerem licenciamento pela ANATEL, entretanto as condições de uso destas frequências no Brasil estão estabelecidas pelo Regulamento sobre Equipamentos de Radiocomunicação de Radiação Restrita. (seções IX e X), reeditado pela resolução 506 de 01/07/08 da Anatel. A tabela 1 apresenta a destinação das frequências no Brasil.
Tabela 1: Destinação das Faixas de Frequência 2,4/5 GHz
Fonte: www.teleco.com.br/wifi.asp
Os padrões de suporte mais conhecidos são aqueles denominados 802.11a, 802.11b, 802.11g, e 802.11n. O padrão 802.11n foi o último e fornece taxas brutas de transmissão na ordem de 600 Mbps.
Cada um destes padrões tem diferentes características e foram estabelecidos por norma em diferentes épocas e situações. O primeiro padrão 802.11 WLAN aceito foi o 802.11b. Este padrão utiliza a faixa de frequências de 2,4 GHz oferecendo taxas brutas de transmissão sobre o meio aéreo de 11 Mbps, utilizando um esquema de modulação conhecido como Complementary Code Keying – CCK. O sinal RF neste esquema de modulação é uma ligeira variante do Code Division Multiple Access – CDMA, baseado no padrão Direct Sequence Spread Spectrum - DSSS.
Quase em paralelo um segundo padrão, denominado 802.11a foi desenvolvido, utilizando uma técnica de modulação diferente, conhecida como Orthogonal Frequency Division Multiplexing (OFDM) e utilizando a faixa de frequências de 5 GHz, que, entretanto teve uma aceitação menor devido ao fato que os componentes apresentaram custos maiores de fabricação.
O padrão 802.11b se tornou rapidamente o principal padrão Wi-Fi, mas visando o aumento de velocidades, outro padrão, denominado 802.11g foi introduzido e consolidado em junho de 2003. Utilizando a faixa mais popular de 2,4 GHz e modulação OFDM, mas oferecendo taxas brutas de 54 Mbps, da mesma forma que o padrão 802.11a, além da compatibilidade com o padrão 802.11b. O padrão 802.11g foi também bastante disseminado, representando até 2010 a maior parte das entregas de equipamentos.
Em janeiro de 2004, o IEEE iniciou o desenvolvimento de um novo padrão visando aplicações que requerem mais banda e mais rapidez. Houve um primeiro acordo das indústrias em 2006, fornecendo as informações necessárias aos fornecedores de componentes para orientar suas linhas de produção, que iniciaram a fabricação de componentes a partir de março de 2007 com base em uma versão preliminar (draft 2.0). Esta versão foi certificada pela Wi-Fi Alliance em junho de 2007, embora ainda em evolução até outubro de 2009, com a versão conhecida como draft 11.0. Desde então, o IEEE 802.11n tem-se estabelecido como o padrão Wi-Fi universalmente mais aceito, em função de seus atributos de compatibilidade, altas taxas de transferência e largura de banda.
A tabela 2 apresenta uma comparação entre as características destes padrões:
Tabela 2: Padrões Wi-Fi
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